Caminhos

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Arizona POV

Era sexta a tarde e eu estava voltando pra casa depois de deixar Calliope no aeroporto para que ela retornasse para LA. Ela ainda tinha coisas para ajeitar e voltaria no final da semana que vim. Nossa despedida foi difícil demais essa manhã, fora o fato de não termos dormido nenhum segundo sequer.

Algumas horas antes

Depois de toda a confusão de ontem com Eliza eu adormeci e acordei no meu sofá com a minha cabeça explodindo. Estava bem escuro já, umas sete horas talvez. Olhei para os lados, mas não vi a morena. Levantei-me um pouco apreensiva. Será que ela se arrependeu de tudo e foi embora? Procurei na cozinha, mas nada. Percorri o corredor e dei um suspiro de alívio ao vê-la deitada lendo um livro. Quando a mesma percebeu minha presença me fitou com uma sorriso terno.

- Você acordou que bom! Está melhor? - Me aninhei perto dela na cama abraçando a lateral do seu corpo bem próxima ao seu peito dando leves beijos na sua pele ali. Ela acariciou minhas temporas com seus dedos longos. Ela não disse mais nada. Respeitou meu silêncio. Callie me compreendia tão bem que era impressionante. Erámos como almas gemeas, as vezes pensava nisso, como pode alguém te entender tão bem? Sei que os anos ajudam muito, mas a sensação era como se fossemos feitas uma pra outra. Seus olhos castanhos voltaram a atenção para o livro. Continuei encarando seu rosto bonito concentrado na leitura. -

- Estou com bastante dor de cabeça. - Reclamei. Ela então fechou o livro. -

- Você devia comer, não comeu nada desde a hora que chegou.

- Meu deus, amor! Nós nem almoçamos.

- Você não almoçou. Eu almocei no shopping. Tinha uma reunião lembra?

- Você me abandonou pra comer sozinha? Eu ia te levar pra almoçar!

- Amor, você estava dormindo e eu estava faminta não podia nem raciocinar na reunião sem comer.

- Você foi de uber? - Ela sorriu. Um sorriso de quem aprontou. - Calliope Iphigenia Torres você pegou meu conversível? - Uma gargalhada gostosa saiu de sua garganta quando passei a fazer cosquinhas e subi em cima dela para ter mais controle. Ela soluçava de tanto gargalhar -

- Ari...por...favor ahahahahahahahah chega....hahaahaha não vou mais...fazer

- Eu acho bom mesmo sua ladra de conversíveis. - Parei as cócegas, mas permaneci onde estava. Sua respiração estava ofegante de tanto rir, mas foi se acalmando. Suas mãos estavam no peito que subia e descia conforme se acalmava. -

- Não faça mais isso, amor por favor. - Amor. Toda vez que eu ouvia mal conseguia me acostumar. Quando sua respiração foi ficando mais calma me aproximei e deixei um beijo em sua boca que foi tornando um beijo mais intenso. Suas mãos agora exploravam minha cintura e subiam pelas costas para pairarem na nuca. Agora estávamos ambas ofegantes. Minhas mãos passaram a explorar seus seios por baixo da blusa. Que eu já passava a levantar, mas Calliope foi terminando o beijo com selinhos e ficamos cerca de 1 minuto próximas apenas se olhando. - Você precisa comer alguma coisa. Temos tempo pra isso.

- Não confio no tempo. Ele nos pregou muitas peças.

- Amor, eu não vou a lugar nenhum até amanhã. Vai comer alguma coisa, depois eu prometo que faço o que você quiser. - Abri um sorriso malicioso enquanto me levantava para sair de cima da morena. -

- O que eu quiser? Uau!

- Bom...sim veja lá o que vai pedir!

- Ué, tem condições?

Love is patientOnde histórias criam vida. Descubra agora