Capítulo 8: Sue

232 13 0
                                    

No dia seguinte consegui ter forças pra perdoar Sarah. Sue tem esse dom em mim inexplicável, de conseguir fazer-me sentir bem quando as coisas estão más. Só sei que quando estáva com ela por skype nas nossas conversas, eu esquecia por completo aquele vazio deixado por outra pessoa. Mesmo perdoando, a verdade é que por prevenção, não ficava tanto tempo com a Sarah. Não queria ter os mesmos sentimentos que tinha antes, mesmo ainda não tendo esquecido ela por completo.

Sue nasceu em Liverpool na Inglaterra, mas por questões financeiras e de falta de oportunidades no Norte, sua família decidiu mudar-se pra Londres. Desde então, seus pais arranjaram um bom emprego e podemos dizer que estão bem na vida. Ela tem cabelos castanhos meios encaracolados, olhos azuis e pelo que disse-me, é bastante alta. Nessa altura ela tinha 14 anos, e tinha uma irmã pequena de 10 chamada Katherine.

Conheci Sue do mesmo modo que Sarah, pelo jogo virtual. Ela e a Sarah conhecem-se pelo jogo e são amigas uma da outra. Quando a Sue descobriu sobre o que a Sarah tinha feito foi logo falar com ela pra tentar esclarecer tudo, mas continuam sendo amigas apesar de estar um clima tenso entre eu e a Sarah.

Sue ainda não tinha namorado com ninguém, nem nunca tinha beijado na boca. Era um pouco como eu na altura, que apesar de tudo já tinha tido uma namorada, mas eramos pequenos e envorganhados e então nunca chegamos a beijar-nos (Para além que não morava-mos na mesma cidade, apesar de a conhecer de verdade, porém o namoro não durou muito). Era engraçado como cada vez sentia-me mais perto dela e cada vez mais longe de Sarah. Sue era muito inteligente e possuia o sonho dentro dela de ir estudar na universidade de Oxford ou de Cambridge.

Apesar de ser Americano preferia futebol do que futebol Americano e como por acaso, a minha equipa preferida era o Liverpool. Adoro os adeptos de lá, e o arrepio que dá ouvir toda a gente a cantar o hino. Disse pra Sue que caso um dia fosse pra Inglaterra levaria-lhe a ver um jogo do Liverpool e estariamos realizando um dos meus sonhos que seria cantar o hino no estádio. Mesmo ela não gostando de futebol disse que iria comigo caso isso acontecesse. Ela é uma grande amiga mesmo e tinha o desejo de a encontrar na vida real. Eu me dizia: "Quem sabe um dia não vá visitá-la como fiz com a Sarah?"

Um namoro à distânciaOnde histórias criam vida. Descubra agora