As Crônicas Dragonianas 1° A Prisão da Deusa

CAPÍTULO 16 JASON: Conhecendo meu antigo emprego

Eu achei que depois de ter visto o Totó nunca mais iria encontrar algo mais feio, mas novamente eu estava enganado, Nathanael realmente foi um sujeito bacana e nos ajudou de bom grado, eu acho, mas quando eu vi a sua verdadeira forma eu congelei, poxa não tinha absolutamente nada a ver com que eu estou familiarizado dos anjos, assim que chegasse em casa eu ia escrever uma carta pro vaticano pedindo que mudassem cada pintura ou arte representando um anjo pois não dava pra conviver com aquilo sabendo o que eles são realmente.
Mas voltando pro atual momento, como Dylan disse, era uma toral escuridão. Não conseguimos enxergar nada e não sei como Edward nos guiou perfeitamente até em frente aos tais portões do inferno, lá nós encontramos os demônios e cães infernais que Amy descreveu e acredite não era uma coisa bonita de se ver, eram enormes cerca de três metros de altura e bem robustos e os cães do inferno, não eram como o Totó mas eram bem parecidos.
- Eu vou repetir. Em nome do Duque Belphegor, o que vieram fazer aqui ? - o demônio perguntou e eu só conseguia ouvir sua voz naquele momento.
- Meu nome é Edward, sou conhecido como o ceifador de Anúbis e esta aqui é Alécia, conhecida como a amazona de Athena ! - ele disse. - Viemos a mando de Lúcifer e Azazel para nos encontrarmos com eles.
Ouvi cochichos e eles pareciam conhecer nossos guardiões, pensei se por acaso eles os temiam, isso nos ajudaria a entrar.
Outra voz até bem parecida com a primeira gritou:
- E quanto a estes dois aí ? - perguntou. - Quem são eles ?
- Estes são Dylan e Jason, também vieram a mando do rei do inferno. - Alécia respondeu. - Eles são os dragonianos desta era.
Dessa vez os cochichos se tornaram mais altos, pareciam agora temer. E eu só queria ver a cara deles, mas o problema é que eu não via nada.

Se concentre imbecil, use a visão dragoniana, além do mais a escuridão faz parte de quem você é.

Desde quando está prestando atenção ?

Desde o tempo todo, se esqueceu que estou sempre de prontidão ? Agora anda logo e faça.

Claro, porque você pediu com tanta educação, não é mesmo ?

Novamente senti um "peteleco mental", Oscuros estava ficando cada vez mais tagarela, mas pelo menos ele me ajudava com essas dicas. Fechei os olhos e me concentrei e me imaginei "acionando" os olhos, estava ficando cada vez mais fácil usá-los e também mantê-los, antes era quase uma prova olímpica mas agora parecia apenas uma simples prova de escola.
Tá, então eu ativei a visão dragoniana e aí comecei a enxergar tudo claramente, Edward devia estar usando alguma visão especial pois quando olhei para ele seus olhos brilhavam em um tom de roxo bem claro, como eu também era um mago das trevas eu devia estar bem familiarizado com aquilo tudo.
Os demônios nos observavam e pareciam ter percebido que eu agora conseguia ver no escuro.
- Você aí garoto ! - um demônio disse apontando o dedo para mim. - É você o dragoniano das trevas, não é mesmo ?
Edward olhou pra mim e sorriu, parecia ter se orgulhado de mim. Quanto ao demônio, ele era igual aos outros mas um pouco maior e mais, como posso dizer, obeso.
- Sim sou eu. - eu disse. - Algum problema ?
Ele se aproximou de mim e me olhou lá de cima com aqueles olhos negros, soltou um bafo que fedia como carne podre.
- Sim, eu tenho um problema com você ! - ele disse.
- Então diga, podemos resolver aqui mesmo. - sei que estava sendo descuidado mas precisava fazer aquilo pra que me respeitasse, Edward parecia estar com medo pois segurava suas lâminas ainda mais forte.
O demônio simplesmente deu um enorme sorriso e disse:
- Não se lembra de mim ? Sou eu, Orcus ! - ele disse isso dando um grito de alegria e me abraçando com aquele imenso corpo demoníaco. Os cães do inferno latiam felizes. - Ahh já faz tanto tempo Oscuros ! Uns dois mil anos se eu não me engane não é mesmo ?
Edward ria junto com os demônios e Alécia junto com Dylan se seguravam para não gargalharem juntos.

Oscuros me dá uma mãozinha com esse cara por favor ! Eu te imploro !

Ele ficou calado, mas pude ouvir ele rindo lá no fundo.