Retorno vitorioso

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         O clima era nublado e as marés estavam agitadas, dificultando consideravelmente para atracar o navio, mas não que era impossível para os anos de experiência do lorde velaryon. "Já naveguei pelos mais terríveis marés, isso não é nada, Garoto." O lorde dissera com a intenção de acalmar o nervoso e aflito príncipe. Os olhos de ambos os amigos se arregalaram instantaneamente em perfeita união ao saírem de suas cabines e verem enormes bestas esculpidas do fogo voando inquietas e livremente em torno da grande fortaleza de pedras negras com dragões esculpidos nas paredes do mesmo material que facilmente poderia alegar serem os próprios animais carbonizados pela precisão de detalhes.

      As grandes bestas parecem se agitar ainda mais ao perceberem a presença do navio, filetes quentes de uma fumaça escaldante e cinzenta saía de suas narinas escamosas, furiosamente. A fera vermelha de longo pescoço cantava em um rugido estridente e único que faria o mais corajoso dos homens se ajoelhar em submissão, esticando seu pescoço alongado para melhor poder avaliar os recém-chegados. Astéria estremece ligeiramente ao lado do príncipe, que pouco se intimidou com a presença amedrontadora dos seres anciões. Seus grandes olhos brilhando em admiração, seu coração vibrava em familiedade na mesma intensidade que dóia com amargura conhecida.

       Seu avô o ajuda a descer do grande navio, suas mãos apoiandas firmimente e suas costas trazendo equilíbrio e força para suas pernas fraquejantes e bambas. Astéria o acompanha de perto, recusando educadamente a ajuda de um dos cavalheiros que se ofereceu, ela é ágil em seus movimentos, nem um pouco hesitante como lucerys para descer e com toda a certeza, tinha alguma prática na área de navegação. O vento gelado da ilha obrigava Lucerys a se encolher em si mesmo, buscando calor da roupas que usava, que com todas as certezas não eram apropriadas para esse clima. Mas isso não era de se espantar, ao subir o olhar e observar o céu, poderia ver com clareza a falta dos raios solares que eram escondidos pelo manto de viúva das nuvens.

       Lorde velaryon não tardia em deduzir o motivo que fazia o garoto se encolher e cruzar os braços em busca de calor. Ele acelera seus passos obrigado Luke a se esforçar para acompanhá-lo. Astéria, que era alta por natureza, não teve grandes dificuldades em seguir o ritmo do lorde em passos largos e ágeis, lançando baixas risadas para si mesma enquanto observa com humor a dedicação que o garoto colocava em uma tarefa tão simples.

        Suspiros trêmulos e surpresas soavam como o rugir dos ventos ao adentrarem na fortaleza, servas observavam com olhos arregalados e choque mal contido as figuras que caminhavam pelos grandes e silenciosos corredores. Amedrontando-se a cada estrondo furioso que escapavam das mandíbulas sanguinárias das bestas que sobrevoavam o local de maneira inqueta. Astéria não consegue evitar o riso que escapa genuinamente ao ver uma das servas tropeçar na barra do seu vestido e deixar os lençóis que segurava contra o peito caírem e se espalharam pelo chão, tudo isso pela maneira distraída e incessante que seus olhos se mantinham presos ao príncipe.

      Eles param bruscamente pelo cessar dos passos de corlyn, o rosto homem se contorcia em uma leve carranca, parecendo insatisfeito ou pelo menos encomendado com algo que via. Inconscientemente, Astéria e lucerys seguiram o olhar do homem, suas bocas se entre abrem com a visão. Uma mulher estava parada no final do corredor, seus cabelos loiros platinados presos em uma robusta trança frisada, suas orbes púrpuras arregaladas e brilhantes com o excesso de lágrimas. Seu vestido negro bem ajustado ao corpo estava enrugado massados, suas mãos se matian fortemente fechadas na saia e seu peito subia e descia em uma respiração desregulada e superficial.

        No exato momento em que seus olhos ansiosos cruzam com os do príncipe, as lágrimas finalmente cedem, caindo rudemente pelas bochechas ruborizadas causadas pela pequena corrida que havia feito de seus aposentos até lá. Saindo de sua posição estática e paralisada, a rainha parta em desparada, a bainha do seu vestido levemente erguida permitindo que seus passos fossem mais ágeis, mas mesmo assim, o leves tropeços são inevitáveis e desastrados. Seus braços não hesitam e serpentear em torno do jovem ômega, seus lábios lindo de encontro com suas bochechas, testa e cabelos, que eram umedecidos pelo ato.

Nunca morrereiOnde histórias criam vida. Descubra agora