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  - Por que não posso vir te buscar hoje?

  - Porque você não é meu motorista particular?

  - Eu poderia ser.

  - Eu te encontro no seu consultório, Urrea.

  - Com o tempo você só fica insuportável.

  - Irei me lembrar disso, Noah.

  - Eu te amo.

  - Eu também. - ele sorriu me selando uma última vez e deu a volta pra entrar no carro.

  - Se você demorar eu venho te buscar! - ele avisou.

  - Me deixa estudar em paz! - gritei de volta rindo e entrei na faculdade.

É, faculdade. Depois de muitos dias sem saber o que eu iria fazer da minha vida, consegui chegar a conclusão de que queria atuar com psicologia hospitalar e da saúde.

Acho que essa história de frequentar á tantos psicólogos na minha adolescência resultou em algo e é uma coisa que eu realmente quero fazer.

A minha área é um tanto quanto diferente da de Noah, já que ele trabalha em um consultório e acompanha o procedimento de cada um. Eu irei trabalhar com crianças que estão internadas e as suas famílias pra saberem como lidar com o problema que o filho esteja passando. Vai ser, com certeza, a melhor fese da minha vida!

Quanto aquela história dos meus pais biológicos, eu peguei o que é meu por direito e comprei uma casa e um carro. É bom finalmente ter algo pra chamar de meu.

Katy, minha mãe adotiva simplesmente sumiu da minha vida e tenho mantido contado apenas com o meu pai nas últimas semanas. Devo dizer que estou muito melhor sem ela.

E tem o Noah a quem eu devo a minha vida por ter me ajudado tanto quanto eu mais precisei assim como a Sabina que, aliás, também começou a faculdade junto comigo - mas não na mesma área, é claro.

  - Atrasada, Gabrielly.

  - Desculpa, Louis.

  - São só duas aulas extras por semana, nem tem desculpa. - ele brincou.

  - Foi sem querer, ok?

  - É o primeiro dia, vou deixar passar. - riu. - Bom dia, tudo bem? - sorriu.

  - Bom dia. Estou bem e o senhor? - ele revirou os olhos rindo.

  - Estou bem. Agora abra o livro na página cento e dez, engraçadinha. Temos muito o que fazer hoje.

(...)

  - Amiga do céu! O meu professor é um Deus magnífico demais!

  - Olha o respeito com o Harry, menina! - briguei rindo.

  - Mas eu não traí ele, só disse que meu professor é gostoso. Olhar não arranca pedaços.

  - Você não muda, Sabina. - ri.

  - Ah, para. E o seu? Ele é lindo, esquisito, estranho ou nessa faculdade só tem Deuses?

  - Eu ainda não o conheci. Aconteceu alguma coisa e ele não veio hoje. Por isso estou indo embora agora no almoço.

  - Mais sortuda que Any Gabrielly indo embora mais cedo no primeiro dia de aula só tendo um Harry Styles por namorado mesmo.

  - Idiota. - revirei os olhos. - Diga ao Harry que eu mandei um oi. E vocês tratem de aparecer. Sumiram nos últimos dias.

    - Aproveitamos os últimos dias antes da faculdade pra poder viajar e aproveitar bastante, se é que me entende.

  - Tchau, Sabina. - desviei o assunto e ri. Me despedi dela e saí da faculdade.

Entrei no meu carro novo e dirigi rumo o escritório do Noah. Cumprimentei a assistente dele e bati na porta.

  - Pode entrar. - abri a porta e sorri ao vê-lo tão concentrado nos papéis em que escrevia.

  - É aqui que tem um médico muito lindo e gostoso? - perguntei ainda da porta e ele sorriu ao me ver.

  - Que surpresa boa. - se levou e eu fui em sua direção, juntando nossos lábios em um beijo curto. - Veio mais cedo.

  - Meu professor não estava na escola então decidi vir ver você.

  - Fiquei triste por não se consultar mais comigo. - fez bico e eu ri.

  - Não preciso mais de um psicólogo e, de qualquer forma, já tenho um. Ele é bem competente.

  - Esse deve ser fuleira.

  - Não fale assim do meu namorado!

  - Larga ele e vem comigo.

  - Palhaço. - ri e beijei ele. - Ainda vai demorar? - me sentei no colo dele assim que o mesmo se sentou na cadeira outra vez.

  - Mais dois pacientes e eu já podemos ir.

  - Então acho que vou comer alguma coisa e depois volto.

  - Tudo bem. - me levantei já pegando a bolsa.

  - Vai querer alguma coisa?

  - Acabei de almoçar, amor.

  - Tudo bem. Não demoro. - o selei e caminhei até a porta.

  - Ah, amor.

  - Sim? - me virei pra ele.

  - Nesse final de semana nós iremos na casa dos meus pais.

Meu psicólogo - Adaptação NoanyOnde histórias criam vida. Descubra agora