Any Gabrielly
— É muito bom ver que continua me ignorando.
Já faz umas duas semanas que Noah não me escuta dizer uma só palavra. Isso é mais que bom, na verdade.
— Quer que eu faça o que, uh? Antigamente você me respondia, era mais fácil do que ter que adivinhar. — continuei quieta, o encarando. — Que inferno, Any! Não sei se fico puto de raiva ou preocupado com você.
Ele saiu de perto da sua mesa e veio pra perto de mim, se abaixando de forma que ficasse no meu tamanho.
— Não vai mesmo falar? — neguei. — Então eu desisto por hoje.
Me desviei dele para levantar e saí da sala sem olhar para trás.
Cheguei na porta do prédio e aquele mesmo temporal de quando o carro de Noah quebrou estava de volta, até mais forte que antes. Pensei em ligar para o meu pai, mas na mesma hora me lembrei que estou com raiva dos meus pais pela nossa briga.
De fato, não foi nada demais, até porque eu não ia gastar tanta saliva com eles. Mas os dois vieram discutir comigo devido à duas notas baixas que tirei, e botaram a culpa no fato de eu não falar com as pessoas. Isso foi motivo suficiente para me deixar com raiva e abrir a minha boca pra rebater com palavrões.
Já que chamá-los estava for de questão, o jeito é esperar essa chuva passar.
∞
— Ainda não foi embora? — ouvi a voz de Noah atrás de mim e me assustei.
Talvez tenha passado algumas horas desde que a chuva começou e eu ainda estou feito estátua nesse prédio.
Apenas encarei ele e voltei a olhar para fora, já que eu estava nas escadas.
— Qual é? Só me explica a situação. — se sentou ao meu lado. — Por que ainda não foi embora?
— Está chovendo e, bem, meu pai viria me buscar mas não estamos num momento muito bom lá em casa e não quero depender dele.
— Eu te levo. — ele avisou se levantando e me encarou.
— Para minha casa? Não, obrigada. Qual a parte do "não estamos bem" você não entendeu?
— Para a casa da Sabina então.
— Ela não está na cidade.
— Então vem comigo. — levantei o rosto pra encará-lo.
— Não.
— Eu não vou te morder, meu Deus! Vai ser só por um tempo. Te levo de volta quando quiser.
Ele me estendeu a mão e, depois de um certo tempo, a segurei.
— Ainda não confio em você, Urrea. — avisei ao me levantar.
— Sei que sim, Soares.
Corremos na chuva até alcançar o carro dele e, assim que entramos, ouvi ele dizer.
— Obrigado por me responder, Any.
— Só não estava mais afim de ficar naquele prédio.
— Não precisa disso comigo. Eu sei a verdade, Any.
— Ridículo. — ri e revirei os olhos.
Em apenas alguns minutos eu já cruzava a entrada da casa de Noah. Não é do tipo enorme de casa mas é linda e aconchegante. Se eu passasse por aqui, não diria que era a casa de Noah Urrea.
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Meu psicólogo - Adaptação Noany
Fiksi PenggemarEle, um médico. Ela, uma garota com problemas. Ele, com uma vida perfeita. Ela, com uma vida complicada. Tudo o que ele quer é ajudá-la. Tudo o que ela quer é manter-lo longe. 🚨⚠️ ATENÇÃO ⚠️🚨 🚨⚠️ ADAPTAÇÃO AUTORIZADA PELA A AUTORA ⚠️🚨