Te amo

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      Estou perturbado, dançando livremente perto do precipício da insanidade. Os dias são uma lenta tortura. Que dia é hoje? Essa é uma pergunta recorrente que me vem à mente com bastante frequência, depois do seu rosto. Seu rosto, seu lindo e angelical rosto, com as proporções mais adoráveis que meus olhos- meu olho já tive a honra de ver. Mas logo me embrulha o estômago quando a imagem do seu lindo rosto contorcido em uma careta de espanto. Os dentes de Vhagar partindo seu corpo ao meio. A vontade de vomitar é imediata, leve as mãos ao estômago, apertando-o com força.

     No momento, com a adrenalina correndo em minhas veias nervosamente, tudo foi um grande borram. Agora, a imagem repete-se com a maior perfeição em minha mente. Meu olho queima com o acúmulo das lágrimas. Somente um olho, porque o outro pertence a você, naquela noite no velório, você arrancará um pedaço de mim, e eu quebrará uma parte sua. Agora, eu arrancará você deste mundo, e você, novamente sem intenções maliciosas, quebra minha alma.

     Estou sozinho, me afogando no mar salgado pelo qual você se afogou, meu coração dói, da mesma forma que o seu corpo doeu ao ser atingido e perfurando pelo o dragão que eu tão orgulhosamente proclamava meu.

      Você me perturba em meus pesadelos, canta em meus ouvidos as palavras mais melancólica existe. Você me conta seus desejos, me conta sobre seus medos, eu sou atualmente o maior deles, me conta sobre sua mãe. Eu me ajoelho diante de você e imploro, sublico pelo seus perdão. Tento agarrar seus pés para beija-los. Você me chuta como o mais sardentos dos cachorros. Dói, a dor da minha alma refletida naquele golbe. Eu tento me agarrar a você novamente, desesperadamente. Agarro sua capa com tanta força que o tecido se rasga, levo o pedaço do tecido vermelho ao nariz, e deleitando-me com seu cheiro. Seu aroma nunca foi tão forte em vida, deixa-me bêbedo como se tivesse bebido um barril inteiro de vinho dornês. Alguém retira o pedaço de tecido das minhas mãos. Eu não mereço ter um pedaço de você.

        Você aparece novamente, dessa vez sou rápida e me agarro a você como uma praga, um carrapato precisando de um hospedeiro para sobreviver. Pouso meu nariz no seu pescoço, agarro seus cachos em meus dedos com força, um tesouro só meu. Deslizo meus lábios pela sua pele, murmuro suplicas de perdão e beijo a pequena cicatriz que ficou em seu pequeno nariz quando eu o quebrei. Deslizo meus lábios para suas bochechas, procuro meu lábios como um viciado procura sua garrafa de vinho. E quando eu os acho, por um momento toco os céus. Tento aprofundar, mas você desaparece, vira poeira em meus braços, restando para mim somente a saudade.

        Acordo bruscamente, minha respiração irregular impede que o ar de entre corretamente em meus pulmões. Me sinto sufocar, agarro os lençóis da cama como uma tábua de salvação. Seu nome saí de meus lábios como um mantra bem conhecido por mim. Meu único olho queima novamente, desta vez permito que as lágrimas rolem pelo meu rosto em uma dança desregular. 

      Lucerys, Luke, eu destruiria reinos, mataria pessoas, conquistaria o trono para a sua mãe. Tudo isso para somente por poucos segundos, em que meus braços fosse sua moradia, que meus braços pudessem ser a armadura que te protege desse mundo horrível, dessas pessoas ambiciosas. Quero curar as suas feridas, feridas causadas por mim, quero ser seu porto seguro, quero ser tudo para você, quero que você me ame da mesma forma que eu te amava.

       Eu te amo, amei quando você me seguia pela fortaleza como um cachorrinho sem dono, amei quando você tentava me alegrar, continuei te amando quando você ajudou Jacaerys e Aegon naquela estúpida brincadeira do porco, continuei amando quando você arrancou meu olho e me marcou como seu para sempre. E agora, eu continuo a te amar mesmo em morte.

       Meu senhor strong, você é a ruína do meu ser, e a consolo da minha alma cansada. Lucerys, te amo









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Nunca morrereiOnde histórias criam vida. Descubra agora