Capítulo 7

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Após a percepção de Granger, Draco esperava ser retirado de seu destacamento de proteção e movido para outra casa segura longe dela. Por isso, foi uma grande surpresa na manhã seguinte quando ela o cumprimentou na mesa da cozinha com um leve sorriso e sentou-se à sua frente para tomar seu café da manhã em paz.

Draco a observou enquanto ela mordia sua torrada e folheava o Profeta Diário. Como ela podia fazer isso? Sentar-se em frente ao homem que quase a matou com tanta facilidade quanto sentar com um amigo?

Deixando de lado o café, ele limpou a garganta e os olhos dela se ergueram para o rosto dele. "Você gostaria que eu falasse com Potter sobre assumir o seu destacamento de proteção?" ele ofereceu, forçando sua voz a permanecer firme e profissional.

Sua testa franziu e seus olhos dispararam ao redor de seu rosto, nunca encontrando seus olhos. "O que você quer dizer?"

"Certamente você não me quer..."

"Ah," ela interrompeu. "Não, não há necessidade disso. Os detalhes da proteção podem permanecer os mesmos." Ela se voltou para o papel com desdém.

"O que?" Draco soltou incrédulo.

"Os detalhes da proteção podem—"

"Não, eu ouvi você da primeira vez," retrucou Draco. "Por que você ainda me quer no time?"

Ela suspirou e fechou o jornal, olhando para ele mais uma vez. Olhando por cima do ombro em direção à área comum, ela puxou sua varinha e murmurou um rápido Muffliato antes de se virar para ele. "Olha, do jeito que eu vejo, você teria me matado meses atrás se quisesse. Inferno, você poderia ter feito isso naquele dia na rua, mas não o fez. Se você fosse enviado aqui para me matar, eu já estaria fria a dois metros de profundidade."

"A menos que fosse minha missão obter informações de você primeiro," ele apontou.

A cabeça de Granger inclinou-se para o lado pensativa por um momento antes de sacudi-la. "Imagino que obter informações não seja sua responsabilidade dentro dos Comensais da Morte. Você não disse que todos têm papéis específicos? Seu trabalho não era obter informações. Você não é um espião. Você é um assassino." Ela fez uma breve pausa antes de acrescentar: "Foi um assassino."

Ela estava certa, é claro. Ela sempre estava.

"Além disso, você passou nos testes de Kingsley e no interrogatório Veritaserum," ela acrescentou antes de dar outra mordida na torrada.

Draco ficou pasmo enquanto ela terminava de mastigar e engolir o pedaço.

"Você também me disse que não me mataria," ela disse com um sorriso.

Draco zombou da ingenuidade dela. "E você acreditou em mim?"

Granger deu de ombros. "Sim. Acho que... confio em você." Ela fez uma careta como se o pensamento fosse um pouco ridículo. "Eu não sei como isso aconteceu, Malfoy, mas de alguma forma você é tão assustador para mim quanto um Pigmeu Puff. Sei que você é um homem perigoso, mas realmente não acho que esteja aqui para me machucar."

Confiança. Ela confiava nele. Confiava nele como se fosse uma boa pessoa, como se fosse um homem decente.

Como se ele não fosse um assassino.

Draco não tinha certeza do porquê, mas a ideia de que de alguma forma ele havia conquistado a confiança dela o deixou com raiva. Irracionalmente, talvez, mas com raiva do mesmo jeito.

Ele não tinha feito absolutamente nada para provar sua confiabilidade para ela. Anos vivendo o tipo de vida que ele levava o ensinaram que a confiança só deve ser reservada para os confidentes mais próximos. Confiar em alguém sem realmente conhecê-lo era completamente ridículo. E por que ela confiaria nele? Porque ela conhecia seus segredos? Na verdade, cada segredo dele que ela descobrisse deveria ser um bom motivo para nunca confiar nele.

Dragon In The Dark | Dramione | Tradução PT-BROnde histórias criam vida. Descubra agora