Peguei o meu avião em direção a Milão (na verdade em direção a Londres, pra fazer a ligação a Milão) e depois de 15h de viagem finalmente cheguei no meu destino. Cheguei um dia antes do casamento do Diego o que nos permitiu sair um pouco juntos fazer uma espécie de "despedida de solteiro". Jogamos bowling, fomos jantar e surgiu conversas sobre a Sue.
-Então, como está a Sue? Ela está animada por estares aqui para o casamento? - Perguntou Diego.
-Ah, ela está bem. Está animada pelo meu amigo se casar, sabes como é.
-E vocês, estão bem? Quem sabe, vocês são os próximos a se casarem - Ele falou isso enquanto riu
-É, pode ser que seja, né?
Eu não podia contar no dia antes do casamento do Diego, que nós tínhamos acabado, isso iria arruinar o clima e eu não queria ser egoísta. Depois disso fui para o Hotel para descansar e me preparar para o dia seguinte, até porque, além das dificuldades interiores tinha também de suportar o jet lag.
O casamento foi muito bonito e a cerimónia correu nas mil maravilhas. No casamento eu não conhecia quase ninguém, até porque eu moro do outro lado do Oceano, então isso causou em mim, alguém de introvertido, um certo desconforto. Mas estava tudo bem, á excessão das saudades que eu tinha da Sue, até porque tudo me lembrava dela. Sempre tinha um casal dançando, falando, se beijando ou apenas a passar um momento juntos... mas nesse momento, eu dava tudo para "apenas" passar um momento junto com ela. A verdade é que nesse momento eu não me sentia triste... mas também não me sentia feliz. Acho que facto de ter um fator feliz e um triste nessa história fazia com que ambos os sentimentos se anulassem.
Depois da festa, eu decidi antes de me ir embora, contar ao Diego sobre o término de namoro, e trocamos umas palavras. Era tempo de regressar a casa, eu não queria contar aos meus pais, porque sabia que eles iriam se preocupar, sendo que não havia nada que eles podessem fazer. Eu sei que haveria uma conversa sobre: "Vais encontrar alguém melhor", ou "Ela é que perdeu", ou alguma coisa do tipo. Mas a verdade é que se foi a pessoa que perdeu, porque é que sou eu que sinto a perda? Infelizmente eu sabia que este sentimento de perda era algo que eu tinha que "enfrentar sozinho" e coincidência ou não, depois de anos sem lançar músicas novas desde a morte do Freddie Mercury, os Queen tinham lançado uma nova música chamada "Face it alone" (Enfrentar sozinho) usando gravações antigas que nunca chegaram a ser lançadas... e ela descrevia como eu me sentia:
When something so near and dear to life explodes inside
You feel your soul is set on fire
When something so deep and so far and wide falls down beside
Your cries can be heard so loud and clear, ohYour life is your own
You're in charge of yourself
Master of your home
In the endIn the end
You have to face it all aloneWhen something so dear to your life explodes inside
You feel your soul is burned alive (burned alive)
When something so deep and so far and wide falls down beside
Your cries can be heard so loud and clearYour life is your own
You're in charge of yourself
Master of your homeIn the end
In the end
You have to face it aloneWhen the moon has lost its glow
When the moon has lost its glow
(Da-da-da, da, da, da, da)
When the moon hasWhen the moon has lost its glow
(Da-da-da, da, da, da, da)
When the moonWhen the moon has lost its glow
You have to face it all alone
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Um namoro à distância
Teen FictionMeu nome é Andrew, tenho 19 anos, vivo nos Estados Unidos e ainda há 4 anos atrás não acreditava em amor virtual. Tudo isso mudou quando conheci uma garota na internet que me fez passar momentos na vida inexplicáveis. Momentos difíceis, fáceis, bons...