Capítulo 2. Visita Inesperada

114 15 0
                                    

— Não pertencem a nenhum idioma que eu conheça. - Makarov declarou, sobre a marca no pescoço de Lucy. - Não me lembro de ter visto esses símbolos em lugar algum. - Emendou.

— Também não achei nada parecido em meus livros. - Acrescentou Levy.

— Essa não! - Lucy choramingou.

— Embora a situação seja preocupante, ao menos por enquanto, não sinto nenhum tipo de magia emanando dessa marca. - Explanou o mestre. - Mas pode ser uma mágica que se ativa com o tempo. Já ouvi falar de feitiços assim. - Ao ver que a maga estelar ficou, mesmo que por um momento, com os olhos esperançosos, tratou de completar. Lucy desabou em uma cadeira.

— Eu não entendo... - Reclamou, fitando no espelho de mão os símbolos negros que circulavam seu pescoço. - Não entendo como isso apareceu aqui. - Murmurou, completamente desorientada.

— Mesmo que não saibamos nada sobre essa marca, ou mesmo sobre como ela apareceu - Começou Makarov -, eu acredito que ela tenha sido implantada por alguém. Provavelmente por meio de contato físico. - Ponderou.

— Pense Lucy. - Incentivou Erza - Você teve contato com alguém estranho hoje? - Inquiriu.

Por estranho, a única pessoa que imediatamente veio a mente de Lucy foi o cliente bizarro. A simples lembrança daquele ser fora do comum a fez estremecer, talvez pela milésima vez no dia.

— Ah, o namorado da Lucy! - Gritou Juvia, com a voz carregada de malícia.

— NAMORADO O CARAMBA! - A loira berrou de volta.

— Mesmo que não seja seu namorado - Titânia comentou, entre risos -, é extremamente cômico o jeito que você estremece quando falamos dele. - Avisou.

— Tremo de nojo! - Heartfilia explicou. - Você acha isso engraçado, Erza? - Questionou, irritada. - Pois eu sei de uma palavra capaz de te deixar exatamente com a mesma sensação. - Revelou, fazendo com que todos se atentassem, curiosos.

— Ah, é???- Titânia arqueou uma das sobrancelhas, em sinal de desafio. Lucy devolveu o olhar desafiador.

— Ichiya-san! - A loira falou, pausadamente, provocando na ruiva um tremelique tão imediato. Todos os presentes riram.

— QUIETOS! - Berrou a guerreira - O assunto aqui é sério. - Recuperou a compostura. - Lucy, você lembrou do cliente estranho. - Falou, retomando o assunto. - Por quê?

— Porque ele beijou a minha mão quando me deu a gorjeta. - Respondeu com cara de nojo - Ou seja, foi a única pessoa estranha com quem eu tive contato físico.

— Nesse caso - Falou o mestre, cruzando os braços - Temos um suspeito.

— Podemos voltar em Datra¹ amanhã e investigar. - Gray sugeriu.

— É o mais prudente a se fazer. - Concordou Erza.

— Ok. - Assentiu a maga estelar.

— Mas por precaução, o ideal é que enquanto não soubermos o propósito dessa marca, ela não fique a mostra. - Orientou o mestre. - Aliás, você mora sozinha, não é Lucy?

— Sim. - Assentiu a maga, curiosa quanto a mudança de assunto.

— Bem, como eu disse anteriormente, essa marca está inerte agora, mas pode ativar uma magia ou maldição a qualquer momento. - Repetiu. - Por isso, recomendo que alguém passe a noite com você, até que tudo seja esclarecido.

Ante a orientação do velho, Lucy não pôde deixar de se sentir pior. Sua situação era realmente séria e potencialmente grave.

Olhando os companheiros ao redor, pensou na necessidade de dividir o apartamento com alguém, durante aquela noite. Sem saber exatamente o porque, apenas naquele momento sentiu falta do dragon slayer de fogo.

Vínculo MágicoOnde histórias criam vida. Descubra agora