Capítulo 8. Projeto Heaven

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Gajeel observava, até onde seu campo de visão permitia, a suposta enfermeira caminhar por entre os leitos onde os membros da Fairy Tail estavam amarrados. Tratava-se de uma mulher que aparentava ser jovem para o ofício que exercia. Dona de uma beleza harmoniosa, a enfermeira possuía cabelos cor de palha que estavam presos em um rabo de cavalo, e olhos alaranjados. A roupa inteiramente branca, lhe dava uma aura angelical.

Cada vez que a enfermeira parava em frente a uma cama, olhava alguns dados em monitores lacrima e acenava positivamente com a cabeça.

Já havia algum tempo que o dragon slayer de ferro havia despertado. Quando tentou se mexer, percebeu que seus pulsos e seus pés estavam presos na cama em que se encontrava, por algemas grossas de metal que aparentemente o impediam de usar magia. Não que isso fizesse diferença. Ele não usaria de qualquer forma. Tinha presenciado momentos antes o efeito que isso causaria em Levy.

A enfermeira parou para analisar os monitores do leito a esquerda de Gajeel, onde a baixinha ainda estava desacordada. Da mesma forma que nas outras, acenou levemente com a cabeça. Antes de continuar seu trajeto, porém, a jovem mulher percebeu que o dragon slayer estava acordado. Olhando diretamente em seus olhos, ela sorriu cordialmente e começou a caminhar em sua direção.

– Que droga de lugar é esse? - Perguntou Gajeel, sem rodeios. - E o que vocês querem conosco?

– Eu não preciso responder suas perguntas. - A jovem enfermeira, que já estava ao lado de Gajeel observando o monitor de sua cama, avisou. - Mas não vejo problemas se o fizer. Vocês não tem muito tempo mesmo.

O dragon slayer irritou-se com o modo que a enfermeira falava. Ela simplesmente fez uma declaração mórbida de forma cordial. Além disso, tinha sempre um leve sorriso na face, dando a impressão de ser inofensiva. Como se fosse alguém confiável. Mas ele sabia que ela não era nada disso.

– Então responda. - Insistiu o ex-Phanton Lord, com sua habitual falta de delicadeza.

– Vocês estão na sede da Nihil Occultum. - A enfermeira respondeu, em tom educado. Ao ver a expressão de dúvida no rosto do rapaz, resolveu explicar. - Resumidamente, somos uma organização que busca a verdade e o desenvolvimento mágico, sem os limites impostos pelo governo e pelo Conselho.

– Você ainda não respondeu o que querem com a gente. - Pressionou o dragon slayer, encarando-a.

– A vida de vocês é necessária para a execução de um projeto que idealizamos a anos. - Falou ela, com naturalidade.

– Então era a isso que você se referia quando disse que temos pouco tempo. - Gajeel constatou.

– Sim, era. - Confirmou a enfermeira. - Na verdade, agora que o poder mágico de todos vocês está completo novamente, devo receber a ordem para levá-los a qualquer instante. - Avisou.

– Okay - Começou o mago. -, já que eu vou morrer de qualquer jeito, você pode me dizer que projeto é esse? - Perguntou com descaso. - Tem haver com essa marca idiota no meu pescoço?

– Você é engraçado. - A enfermeira disse, rindo de leve.

– Não vejo nada de engraçado em mim. - Gajeel rebateu, perdendo a paciência.

– Você está tentando me induzir a contar nosso objetivo agindo como se estivesse condenado, quando na verdade não acredita realmente que vai morrer. - Explicou a jovem.

– Eu nunca disse que acreditava nisso. - Falou ele. - E muito menos que aceitava. Até porque faltam alguns magos aqui não? - Perguntou em tom de deboche. Momentos antes Gajeel forçou o pescoço o máximo que pode, e teve a certeza que os únicos confinados naquele ambiente eram Levy, Elfman, Evergreen, Mirajane, Lisanna e ele próprio. - Aposto que os outros estão dando a vocês um trabalho desgraçado.

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