Capítulo 13 - Permissividade

210 32 60
                                    

Hyunjin

Dei um pulo no mesmo lugar, mas consegui segurar a minha língua de gritar quando dois braços me enlaçaram pela cintura e eu senti um corpo se encostar ao meu. Olhei sobre o meu ombro e notei Lee Know prestes a apoiar a sua cabeça na parte de trás do meu pescoço.

- Você tem que parar de chegar de mansinho assim - falei. - Eu quase grito toda vez, você sabe que sou fácil de assustar.

- Por que você não voltou para o meu quarto como eu pedi aquela hora? - perguntou ele, indo direto ao ponto do que queria falar comigo.

- Eu voltei, mas você e Han estavam conversando e eu não quis incomodar.

- Teria sido melhor se você tivesse entrado.

- Não tinha condições disso naquela hora, vocês estavam compartilhando um momento de casal.

Dei um jeito de virar o meu corpo de frente para o dele, rompendo com o seu abraço.

- Você também não veio atrás de mim - falei.

- É por isso que você chamou o Yongbok?

- Eu não chamei o Felix, ele que quis vir.

- Eu devia ter ido atrás de você - disse ele -, me perdoe.

Os olhos de Minho estavam com um ar pesado. Por um instante, pensei o quanto esse dia parecia ser extremamente incomum, pois eu o presenciara pedir desculpas mais de uma vez.

Seus braços circularam minha cintura novamente e ele deu uma leve puxada no meu corpo, trazendo de encontro ao seu.

- Nós não podemos nos beijar aqui - comentei -, é espaço público da casa e tem muita gente nos quartos, se acordarem e verem a luz da cozinha, vão vir investigar quem mais está de pé, assim como você fez.

- Tudo bem - disse ele, soltando suas mãos de mim.

Virei-me novamente de costas para poder continuar lavando a louça enquanto conversávamos.

- Você não estava conseguindo dormir porque discut...

De repente, a luz da cozinha se apagou e Lee Know voltou a me abraçar por trás, pressionando seu corpo com mais força contra o meu.

- Lee Know...

- Hyunjinnie - disse ele, com jeitinho -, por favor, fica comigo. Eu tive um dia muito ruim.

Minho beijou o meu pescoço, apertando mais os seus braços ao meu redor, e eu senti como se eu estivesse amolecendo com o toque dele.

- Eu posso ficar com você, mas não desse jeito por aqui.

- Só um pouquinho...

A mão direita dele deslizou sobre o meu pijama, descendo do meu quadril para baixo e me tocando justamente onde não deveria devido ao local em que nos encontrávamos. Fechei meus olhos e ofeguei involuntariamente.

Ele continuou me apalpando ali e foi uma questão de segundos para que eu não pudesse negar fisicamente que estava extremamente atraído pelo que estava fazendo comigo.

Lee Know subiu a mão de novo, encostando com a palma dela sobre o meu abdômen por baixo da camiseta e depois escorregando ela para dentro da minha calça.

Meu coração começou a bater acelerado, ao mesmo tempo em que Minho subia e descia os seus dedos fechados em torno do meu membro. Eu soltei um gemido baixo e mordi o meu lábio para reprimir mais sons.

- Nossa, como eu amo o seu corpo - exclamou ele aos sussurros, levando a mão livre a tocar a pele da minha barriga.

- Nós não deveríamos - falei com dificuldade, enlouquecendo a cada segundo que se passava.

Um Conto de MaioOnde histórias criam vida. Descubra agora