A bruxa

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     O chão de pedras da fortaleza estava quase criando um buraco, A rainha mãe, Alicent hightower, andava de um lado para o outro em movimentos repetitivos enquanto maltratava cruelmente suas cutículas. A rainha Helaena targaryen bordava, sem nervosismo aparente, um inseto não identificado, observando seus filhos brincarem sem preocupações lhe aquecia o coração já muito machucado.

    Os longos cachos castanhos avermelhados da rainha viúva voavam pelo ar à cada volta que dava pelos aposentos, seu vestido verde esmeralda acompanhava os movimentos ágeis que era realizado pela ruiva. Batidas suaves na porta á tiram de seu transe, os olhos grandes e endurecidos com os recentes acontecimentos se enchem de um brilho mais reluzente que qualquer jóia que disponha. Em uma ordem repleta de esperança as portas são abertas, uma serva entra, em passos tímidos e calculados a mulher baixinha de feições intristecidas entra.  Helaela se dispõe a apenas olhar vagamente para a mulher, voltando ao seu bordado sem menor mudança em suas feições. Diferentemente da filha, Alicent parte em direção à serva, seus passos rápidos ecuam peloa aposentos.

       A rainha para à frente da mulher, com um sorriso esperançoso, ela pergunta:

       — E então? Ele comeu? — Seu tom é ansiosos e desesperado, os olhos castanhos observam a face da serva com esperança, que logo se desfazer com o leve aceno negativo da serva.

       — saía. — A voz rebleta de frustração da rainha verde foi o suficiente para fazer a mulher sair imediatamente do cômodo, sem pensar duas vezes.

  
        A hightower joga-se na grande pontrona com desleixo, uma de suas mãos permaneciam fielmente em seu colo, enquanto a outra massageava sua têmporas. Suspiros e murmuros não foram poupados, tudo causado pela permanente recusa do seu filho em se alimentar. Isso já estava deixando seu pai mais que furioso. Os olhos castanhos observam a filha, tentando retirar a constante preocupação de seus pensamentos.

     — Helaena, sabe de alguma maneira de fazer seu irmão voltar ao seu estado normal? — Sua voz sempre mais doce destinada à filha, era mais gentil ao perguntar do que o normal.

      Os olhos roxos púrpura de grandes pupilas negras como a noite retiram a atenção de seu bordado para fixar na mãe. O silêncio toma conta do cômodo por alguns segundos, A rainha abre e fecha sua boca diversas vezes, buscando a resposta certa.

      — lucerys. — O nome que agora era proibido de ser dito em qualquer parte da fortaleza. — Traga a pérola de volta para o dragão se acalmar, senão, em chamas todos vão chorar. — A targaryen murmura em seu próprio mundo, os olhos distantes, cobertos por uma espeça névoa.

      — O menino está morto, minha filha. — Alicent responde com sinceridade, como uma velha bandagem que é retirada com rapidez para doer menos.

       — Oh... — os lábios finos da rainha se contorcem em uma linha reta. — É uma pena, rhaenyra deve estar chateada. Espero que ela se sinta melhor com o tempo... — A voz arrastada e melancólica de sua filha nunca soou tão insuportável como agora para alicent. Era como um lembrete zombeteiro de seus pecados.

      Suspiros susfrados saíem dos lábios da rainha. Uma serva entra no cômodo, essa era outra, era alta e ruiva, Seus passos eram tímidos e mantinha a cabeça baixa.

     — Senhora. — Uma reverência cortes é feita, sua cabeça se mantia abaixada. — lorde strong solícita uma audiência privada. — A hightower logo se ajeita em seu acento, ficando com as costas eretas e queixo erguida.

       — Deixe-o entrar. — A ordem é clara e rápida, a serva se curva, obedecendo a ordem rápidamente.

     Lorde strong entra no cômodo com seu andar caracteristo, a bengala que dava-o aboio batia no chão em um estalo rangente.

      — Minhas senhoras. — O strong abaixa sua cabeça em sinal de respeito, helaena se limita a murmura algum comprimento seco e rápido. Diferentemente da mãe, que cumprimenta o lorde de maneira apropriada.

       — Lorde strong, o que trás aqui? — O senhor dos sussuro senta-se na pontrona logo á frente da rainha verde.

      — Acho que sei uma maneira de ajudar o príncipe aemond. — Está simples frase enche o coração tão calejado da mulher em pura alegria. Em um sussuro ela pergunta:

       — Como? — Sua voz trêmula demonstrava seu profundo desespero, lorde strong sorri, seu caracteristo sorriso que praticamente falava: peguei você.

        — Alys, entre. — A voz do lorde se eleva sendo capaz de ser ouvida do lado de fora. Com a ordem, as portas são apertas, um mulher entra no cômodo.

        A mulher tinha longos cabelos castanhos quase pretos, em ondas um tanto desgreinhadas. O nariz era reto, arripitado na ponto. Grandes olhos verdes, bochechas salientes com um leve tom rosado, boca pequena e carnuda completava sua beleza. Era esguia, usava um vestido azul acinzentado, simples, mas lhe caía bem.

       A mulher se aproxima em passos envergonhados, mantendo a cabeça baixa. Lorde strong se levanta, erguendo uma mão na direção da mulher, que aceita.

      — está é alys, minha irmã. — Bastada, mas ainda sim, irmã. Essas foram as palavras não ditas.

        — A bruxa? — Essa pergunta já tinha um resposta, mas ninguém ousara dize-la.

       — Ela pode ajudar com o problema do príncipe, apenas deixe-a com ele por alguns dias. — Alicent analisa a proposta, como está mulher poderia ajudar? Bem, todos diziam que ela era uma bruxa, deve haver um feitiço para ajudar seu filho.

        — Como pode me assegurar que ela não irá machucar meu filho?

       — Ela não irá, se isso acontecer, minha cabeça poderá ser cortada. — Isso parece satisfazer a rainha.

      — ótimo, a garota será a nova serva que trará comida para o príncipe.

Nunca morrereiOnde histórias criam vida. Descubra agora