Acordei naquele dia 4 horas antes do vôo pra ter tempo para me arranjar. Tomei o meu pequeno-almoço e arrumei as minhas malas pra viagem de volta. Foi com enorme tristeza que entreguei a chave do quarto na recepção e peguei o táxi para o aeroporto. Enviei também uma mensagem á Sue dizendo-lhe que já estáva a caminho e que se ela quisesse já podia ir lá ter.
Cheguei no aeroporto e fiquei á espera dela na entrada principal das partidas. Ela não demorou muito pra chegar lá. Estávamos felizes por nos vermos, mas ao mesmo tempo tristes, pois era o último em muito tempo. Fomos passear no aeroporto pelas lojas sempre agarrados e abraçados um ao outro sabendo que a cada segundo, a hora de ir-me embora estáva a chegar. Confesso que a cada vez que pensava nisso, ficáva com mais e mais vontade de chorar. Ficamos aborrecidos e sem nada para fazer, então ficamos simplesmente ali aonde estávamos (perto do check-in) e ficamos abraçando-nos e trocando beijos. Vi as horas e decidi que era melhor ir embora pra ter tempo de entrar e embarcar.
"-Sue, infelizmente tenho que ir.
-Não vás, mor... eu não quero... vou sentir tanta a tua falta...
-Eu também, mor... mas infelizmente tem de ser, se não ainda perco o avião.
-Não me importava...
-Nem eu, mor... mas meus pais poderiam reagir mal, me chamar de irresponsável e quem sabe nem deixar-me mais viajar sozinho por um tempo...
-Eu entendo, mor, tens mesmo que ir - fez carinha triste - tamanha perfeição no mundo, e vai estar tão longe de mim.
-Mor, que eu saiba, só há uma pessoa perfeita aqui, essa pessoa és tu!
-Cala-te, não sou nada!
-Cala-me tu, e és si..."Ao ouvir essas palavras, Sue não deixou nem terminar a minha frase e beijou-me intensamente. Olhamo-nos um pro outro com caras tristes de novo e foi ai que dei meu último beijo nela. Nossos olhos se encheram de lágrimas naquele momento. Foi difícil largar ela, mas tinha de ser feito. Comecei indo-me embora chorando e olhando pra ela que também chorava intensamente. Na minha cabeça só passáva isto: "Pronto, fui-me embora. Agora sabe-se lá quando é que eu a volto a ver".
Já no avião continuava a chorar enquanto ouvia músicas deprimentes no meu telémovel. Chorei tanto que o Senhor do lado perguntou-me o que se passáva.
"-O que se passa meu jóvem, porque estás a chorar?
-Saudades de uma pessoa especial...
-Quem é essa pessoa?
-É a minha namorada... eu vim a Londres pra visitá-la e agora não sei mais quando é que eu a volto a ver...
-Deve ser difícil, mas não fiques assim e esforça-te pra no futuro voltares a vê-la.
-Obrigado Senhor.
-De nada"Tentei fechar os olhos e dormir mas as lágrimas impediam-me. Fiquei nesse estado durante 1 hora e só aí consegui adormecer e quando acordei decidi ir ver um filme. Não o devia ter feito, pois a cada vez que eu via alguém beijando-se lembráva da Sue e ficava com vontade de chorar.
Quando cheguei da minha escala pra Los Angeles, fui de carro com a minha mãe pra casa, fiz um sorriso forçado e demonstrei felicidade pra eles enquanto que na realidade estava com vontade de chorar. Cheguei a casa enfiei-me no quarto e disse que estava cansado por causa da viagem e fui diretamente pro meu quarto.
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Um namoro à distância
Teen FictionMeu nome é Andrew, tenho 19 anos, vivo nos Estados Unidos e ainda há 4 anos atrás não acreditava em amor virtual. Tudo isso mudou quando conheci uma garota na internet que me fez passar momentos na vida inexplicáveis. Momentos difíceis, fáceis, bons...