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  - Eu meio que esqueci daquela festa né, dona Sabina.

  - Não sei do que está falando, Any.

  - O que está rolando entre você e o Harry?

  - Até o momento, absolutamente nada.

  - Nada? Então por que ele está vindo na sua direção?

  - O quê?

  - Oi, meninas. Gaby, posso roubar sua amiga uns minutos?

  - Ela é toda sua, Harold. - sorri, provocando a minha amiga, e fiz meu caminho até a minha sala, apesar de ainda estar cedo.

  - Por que tão cedo na sala, Any Gabrielly?

  - Posso perguntar o mesmo, senhor Tomlinson?

  - Normalmente eu costumo me preparar uns minutos antes, sabe? Deixar tudo pronto pra quando os alunos chegarem.

  - Você leva esse cargo á sério mesmo.

  - Eu tento. Agora é a sua vez de responder.

  - Minha amiga me deixou sozinha por uns minutos e, já que não tenho nada pra fazer, aqui estou.

  - Tudo bem então. - ele sorriu e começou a arrumar uns papéis. Me sentei no meu lugar e peguei meu celular.

Já tem dois dias desde que eu e Noah "brigamos" e o mais engraçado é que aquilo nem foi uma briga mas mesmo assim nenhum dos dois quer dar o primeiro passo.

Orgulho de merda.

Sinto tanta falta daquele moreno. Nem ao menos sei como irei na minha consulta hoje. Iremos fingir que não estamos nem aí um com o outro ou que não nos conhecemos?

Entrei na conversa de Noah e decidi lhe escrever algo, vendo aparecer um "digitando" no nome dele. E, como se nos conhecêssemos bem demais, ambos paramos.

Somos tão idiotas.

O sinal bateu e os alunos começaram a entrar na sala, menos Sabina. Ah mas ela vai me contar o que está acontecendo.

(...)

  - Vamos, Sabina, desembucha. O que estão me escondendo?

  - Harry me pediu pra dar uma chance pra ele.

  - E você?

  - Disse que eu vou tentar. Ele acha que eu sou idiota por ter odiado ele desde a sexta série por uma piada que ele fez comigo.

  - Jura que foi por isso? - eu ri e ela fez careta.

  - Eu era uma criança, ok?

  - Como a senhora quiser então. - ri outra vez. - Bom, agora eu preciso ir. Hoje não posso me atrasar. - meu ânimo foi embora.

  - Tem consulta, não é? Não faz ideia do que vai acontecer?

  - Só espero que não seja algo ruim. Tchau, Sabi, falo com você mais tarde. - abracei ela e fiz meu caminho até a minha casa.

Depois de deixar tudo organizado e me arrumar, eu já estava batendo na porta do consultório dele.

  - Pode entrar. - a voz dele soou mais rígida. Respirei fundo e, sem nem ao menos olhar pra ele, me sentei. - Boa tarde, Any Gabrielly .

Odiei ouvir ele dizer meu nome desta forma. É Any, Noah. Pra você sempre foi Any.

  - Oi, Noah.

  - Tem alguma coisa pra me contar hoje?

  - Sinto sua falta.

  - Não, Any, não é assim.

  - Então é como? Você simplesmente foi embora e pronto, lembra?

  - E foi você quem me mandou sair, lembra? Eu queria ficar, mais que tudo eu queria ter ficado. Mas você me expulsou.

  - Você achou que eu tinha te traído. Você está cheio de segredos comigo e isso é horrível. - ele ficou calado. - Está vendo? Nem se defende. Dois dias, Noah. Tem dois dias que nenhum de nós teve a cara de pau de ligar. É sério que já estamos assim?

  - Tudo seria um bom começo. - brinquei e ele riu.

  - Antes de ter meu próprio consultório, eu trabalhava em um hospital e, por algum motivo, pra que eu fosse contratado ele tinha que sair.  Basicamente, minha mãe, como sempre, decidiu tomar decisões por mim e Louis foi mandado embora e eu tinha um novo emprego. Um tempo depois ele voltou e estava puto de raiva comigo. Ele passou a me odiar tanto que uma vez brigamos e os dois fomos pra rua. Desde então ele me odeia ainda mais. Louis leva o trabalho muito a sério, vai ver por isso todo esse rancor até hoje.

  - Estava me escondendo isso?

  - É. - ele riu. - Desculpa, mas é que ele realmente é doido. Ele foi diagnosticado com transtorno psicótico breve e fiquei com medo dele fazer alguma coisa com você.

  - Transtorno psicótico breve?

  - É como uma alucinação ou delírio mas que em pouco tempo vai embora. Por isso, ele às vezes faz umas coisas como se fosse doido. - concordei e passei a encarar o chão.

Louis já teve isso? Ele parece normal pra mim. De qualquer forma, isso não me importa.

  - Estamos bem? - o moreno perguntou.

  - Eu não sei. Estamos? - olhei pra ele.

  - É o que eu mais quero. Eu também senti a sua falta.

  - Senti só um pouquinho, quase nada.

  - Vindo de você, isso é muito. - bati nele. - Agora vem cá. - ele me puxou pro colo dele. - Na próxima, é só me falar, tudo bem? Não fiquei daquele jeito só por ser o Louis. Eu estava com...

  - Com?

  - Estava com ciúmes, ok? - ri.

  - Tudo bem, ciumento, eu te falo na próxima.

  - Ótimo. - ele riu e me beijou.

Passei meus braços na cabeça de Noah e as mãos dele foram pra minha bunda. Como sempre, ele me puxava contra o seu corpo com força, de forma que eu o sentisse. Merda.

  - Noah, Noah, Noah. - me afastei um pouco dele já apavorada.

  - Desculpa, desculpa. Eu me esqueci. - ele me encarou. - Sabe que um dia vai ter que falar disso comigo, não sabe?

  - É, infelizmente eu sei.

****
Oi, tudo bem com vcs?

Bom eu sei que estou meia sumida, mas essa semana eu comecei a fazer curso, tbm estou fazendo prova essa semana, então a minha semana está bem corrida até eu conseguir arrumar a minha rotina eu espero que vcs  um pouco de paciência comigo e eu irei fazer dias para postagem dos capítulos, o que vcs acham? E quais dias vc preferem que eu posto o capítulo?

Meu psicólogo - Adaptação NoanyOnde histórias criam vida. Descubra agora