Fogo & Água

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       A mão do homem permanecia contra a sua em um aperto firme e rude, ralando levemente sua pele até uma vermelhidão florescer sobre a branquitude leitosa. Ajax franze a testa, sua respiração fica presa em sua garganta pelo nó de medo que se formava. O pânico eletrizante percorre um caminho rápido de seu cérebro para o resto do corpo, tocando um alarme geral de confusão e euforia que nublavs os seus demais pensamentos de maneira cruel. Ele nervosamente morde a parte interna de suas bochechas, a ponta dos seus dedos estavam brancas pela perda de circulação do sangue, as forças lhe faltam, e de imediato, suas mãos começam a suar e tremer.

       Isso parece retirar o homem misterioso de seus pensamentos, ele afrouxa suavemente seu aperto sobre a mão menor, e hesitantemente o larga, mas não move um dedo para altar a distância dos seus corpos. Seus olhos de um lilás escuro quase preto, observam cada pequeno movimento de Ajax, não ousando piscar no processo com medo do jovem desaparecer como graus areia depois de uma rajada de vento. Se perdendo, sem saber para onde ir, apenas seguindo a corrente de ventania que o guiava.

       — Lorde corlyn? O garoto o incomoda? — Um homem robusto que estava ao lado do homem misterioso questiona com leve frieza na voz, como se realmente fosse capaz de matar Ajax pelo simples incidente de esbarrar naquele homem. Ao julgar pelo gibão preto e o Kraken em dourado bordado, era lorde Greyjoy.

        O silêncio reinou, se arrastando no recinto como um moribundo ou o mais deprimente e miserável dos homens, uma casca do que era em seus dias de tenra juventude e glória. os olhos levemente arregalados continuaram a fitar Ajax intensamente, escuras e facilmente perspectives olheiras se formavam abaixo dos seus olhos quase negros. sua boca se abria e se fechava rapidamente, apenas permitindo que o ar sufocante do local enchesse seus pulmões. Sua pele negra tinha uma leve branquitude, seus lábios estavam ásperos e de uma cor desbotoda.

      — Luke... — Ele repente novamente, sua voz áspera e rouca, falhada e baixa como um sussurro. A bile sobe pela sua garganta, seus ombros curvados demonstravam sua fraqueza. — Luke? — Novamente, um nome que não era desconhecido por Ajax escapa pelos lábios do homem de cabelos brancos, desta vez era uma pergunta, um questionamento incrédulo e surpreso que torna seu aberto mais frouxo.

        Diante da oportunidade, com toda a força, Ajax agilmente se desvencilhia do aberto anteriormente implacável do senhor, dando passos longos e insertos até Astéria, precurando abrigo na destemida amiga. A mulher é rápida em esconder Ajax atrás de seu figura. Sua postura ereta e carranca pouco amigável escondia seu medo, seu medo de ser morta pelo lorde das ilhas de ferro que não era conhecido por ter bondade ou justiça em seu coração escurecido pelas dores da vida. A prova disso era suas mãos que tremiam levemente, como pernas de cervos após o nascimento. Ajax agarra sua mão que permaneciam atrás das suas costas, embalando-as suavidade para trazer certo conforto para a beta.

        Com a mesma rapidez que a supresa e fraqueza aparece no rosto do desconhecido, a severidade e presunção ocupa essa lugar, em uma rapidez tão grande que poderia julgar ser o estado natural de espírito do homem, que esse orgulho foi levemente enfraquecido com a presença do moreno. Isso só serviu para assustar ainda mais ele, até seu coração ser batendo em seus ouvidos, forte e irregular. A força lhe falta nos joelhos, o que o levaria a uma queda que não fosse pelo corpo de Astéria que dava apoia ao seu.

      — Meu lorde. — Astéria começa sua voz levemente trêmula, era quase imperceptível pela sua postura forte. — receio que o senhor esteja enganado...meu irmão não é conhecido pelo senhor.

        Os olhos do senhor se estreitam, seus lábios finos se contorcendo em uma linha reta de desagrado, a severidade de suas feições se intensificando com o comentário, severidade que poderia fazer o mais forte dos homens cair de joelhos, mas pouco faz com a costureira, que apenas curva ligeiramente seus ombros.

Nunca morrereiOnde histórias criam vida. Descubra agora