Meu psicólogo - Adaptação Noany

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                                                                     Parte²

Any Gabrielly

Um tempo depois do nosso delicioso almoço, que com toda certeza não foi feito pelo moreno, Noah até tentou puxar assunto, com a desculpa de que era pra nos conhecermos melhor mas logo percebi que foi uma tentativa falha de tentar me arrancar respostas que ele sabe que eu nunca vou dar a respeito daquele tal trauma. Por isso, nesse exato momento, estou falando com Sabina por mensagem.

— Estou curioso pra saber o que você tanto faz nesse telefone que é mais importante que a minha presença. — Noah estava de pé na minha frente, que estava sentada no sofá.

— Só estou falando com a Sabina.

E então ele tomou o celular das minhas mãos.

— Noah, é sério, por favor, não leia. — me levantei e tentei pegar o celular das mãos dele, que já estavam metros maiores que eu.

— Por quê?

— A Sabina é meio doida e fala umas coisa meio nada a ver de vez em quando.

— Aposto que isso é desculpa. — ele se concentrou por alguns segundos no meu celular e então o abaixou no rumo da boca. — Hey, Sabina! Tudo bem? Então, assim, a conversa de vocês está muito interessante mas, por sua causa, a minha convidada não está me dando atenção então vou confiscar o celular dela por um tempo, ok? Como você é curiosa já vou te avisar que nós vamos pra piscina e obrigado por me achar gostoso, eu acho. Até mais.

Ele bloqueou o celular e o guardou no bolso.

— Você é louco!

— E agora nós vamos nadar.

Ele me puxou até o fundo da casa e tirou a camisa. As tatuagens do peito são ainda mais bonitas que as dos braços, poderia ficar horas admirando elas.

Espera aí, é o quê?

— Noah, eu não tenho biquíni, lembra?

— Mas como eu sei que você não é uma menina fresca com essas coisas, você pode simplesmente tirar a blusa e me acompanhar. — tirou os celulares do bolso e colocou na mesa. — Por favor, não pegue seu celular. — e caminhou até a borda.

Realmente não tenho essa frescura então rapidamente tirei a minha blusa, ficando de sutiã e short. Mas, na mesma hora, me lembrei que se ele ver minha marca nas costas vai querer saber o porquê e eu não vou contar nada sobre o meu passado então, vesti a blusa de novo e caminhei até o lado dele.

— Desistiu da ideia? — o encarei confusa. — Eu vi que tinha tirado a blusa mas colocou de novo.

— Só mudei de ideia.

— Tudo bem então. Cuidado aí, Any! — me empurrou na água.

— Seu idiota!

— Eu tinha que fazer isso, desculpa. — riu e pulou na piscina.

— A cada dia que passa você se mostra mais chato, sabia?

— Eu tenho uma ideia.

— O quê?

— Eu só sei que seu nome é Any Gabrielly , tem dezoito anos, uma melhor amiga que se chama Sabina, dois pais que, ao meu ver, são maravilhosos e que você tem um trauma psicológico. Então, vamos brincar de perguntas e respostas?

— Não.

— Qual é, Any? Não quero saber do seu problema, juro que não. Não agora. Não estamos no meu consultório então não sou seu médio aqui fora. Eu só quero conhecer você.