Capítulo 18 - Modus operandi de consolo

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Hyunjin

Após o elogio de Felix à gravação das minhas primeiras lines, observei ele ir em direção a Bang Chan para comentar algo, então resolvi me sentar ao lado de Han no sofá e ele automaticamente se inclinou para sussurrar alguma coisa para mim.

- Hoje você volta comigo para casa, okay? - perguntou.

- Eu não tinha planos para fazer algo diferente disso, mas por quê? Está tudo bem?

Han balançou a cabeça negativamente, com uma expressão um tanto desolada, e eu fiquei meio perplexo com o que tinha rolado no papo que ele e Minho estavam tendo durante o meu tempo na cabine. Porém, ainda era muito cedo para tentar descobrir isso, teria que esperar aquele dia passar por inteiro antes.

Eu segurei a mão de Han em apoio ao que ele estivesse sentindo naquela hora, mesmo que não soubesse exatamente do que se tratava.

- Mais tarde você me fala - eu disse a ele e cedi um pequeno sorriso.

Lee Know terminou a gravação e eu soltei a mão de Jisung, assim que o vi ceder espaço para Changbin entrar na cabine.

Han voltou a se sentar ao lado de Chan e Minho parou em frente a mim.

- Podemos nos falar lá fora? - perguntou.

Assenti positivamente com a cabeça e acompanhei ele pela porta. Lee Know continuou caminhando pelo corredor e eu apenas o segui, ele olhou para trás brevemente para se assegurar de que não havia ninguém no nosso encalço e depois abriu a porta corta-fogo para que eu adentrasse a escadaria de incêndio. Como estávamos no quinto andar, não havia o risco de que alguém quisesse usar as escadas, pois ninguém ia se dar ao trabalho de subir tantos degraus a pé.

- O que foi? - perguntei.

- Eu tinha que te tirar de lá antes que o Yongbok viesse para cima de ti de novo.

Lee Know se aproximou de mim, enquadrando-me contra a parede, e eu ri.

- Você me tirou do estúdio porque estava com ciúmes?

- Não, eu te tirei do estúdio porque estava com vontade de te beijar.

Senti suas mãos pressionarem a minha cintura e fechei os olhos, embarcando imediatamente na sua ideia. Porém, nos segundos seguintes, ele não engatou em um beijo, e eu abri as pálpebras novamente, para entender o que havia acontecido.

- O que houve? - perguntei. - Você não disse que queria me beijar?

Minho estendeu um sorriso sarcástico no canto esquerdo do lábio.

- Eu estava só observando a sua cara de beijo.

- Eu não tenho uma cara de beijo... - objetei, ao mesmo tempo que ria e tentava me desvencilhar das mãos dele.

- Tem sim - disse ele, mantendo-me preso de frente para si.

- Aff.

- E é engraçada - continuou Minho, rindo com escárnio.

- Achei que você tinha me trazido aqui para me beijar! - protestei.

Lee Know deu uma última gargalhada com a minha reação e finalmente me beijou, impossibilitando que eu reclamasse mais. Eu conseguia sentir o sorriso dele presente no nosso beijo e, ao invés de ficar revoltado que ele continuasse tirando sarro às minhas custas, aquilo acabou fazendo uma excitação crescer em mim e eu passei a beijá-lo com ainda mais vontade.

Nós já tínhamos curtido um pequeno momento assim no meu quarto naquela manhã, mas não havia sido o bastante para que eu matasse toda a saudade que estivera sentindo na última semana.

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