Capítulo 25

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A cabeça de Draco estava girando.

Não. Não podia ser Theo. Theo era seu amigo. Theo o salvou quando ele foi capturado. Theo sempre foi o gentil, o compreensivo.

"Eu estou supondo que você está surpreso em me ver", Theo riu, inclinando a cabeça como se zombando dele.

Draco se forçou a respirar fundo e se estabilizar.

"Não seja tão duro consigo mesmo," Theo reclamou. "A maioria dos outros Comensais da Morte nem sabia o que eu estava fazendo."

Shacklebolt avançou e forçou o Veritaserum na boca de Theo.

"Ministro, não há necessidade de tanta força. Eu teria aceitado de bom grado se você tivesse pedido." O tom de Theo era zombeteiro, e o coração de Draco se apertou ao ouvir o ódio por trás dele.

"Você é o que Dolohov treinou depois que eu saí," Draco supôs, seu cérebro tentando entender o que ele estava testemunhando. Como ele poderia estar tão errado sobre Theo?

Theo sorriu, e foi como um soco no estômago. Ele continuou a falar como se Draco fosse uma criança. "Tão inteligente. Você levou tempo suficiente para descobrir isso. Você queria tanto que fosse Pansy, não é?"

Draco fez uma careta, virando-se para não ter que ver o rosto de Theo. Talvez tudo isso fosse um pesadelo horrível. Talvez ele acordasse e fosse apenas um dia depois de seu aniversário. Granger estaria enrolada ao seu lado como ela amava e os últimos dias seriam apenas um pesadelo distante.

"Ela era uma espiã?" Draco perguntou, reprimindo qualquer pingo de emoção.

"Não." A voz de Theo ficou fria. "Entretanto, ela serviu ao seu propósito para nós. Sem ela, nunca teríamos encontrado suas casas seguras."

"Como você fez isso?" A presença de Shacklebolt por si só projetava uma aura de autoridade, mas esse era um tom que Draco nunca tinha ouvido dele antes. Foi baixo. Perigoso, quase. O foco da conversa voltou aos negócios.

"Um encanto de rastreamento simples. Eu sabia que ela faria qualquer coisa para vingar Draco depois que ela fosse embora. Ela pensou que você estava morto, sabe, mas eu sabia melhor."

"Por que se preocupou em me salvar?" Draco se virou para encarar seu velho amigo.

"Oh Draco, você é muito mais útil para mim vivo do que morto." Ele riu sombriamente, e o som enviou calafrios pelos ossos de Draco. "Não me interprete mal, Dolohov ficou lívido quando soube o que eu tinha feito, mas assim que expliquei o quadro geral, ele mudou de ideia. Veja, ele confia em mim. Muito mais do que ele jamais confiou em você. Não sou apenas um drone irracional para fazer o que me mandam. Ele valoriza minhas ideias. E quando vim a ele com meu novo plano, bem... Você deveria ter visto como ele me elogiou."

"Que plano?" Potter estalou, mantendo sua varinha apontada para Theo.

"Quando fui à cela de Draco na noite antes de ele quase morrer, peguei um fio de cabelo. Inicialmente, eu pretendia deixar você morrer, Draco. Eu teria apenas substituído você. Entrei no St. Mungus fingindo estar ferido e deixei um de vocês me encontrar e me trazer de volta para o quartel-general. Mas então eu ouvi Yaxley se gabando de seu plano de enviar as evidências da morte de Draco para a Ordem, e eu sabia que seria muito suspeito para mim aparecer depois de uma morte tão brutal. Então eu sabia que precisava de você para viver. Por muito pouco." Os lábios de Theo se curvaram quando seus olhos perversos pousaram em Draco.

"Eu dei a você o melhor antídoto que tínhamos na época. Eu não tinha certeza se funcionaria, mas imaginei que poderia fazer algo funcionar mesmo se você morresse."

Dragon In The Dark | Dramione | Tradução PT-BROnde histórias criam vida. Descubra agora