Dragon In The Dark | Dramione | Tradução PT-BR

Capítulo 23

Tudo o que Draco podia ouvir enquanto caminhavam pelo corredor era a respiração ofegante de Granger e o barulho ocasional de seus sapatos no chão. Ele fez uma careta. Isso seria muito mais fácil sem ela. Ela era muito barulhenta; ela entregaria a posição deles.

Ele tinha pensado em deixá-la em seu quarto. Desiludido e seguro. Mas se eles tivessem a oportunidade de escapar da casa sem matar todos os seis Comensais da Morte, ele queria aproveitá-la. E se ele fosse morto, Granger precisava saber imediatamente para que ela pudesse agir. Além disso, ele duvidava que Granger estivesse disposta a ficar de fora. Grifinórios estúpidos sempre precisavam entrar em batalha.

O aperto dela em seu braço era forte, e ele esperava que ela soubesse que ele precisaria de seus dois braços assim que o Comensal da Morte estivesse à vista. Se ele pudesse chegar perto o suficiente, ele seria capaz de usar sua faca e não alertar os outros Comensais da Morte, mas se não... bem, teria que ser a Maldição da Morte. E uma vez que isso acontecesse, sua posição seria comprometida.

O mapa indicava que o Comensal da Morte estava no último quarto antes do final do corredor. Conforme eles se aproximavam, Draco desacelerou, seus ouvidos atentos a qualquer som de dentro da sala.

Normalmente, a essa altura, ele podia ouvir o suficiente de sua presa para localizar aproximadamente onde deveria atacar na sala, mas com Granger atrás dele, respirando alto e arrastando os pés ansiosamente, ele estava praticamente cego.

Um baque abafado de dentro da sala disse a Draco tudo o que ele precisava saber. Algo caiu no tapete, o que provavelmente significava que seu alvo estava perto da cama no tapete da área, e não nos arredores da sala onde o piso era de madeira.

Sempre havia a possibilidade de que o Comensal da Morte soubesse que eles estavam vindo – que ele tivesse ouvido a respiração de Granger e estivesse tentando atraí-los para o quarto, na verdade espreitando atrás da porta. Draco se prepararia para essa possibilidade.

Ele deu de ombros levemente, esperando que Granger percebesse que ele precisava dela para libertá-lo. Ela o fez, deixando-o livre para se aproximar da porta. Ele se virou, sinalizando silenciosamente para Granger que ela deveria esperar do lado de dentro enquanto ele despachava o Comensal da Morte.

Depois de um rápido aceno de Granger, Draco entrou na sala com sua varinha na mão. Ele puxou a faca com a mão esquerda. Ele havia aprendido no treinamento como manejar uma arma com ambas as mãos. Nunca se pode estar muito bem armado.

O Comensal da Morte estava vasculhando um criado-mudo de costas para a porta. Draco avançou, ajustando a faca em seu punho. Ele mal ouviu Granger andando na ponta dos pés atrás dele, seus passos misericordiosamente leves.

A figura ao lado da cama pegou um livro da mesa de cabeceira e levou um momento para folhear suas páginas antes de jogá-lo na cama e voltar para a gaveta, desta vez tirando uma foto emoldurada de um jovem casal e um bebê. Isso também foi jogado na cama. O Comensal da Morte balançou para trás em um pé, como se estivesse prestes a se virar, e foi quando Draco atacou.

Avançando, Draco usou a mão da varinha para cobrir a boca do homem, envolvendo-o por trás e puxando-o para perto. Com a outra mão, ele enfiou a faca na lateral do pescoço do homem e a empurrou para rasgar sua jugular.

O sangue jorrou pela parede. O homem gorgolejou e cuspiu, lutando brevemente contra o aperto de Draco antes de cair de joelhos. A ferida jorrou, o sangue jorrando sem parar, pingando na frente do Comensal da Morte e no tapete.

Demorou apenas alguns segundos antes que ele caísse nos braços de Draco. Morto.

Draco lenta e silenciosamente abaixou o homem no chão. Ele tirou a máscara encharcada de sangue do homem. Era muito. Passando para os bolsos de Avery, Draco retirou uma varinha fina de cerejeira e uma fotografia. Ele ergueu a foto para a luz que entrava pela janela e franziu a testa.