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Any Gabrielly

Louis distribuiu uma atividade que eu estava pouco preocupada em fazer, estava muito pasma com o fato dele ser meu professor por um tempo.

Como assim, cara?

  — Tudo bem aí, Any? — me perguntou da mesa dele, já que a minha fica de frente com a mesma.

  — Sim. Na verdade, eu estou um pouco curiosa. Você tem idade pra ser professor? — ele riu.

  — Eu não sei. Vinte e seis anos é idade de um professor?

  — Eu também não sei. — ri pela minha própria confusão. — Desculpa, é que só é estranho o cara do sorvete ser o meu novo professor. E eu ainda estou com a sua blusa!

  — É até engraçado, se parar para pensar, na verdade. — concordei e nós rimos. Meu celular vibrou e antes de o desbloquear encarei Louis, como se pedisse permissão. — Eu sou contra á celulares na minha sala de aula mas, por ser o meu primeiro dia, vou deixar essa passar.

  — Obrigada. — sorri e desbloqueei o celular.

N: Oi, já estou te esperando aqui fora.

N: Você gosta de parques? Porque eu vou te levar em um.

N: Por que ainda não saiu?

N: Ah hoje é quinta, você sai vinte minutos mais tarde. Me esqueci.

me: Oi!

me: KKKKKKKK

me: Você decorou meus horários e eu não. 

me: Que namorado eficiente!

me: A aula já está acabando, te vejo em dez minutos e sim, eu gosto de parques.

  — Alunos, deixem as avaliações em cima da mesa antes de saírem, por favor. — Louis pediu assim que o sinal tocou. Juntei meus materiais e estava me preparando para sair junto de Sabina. — Você fica, Soares.  — Louis avisou e encarei Sabina, pedindo para ela ir sem me esperar.

  — O quê?

  — Não fez a sua avaliação. Só sai quando ela estiver pronta.

  — É sério isso?

  — Muito sério. — ele sorriu e eu bufei frustrada, revirando os olhos. 

Me sentei novamente e foquei em responder as questões idiotas. Por que ele decidiu pegar logo no meu pé? Só depois de vinte minutos foi que me levantei. 

— Muito bem! Até amanhã, Any. — acenei com a cabeça e saí da sala em passos largos.

Noah estava escorando no carro, com o celular em mãos e numa cara entre preocupado e nervoso.

  — Que susto! Você demorou tanto que pensei que teria que chamar a polícia! — ele guardou o celular no bolso e me encarou.

  — Não seja exagerado, Urrea. Eu estava na escola. — me encaixei entre as pernas dele.

  — Por que demorou?

  — Professor novo, não me deixou sair até terminar a tarefa.

  — Isso não teve graça, fiquei mesmo preocupado.

  — Sempre tão neném esse Noah. — brinquei e beijei ele. — Falei com Sabina.

  — Sério? — concordei. — E ela?

  — Primeiro fez drama sobre eu não ter contado antes mas depois ficou super animada.

  — Ela me cumprimentou antes de ir embora. Sua amiga é legal.

  — Devo me preocupar?

  — Não, com certeza não. — ele sorriu e me deu um beijo rápido.

  — Ora, ora, Noah com uma estudante. Por essa eu não esperava.

Uma voz grossa e masculina soou atrás de nós, fazendo com que eu fosse para o lado de Noah.

  — Louis? O que você faz aqui? — o moreno ficou rígido e toda a sua calma foi embora.

  — Trabalho dando aulas de inglês agora, Any não te contou? Ficarei uns longos meses por aqui, Noah.

  — Acho bom não se aproximar da Any, Tomlinson. — Louis sorriu ao ouvir a ameaça de Noah.

  — Nos vemos por aí, Urrea. — ele colocou o capacete na cabeça e subiu na sua moto, sumindo rapidamente do nosso campo de vista.

  — Vocês se conhecem? — encarei Noah confusa.

  — Sim.

  — Por que nunca me disse?
 
  — Porque não tem importância.

  — De onde se conhecem?

  — Ele trabalhou comigo.

  — Já foi professor?

  — Ele era psicólogo. — Noah parou de encarar o nada e me encarou sério. — Eu quero você longe dele, Any.

  — Por quê? — cruzei os braços emburrada. 

Ele não manda em mim.

  — Porque ele não presta.

Meu psicólogo - Adaptação NoanyOnde histórias criam vida. Descubra agora