Tentar ficar de olho em Pansy durante as próximas duas semanas estava levando Draco à exaustão. Entre os dias passados com Granger fazendo fisioterapia e prática de feitiços, e as noites passadas observando cada movimento de Pansy, não sobrava muito tempo para dormir. E o pouco sono que ele conseguiu foi muitas vezes crivado de pesadelos vívidos.
Granger sempre estava lá em seus sonhos, parecendo menor do que na vida real, indefesa... vulnerável. Sombras escuras pairavam logo atrás dela, mas ela nunca as viu. Era como se só ele pudesse ver o perigo. Ele tentou gritar para avisá-la, mas sua língua falhou. Quando ele tentou pegar sua varinha, ele a achou inútil e ineficaz em suas mãos desajeitadas, e suas pernas viraram geléia quando ele tentou correr para ela. Enquanto isso, a sombra escura se aproximava, elevando-se sobre a pequena garota dourada antes de envolvê-la em suas longas garras.
Draco acordou ofegante, ficando ereto na cama, um suor frio na testa. Acalmando sua respiração irregular, ele ouviu atentamente os sons de qualquer coisa errada na casa. Ele se levantou da cama e foi na ponta dos pés até a porta. Quando ele espiou pelo corredor, a casa parecia pacífica e quieta, mas isso não o impediu de ir até a porta de Granger. As proteções ainda estavam no lugar, ele podia sentir a magia repelir sua mão quando ele estendeu a mão para a maçaneta. Se alguém tivesse entrado em seu quarto, as proteções teriam sido quebradas. Ela estava segura.
Embora ele soubesse que isso era verdade, pelo menos por enquanto, seu coração batia forte no peito com o pensamento de ser incapaz de protegê-la. Sabendo que o sono provavelmente iria evitá-lo, Draco afundou no chão ao lado da porta dela, joelhos no peito, varinha na mão, seus ouvidos atentos a qualquer som que pudesse ser fora do comum.
Ele entrava e saía do sono, as visões diante de seus olhos ficavam em algum lugar entre os sonhos e a realidade. A porta de Granger se abriu e ela descobriu seu relógio vigilante. Com um sorriso, ela caiu de joelhos diante dele e se inclinou para frente, afastando a franja despenteada de sua testa com dedos delicados. Ela traçou a borda de sua mandíbula, cuidadosamente puxando seu lábio inferior entre os dentes antes de se inclinar. Ele inclinou a cabeça, estendendo as mãos para a frente para puxá-la para perto e enredar os dedos em seus cachos. Os lábios dela roçaram os dele. Gentilmente no início, e depois com mais urgência. Mudando as pernas, ele a puxou para frente até que uma de suas pernas balançou sobre seu colo. Beijando-o mais profundamente, ela rolou os quadris contra os dele e soltou um gemido ofegante. "Dragão..."
Ele acordou sobressaltado, arrastando as mãos sobre o rosto para afastar o sono de sua mente. Ele tinha vindo aqui para ficar de guarda, e dormir no trabalho dificilmente acalmaria seus nervos.
Horas depois, quando a suave luz azul do amanhecer começou a iluminar o corredor, Draco finalmente se levantou e se espreguiçou. Levou grande parte da noite, mas seus pensamentos finalmente pararam de correr. Ele tinha uma sensação renovada de calma, mas ainda não queria ser pego vagando do lado de fora da porta de Granger como um vira-lata. Abafando um bocejo, Draco arrastou seu corpo de volta para seu próprio quarto e caiu sobre os cobertores com um suspiro exausto.
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"Draco?"
A voz gentil o despertou de um sono profundo que ele não percebeu que o havia dominado. A luz do sol entrava pelas cortinas e Draco piscou contra a intrusão. Uma batida suave em sua porta o fez levantar a cabeça quando Granger falou novamente. "Draco, você está bem? Você perdeu o café da manhã."
Com um gemido, ele saiu da cama e abriu a porta.
Os olhos de Granger o contemplaram, sua boca se abrindo de surpresa. "Você ainda estava dormindo? É quase meio-dia."
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Dragon In The Dark | Dramione | Tradução PT-BR
FanfictionA batalha foi vencida, Voldemort está morto. Mas a guerra está longe de terminar. No novo regime dos Comensais da Morte, Draco Malfoy faz o que deve para sobreviver e manter sua mãe segura. Agora um assassino altamente treinado, Draco aprendeu a pen...