Nunca morrerei

Cor abominável

         Dizer que a corte estava surpresa e pertubada era um eufemismo imenso, só não maior do que dizer que o príncipe aemond estava em sua perfeita saúde mental. Era de se esperar que o príncipe caolho voltasse de ponta tempestade com um brilho vitorioso no olhar e um acordo muito valioso para exibir à todos, mas o que aconteceu foi o completo oposto, o targaryen chegará a fortaleza como o mais deprimente dos homens, seu único olho estava nublado por uma névoa inexplicavelmente tensa e forte, seu rosto era inexpressivo, o sorriso vitoriosos que era de se esperar era somente uma linha fina, franzida e achatada.

          A rainha mãe recepcionou o filho com um grande sorriso, que logo se vai ao ver a expressão sombria e nada amigável do segundo filho. Ao ser questionado sobre que o afligia, o caolho se limitou a murmurar algo inexplicável e continuar sua caminhada até seu destino. A rainha healena balbucia palavras sem nexo e logo segue o exemplo do irmão e migra até seus aposentos privados deixando para trás sua mãe confusa. Lorde Otto, a mão do rei usurpador, foi o primeiro a buscar resposta do neto, pressionando o neto á sair de seus aposentos e lhe dar uma explicação de sua situação deplorável. O príncipe não se deu ao trabalho de informar ao avô qualquer suposto acidente em pontas, porém todas as dúvidas foram cessadas quando foi dada a notícia da morte precoce do príncipe lucerys velaryon.

       O choque foi imediato, a rainha mãe se lamentou profundamente pela morte trágica do segundo filho de Rhaenyra, mas nada ela podia fazer além de rezar pela alma do jovem príncipe que a muito teve o desejo de retirar uma das orbes. Healena parecia balada, se esgueirando pelas sombras da fortaleza quanto sussurava suas profecias incompreensíveis. Aegon parece ter ficado somente um pouco perturbado, afinal, o jovem foi seu parceiro de brincadeiras e travessuras juntamente com seu sobrinho mais velho, a lembrança da estúpida brincadeira do porco agora era agridoce. Otto estava despreocupado, até mesmo feliz, sabia que Daemon envenenaria os ouvidos que Rhaenyra, motivando á mulher a buscar uma ardente vingança, mas os verdes estavam com ainda mais vantagem.

        Entretanto, a reação mais surpreendente foi do príncipe aemond, o caolho se manteve em completa descrença e tristeza, se isolando de tudo e de todos, mantendo-se recluso e quieto. A rainha mãe, Alicent hightower, não poupou esforços para tentar fazer algo em relação ao comportamento do filho favorito, mas todas as vezes que ameaçava entrar nos aposentos do príncipe sem sua permissão, uma barricada era feita com todos os móveis encontrados no cômodo, obrigando a rainha á partir em completa derrota.

        A morte precoce do príncipe deixará uma marca que nunca saíra das mentes de todos da corte, a morte era algo muito pensado e inevitável em guerras, mais mortes tão prematuras não havia passados pelas mentes dos líderes dos verdes, bom, nem todos. Era de conhecimento geral que lorde Otto, a mão do rei, nutria um grande desprezo pelos jovens velaryon, ao ponto que encher com grande orgulho sua boca para chama-los de bastardos. diferentemente de sua tola filha que não escondia sua crescente raiva dos príncipes, que sempre sussurrando palavras maldosas quando tinha a menor oportunidade, lorde Otto era mais inteligente, mantia sua opinião guardada para si, mas no íntimo não era generosos nos insultos.

        Os dias se passaram com uma lentidão irritante, os pretos estavam se movimentando perigosamente rápido, buscando e aceitando acordos e alianças com muita rapidez. Em comparação, os verdes também se organizavam na maior rapidez possível, entretanto um grande problema interferia no andamento das ações, príncipe aemond não movia um dedo para participar das reuniões ou até mesmo se manter informando sobre o que se passava fora dos seus aposentos. As longas semanas não levaram consigo a tristeza insana que dominava o príncipe. toda é qualquer veste, objeto ou comida de coloração verde era severamente probido de passar um pé sequer do batente da porta. De um dia para o outro, o caolho repudiava com todas as força a cor de sua facção, chegando a gritar estericamente quando foi sugetido que participasse de uma banquete organizado usando a maldita cor.

       Alicent não sabia mais o que fazer, sua mente não conseguia manter seus pensamentos em ordem, então em uma tábua de salvação, obdecia as ordens do pai sem questionamentos. Em completa tristezas a mulher observa as servas saírem dos aposentos de seu filho do meio com todos os vegetais de coloração verde intactos. Que a mãe tenha piedade.