Capítulo 1

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O sol havia se posto há muito tempo, seus últimos raios desapareceram na escuridão da noite. Grilos cantavam e cigarras enchiam os jardins da casa senhorial, dando uma aura de paz à noite de fim de verão. Mas nem tudo estava como parecia. Do lado de fora deste refúgio tranquilo, uma grande ameaça estava pronta para atacar.

Draco estava rodeando a propriedade por quase uma hora. Ele tinha que encontrar uma maneira de entrar. Essas proteções eram fortes, mas nenhuma delas era impenetrável. Todas elas podem ser quebradas; era apenas uma questão de encontrar a falha. E encontrar falhas nas proteções era um dos pontos fortes de Draco.

Ele olhou para o relógio. Ainda havia tempo. Ele tentou mais dois feitiços e finalmente viu o que estava esperando. Não foi mais do que um piscar de olhos, a brecha mais breve na armadura, mas foi o suficiente. Ele havia encontrado a falha. Por fim, com um feitiço bem colocado, as proteções se dissolveram e Draco entrou pela porta dos fundos da casa escura.

Um silêncio pesado preencheu cada centímetro da casa. Isso pressionou os ouvidos de Draco enquanto ele se arrastava pela cozinha. Alguns poderiam ter achado esse nível de silêncio opressivo, mas para alguém tão... experiente quanto ele, era apenas mais um detalhe para assimilar. Conforme ele se aproximava de seu alvo, o silêncio foi quebrado pelo tique-taque de um singular relógio de parede na sala de estar.

Ele estudou a planta do lugar em detalhes. Ele virou à esquerda no corredor para onde sabia que estava seu destino: o escritório.

Draco sabia que seu alvo estaria lá. O arquivo era extremamente detalhado. O Sr. Bernard Pillsworth sempre ficava acordado até tarde, revisando a papelada em seu escritório muito depois de sua esposa ter ido dormir. Um fino feixe de luz escapava por baixo da porta no final do corredor; parecia que esta noite não seria exceção à rotina de Pillsworth.

As botas de couro de dragão de Draco não faziam barulho contra o piso de madeira enquanto ele dava passos firmes e confiantes em direção à porta. Ele podia sentir seu sangue pulsando em suas veias. Cada som minúsculo na casa silenciosa parecia amplificado em seus ouvidos: o tique-taque do relógio como a batida de um coração, sua própria respiração silenciosa, uma pequena tosse atrás da porta a frente... uma tábua do assoalho rangendo sob seu peso.

Ele congelou, fazendo uma careta.

"Anne?" - uma voz profunda chamou de dentro do escritório.

Ele ficou muito quieto, sem ousar dar outro passo - sem ousar sequer respirar, até que a atenção de Pillsworth voltasse para seu trabalho. Depois de um momento, ele ouviu um farfalhar de pergaminhos. Draco continuou dando passos cuidadosos e silenciosos até ficar do lado de fora da porta do escritório.

Essa foi a parte difícil. Ele tinha que ser rápido. Tão rápido que não haveriam chances de revidar, gritar por socorro ou implorar. Merlin, ele odiava quando eles imploravam.

Com a varinha na mão, Draco sentiu sua magia correndo por ele, pronta para ser liberada. Está na hora. Faça. Ele ergueu a mão esquerda e a colocou na maçaneta. Depois de uma respiração profunda final, ele virou e empurrou.

A porta se abriu para revelar o Sr. Pillsworth sentado atrás de sua mesa. Arquivos e pergaminhos estavam espalhados na superfície de madeira. Uma foto desbotada do casamento estava pendurada na parede ao lado de uma estante bastante desorganizada. O bruxo rechonchudo ergueu os olhos de seus arquivos, seus olhos castanhos se arregalando, sua boca se abrindo com o início de um grito.

Draco nunca lhe deu a chance. Com uma onda de magia e um lampejo de verde, os olhos de Pillsworth desbotaram e ele caiu para a frente em sua mesa.

Morto.

Estava feito. Draco se virou e se recolheu pelo corredor. Enquanto voltava pela casa, ouviu passos inconfundíveis vindos de cima. Sra. Pillsworth. Ela deve ter acordado quando seu marido disse seu nome.

Dragon In The Dark | Dramione | Tradução PT-BROnde histórias criam vida. Descubra agora