Horóscopo

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C

Estava saindo junto de Lexie para o bar. Minha vida baseava-se nisso. As vezes eu pensava que talvez eu pudesse mudar alguma coisa nela, mas tudo parecia tão igual que era até meio ridículo. Eu e minha amiga conversávamos sobre a vida sobre as coisas corriqueiras de sempre. E o trabalho. Que era uma coisa corriqueira. Quando passamos a fazer algo por tanto tempo. Principalmente algo que não nos deixasse tão entusiasmadas, parece que se torna banal. Eu já não me sentia tão empolgada com o fato de estar naquela sala e não escrever no quadro negro. Planejar uma aula. Tudo o que eu fazia era tirar dúvidas que o professor não conseguia conciliar. Eu queria ver os olhos dos alunos brilharem com as informações novas. Eu queria encher suas cabeças de informações, mas tudo o que eu tinha que fazer era mesmo agradecer por ao menos eu ter um emprego. Assim que entramos, vimos que o bar estava bem cheio e como de costume sentamos na balcão, assim enquanto relaxamos e bebemos conversamos com nossos amigos. Finalmente as coisas estavam em paz. E Mark e Addie conciliavam a vida com a filha. E o fato de que as coisas entre eles só funcionavam com apenas amizade. Mark estava bem com Lexie. E Addie estava entrando de cabeça na relação com Pete. Que sempre se juntava a nós no bar depois do expediente.

- Onde está Penny, Callie?

- Ela está no hospital.

- Ela sempre está nesse hospital né?

- Nem comece a alimentar minha paranóias. Elas já se alimentam sem ninguém precisar dizer nada.

- Sofia está tranquila depois de tentar fugir?

- Está, acho que ela finalmente entendeu a idiotice que fez. Eu me lembro que já fugi uma vez com Arizona.

- Sério?

- Sim...nós tínhamos 8 anos. Arizona queria ir para Nova York e então arrumamos nossas malas de fugimos e quando nós chegamos no aeroporto acabamos desistindo de ir para outro estado então ficamos horas andando sem rumo pelas ruas de Santa Mônica ficamos horas no píer. Tomamos sorvete. Entramos no mar. E depois voltamos para casa porque acabamos cansando de ser foras da lei. Quando voltamos queríamos ver o estrago de nossa rebeldia, mas chegamos em casa e ninguém nem sequer notou nosso sumiço.

- Nem sua mãe neurótica?

- Não mesmo, ela estava no grupo de oração e sempre que tinha grupo de oração eu aproveitava para atrasar para chegar em casa e meu pai sempre me encubria. Foi o que aconteceu. Ela nem sequer notou. Achou que eu estava na casa de Arizona. E os pais de Arizona acharam que ela estava comigo.

- A gente tem cada ideia quando é criança né? Uma vez eu tentei descer um morro com a minha bicicleta. Eu ralei meu corpo inteiro. - Nós rimos e ficamos relembrando as coisas que aprontamos quando crianças. -

- Ei, Addie seu aniversário está chegando. Então o que fará?

- Vou terminar com Pete.

- Não! Mas porque?

- É...sei lá. Só estou cansada das coisas permanecerem as mesmas sabe?

- Ah eu sei minha amiga, sei bem do que está falando. Mas sua vida parece bem mudada. A única coisa que mudou na minha foi que agora eu ando por aí exibindo meus lindos chifres.

- Desde Alice, eu sinto que dei uma empacada. Até mesmo eu e o Pete. Acho que estou entediada as coisas caem na rotina e eu fico entediada, essa sou eu. Lembra que perguntou porque eu desisti da faculdade. Ta ai sua resposta. O tédio não funciona muito bem no meu cerébro. Ele me faz desistir das coisas. Eu acho que preciso mudar algo. Sabe...talvez arrumar um hobbie ou coisa do tipo.

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