🌟35🌟

370 13 0
                                    

  - Eu não acredito que fez isso com o Noah!

  - Cala a boca, Sabina.

Terça feira a tarde e eu me encontro na casa de Saby. Contei á ela sobre Louis e agora só falta a mesma me matar.

  - Você traiu o namorado dos sonhos de todo mundo, sua maluca!

  - Teoricamente nós terminamos por ele ser um babaca falso.

  - Vocês ainda não terminaram e você nem deu a chance dele se explicar.

  - Vai mesmo ficar do lado dele?

  - Eu não estou do lado dele. O que você decidir eu vou apoiar mas, amiga, e se não for o que parece?

  - Ele admitiu, Saby. Tudo o que vivemos foi mentira e não se fala mais nisso. - ela revirou os olhos.

  - Não acredito que pegou o Louis, louca! - agora ao invés de brava, ela estava me zoando.

  - Não foi como se eu quisesse, sei lá. Só rolou. Mas estou me sentindo culpada. Mal terminei com o Noah.

  - É porque você ama ele.

  - Amo e isso só fode mais as coisas pra mim.

  - Vocês são meu casalzão da porra e por isso eu acho que devia ouvir o Urrea.

  - Não, podemos mudar de assunto? - ela revirou os olhos outra vez e assentiu.

  - Você acredita que o Harry veio aqui conhecer meus pais?

  - MENTIRA!

  - Mentira nada, queria eu que fosse mentira. O idiota nem tinha me avisado. Apareceu aqui e meu pai abriu a porta e ele simplesmente disse "sou Harry, namorado da sua filha". Eu nem sabia aonde enfiar a cara! - comecei a rir.

  - Queria ter visto. Daria tudo pra ver a cara do seu pai.

  - Logo ele que achava que eu era um nenêm, Harry estragou isso!

  - Eu estou rindo muito. - gargalhei ainda mais alto pela expressão dela.

  - Sua idiota. - me tacou uma almofada. - Fora que... - ela foi interrompida pelo toque do celular e seu semblante mudou na mesma hora em que atendeu.- Noah? Ei, o que foi? Fala devagar. Onde você está? Tudo bem, estou indo.

  - Por que o Noah te ligou?

  - Ele disse que nem chama o seu número.

  - Porque ele está bloqueado.

  - Então não reclama. Agora vamos, ele precisa da nossa ajuda. - ela levantou e caminhou pra fora da casa.

  - O que aconteceu?

  - Ele está bêbado, tipo muito mesmo. Disse que não sabe nem como conseguiu ligar. Isso estava perceptível na voz dele.

  - Aí meu Deus!

Entramos no carro e Saby deu partida.
Não falei nada a viagem toda, o medo de ter acontecido algo com Noah me assusta.

Saby estacionou o carro e descemos correndo. Não demorou nada até que encontramos o Noah largado no chão em um canto de algum tipo de bar e boate, sei lá.

  - Any? Você veio! Eu sinto tanto a sua falta, meu amor. - ele resmungava enquanto eu e Saby o segurávamos e o levávamos pra fora do lugar barulhento.

  - Você está fedendo a álcool, Urrea. - reclamei.

  - Eu não estaria bebendo se você não tivesse me abandonado. - o sentamos no banco do passageiro do carro dele e passei o sinto.

  - Talvez eu não teria te abandonado se você não tivesse sido tão baixo.

  - Mas não é mentira que eu te amo, Any. Precisa parar com isso e voltar pra mim.

  - Não vou discutir contigo o nosso não relacionamento enquanto você está bêbado. - respondi de forma curta e grossa e fechei a porta. - Eu levo ele pra casa dele.

  - Tem certeza?

  - Sim, qualquer coisa eu falo com você. Te amo. - abracei minha amiga e entrei no carro do Noah. - Cadê a chave?

  - Um beijo e eu te conto.

  - Noah para de ser idiota. Onde está a chave?

  - Um beijo... - ele se aproximou, de forma que podia sentir a respiração dele. - E eu te conto.

  - Palhaço. - me afastei e peguei a chave no bolso da calça dele.

Dei partida rumo a casa do moreno.

  - Cê tá tão linda. - revirei os olhos e permaneci calada. - Como você está, uh? Eu tenho me sentido um lixo. Não consigo te ligar nem mandar mensagem. Deve ter me bloqueado, não é? Queria ir na sua casa mas Dony disse que você precisa de um tempo. Estou tão perdido sem você, Any.

  - Chegamos! - fingi animação e mudei de assunto. Desci e abri a porta no lado do Noah. - Me ajuda a te levar lá pra dentro, ok?

  - Tudo por você, meu amor. - revirei os olhos outra vez e coloquei os braços dele ao redor do meu pescoço.

Entramos e com muito custo consegui subir ele até o quarto. Ele se jogou na cama de tão mole e comecei a tirar a roupa dele, o deixando de cueca.

  - Você fica quieto aí que vou atrás de café.

Não esperei por resposta e fui pra cozinha. Assim que peguei o café voltei ao quarto e podia jurar que ele já havia dormido.

  - Urrea, acorda.

  - Estou acordado. - ele resmungou.

  - Então senta logo.

  - Pode parar de falar assim comigo? - ele resmungou e se sentou, me encarando emburrado enquanto tomava o café.
 
  - Está entregue, agora eu vou embora.

  - Não vou deixar você ir embora sozinha. Amanhã eu te levo assim que tiver condições.

  - Não, Noah...

  - Sim, Any.

  - Por favor não.

Uma angústia me bateu. Ficar perto dele a noite toda só me faria lembrar de que beijei Louis. Como diria Saby, traí ele. Mesmo sem motivos, eu me sentia mal por ter beijado outra pessoa.

Merda.

  - O que foi, Any?

  - Só não me pede pra ficar.

  - Não posso deixar que vá.

Suspirei, sentindo meus olhos se encherem d'agua e encarei ele.

  - Amor... O que aconteceu? - ele se aproximou de mim e tocou meu rosto. Meu coração se apertou e eu sabia que ia acabar dizendo pra ele o que eu fiz. - Any, por que está desse jeito? Me conta, por favor.

  - Eu beijei o Louis.

Meu psicólogo - Adaptação NoanyOnde histórias criam vida. Descubra agora