Love is patient

Exército

A.

De: Exército dos Estados Unidos

Para: Timothy Robbins

Assunto: Oferta

Senhor Robbins queremos lhe informar que analisamos sua inscrição e sua vaga é muito esperada no Exército dos Estados Unidos. Pedimos atenciosamente que se apresente em nossas dependências em Nova York, na próxima semana. Seu trabalho será muito necessário na região da Turquia.

Att Exército dos Estados Unidos

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- Exército? Timmy eu não sei querido...sei que quer honrar o seu país assim como fez seu pai, mas não acha arriscado partir para a Turquia no meio da guerra? - Minha mãe discutia com Tim, meu irmão mais velho, os malefícios de ir para o exército. -

- Mãe...essa é a intenção.

- Ir para guerra? Acho que deve pensar nisso direito querido...é uma decisão muito difícil de se tomar assim.

- Mãe...já está decidido. Eu decidi meses atrás quando me alistei.

- Você espere seu pai chegar no trabalho e fale isso a ele então. Aposto que não irá concordar.

- Eu to a um pé de fazer 21 anos mãe...não recebo mais suas ordens. - Tim subiu para seu quarto. -

- Mãe...eu irei ver a Callie ok? - Minha mãe assentiu. Callie morava algumas quadras da minha casa então peguei minha bicicleta e pedalei até lá. Toquei a campainha e a mãe de Callie atendeu com sua cara fechada usual. Lucia Torres não confiava em americanos. Dizia que nós não temos tradições e que todas as mulheres nessa terra não eram mais virgens e se ofereciam para homens antes do casamento. Acho que ela está vendo muita televisão, pois no meu caso era totalmente o contrário sempre fui vista como um et e caras passavam bem longe de mim. -

- Arizona...já passam das 21h.

- Eu sei senhora Torres...é que eu realmente preciso falar com a Callie. - Ela me olhou de cima baixo e deixou eu passar. Quando entrei no quarto de Callie ela tocava seu violão resmungando baixinho alguma musica. Callie cantava maravilhosamente bem e tirando sua família eu era a única que a ouvi cantar. Ela era tão tímida. Tinha medo de mostrar seu talento ao mundo. -

- O que faz aqui?

- Eu sei já passam das 21h...sua mãe está radiante esta noite.

- Está com problemas?

- Calliope...

- Oh não! Você me chamou de Calliope. O que foi?

- Tim vai morar na Turquia. Ele alistou-se para o exército.

- Isso é bom certo?

- Bem...eu acho! Ele está fazendo o que meu pai fez! Eu acho que o que meu pai fez incrível.

- Sim...então não vejo qual o problema.

- E se...algo acontecer com ele?

- Bom...seu pai serviu anos atrás, antes de Tim e de você. E ele está vivo e tem essa família incrível.

- Tem razão...então...está compondo uma música?

- Estava...

- Posso ver?

- Não! De jeito nenhum! Isso é secreto.

- Callie de que adianta ter todo esse talento desperdiçado? Você é boa.

- Eu sou amadora.

- E você pode ser profissional! Escrever música...ou ensinar como sua mãe faz. Você sempre diz que sempre quis isso. Ser como sua mãe. Tão inteligente capaz de dar isso aos outros. Você fala disso com brilho nos olhos, Callie. E tem escolas de música incríveis aqui nos Estados Unidos.

- Julliard.

- É para lá que você quer ir?

- Sim...

- Você vai ser incrível!

- Você vai ser incrível.

- Ah! Eu nem sei bem o que fazer da minha vida ainda.

- Você tem dois anos pra pensar nisso.

- É tenho..nossa dois anos. Sinto falta de nós pirralhinhas odiando a aula de ciências da senhorita Carlson.

- Bem nada mudou... - Nós duas rimos. Ouvi a mãe de Callie gritar que era minha hora. Me despedi da mesma. -