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- Amiga, por favor, para de chorar e conversa comigo. - Sabina ainda me abraçava enquanto às lágrimas desciam violentamente. - Me explica o que aconteceu e só então eu posso te ajudar.

- Ela... disse que eu... eu sou adotada.

- A sua mãe?

- Ela não é a minha mãe!

- Amiga, olha pra mim. - Sabina me afastou um pouco. - Eu te conheço, você não quer falar disso agora, certo? - concordei. - Então vai tomar um banho, demore o tempo que precisar e quando sair nós conversamos, tudo bem? - abracei ela de novo.

- Obrigada, saby. Eu te amo, você sabe né?

- Eu sei. Sempre soube que você não é nada sem mim. - ri. - Vai ficar tudo bem, você vai ver.

- Obrigada.

- Que nada. Essa casa também é sua. Fique o tempo que quiser.

- Não sei o que seria de mim sem você, sabina.

- Tá bom, mãe. - ri fraco e entrei no banheiro.

Deixei com que a água caísse enquanto tentava não pensar em nada mas acabei pensando em tudo.

Por dezoito anos eu fui enganada. Tive uma família que não era minha. Será que o Liam sabia? Será que por isso começou a fazer o que fez? Por que a mulher que eu sempre chamei de mãe passou a me odiar? Eu não entendo. É tão confuso. E o meu pai? Ele sempre me tratou bem, por causa dele, e às vezes Liam, eu sempre me senti parte da família.

Aí que merda.

Saí do banheiro após perceber que já tinha muitos minutos que estava debaixo d'água e vesti a roupa que saby deixou em cima da cama.

Fiquei em frente a penteadeira pra arrumar meu cabelo e ouvi a porta abrir.

- O que veio fazer aqui? - encarei o moreno.

- Não podia deixar a minha Any sozinha. - ele deu um meio sorriso e eu corri pros braços dele, deixando às lágrimas caírem outra vez.

- Ah, Noah.

- Não sabia se você me queria aqui ou não mas a Sabina não sabia o que fazer e achou que talvez...

- Está tudo bem. - o encarei. - Obrigada.

- Eu amo você. - sorri fraco.

- Eu também.

- Agora me explica. - ele pediu ao deitarmos na cama.

- Minha mãe... Aquela mulher disse que não sou filha dela. Você faz ideia do choque?

- Na verdade, não. - ele riu. - Mas olha, antes não ser filha de ninguém que ser filha daquela lá né? - ele brincou e eu quase briguei por isso mas, a intenção dele foi boa então, ri também.

- Você é muito idiota, Urrea.

- E você baba nesse Urrea idiota aqui que eu sei.

- Nem se acha.

- Não me perdi pra ter que me achar. - bati nele. - Aí. Nossa, revoltada, foi uma piada.

- Idiota! - gargalhei vendo as caretas dele.

- O que pretende fazer agora?

- Não sei.

- Não tem vontade em saber dos seus pais?

- Mais ou menos. E se eles não quiserem saber de mim?

- E se quiserem?

- E seu eu não gostar deles?

- E se sim?

- Aí, você me complica ainda mais, Noah. - ri, fazendo drama.

- Você só precisa saber se você quer saber do seu passado.

- Eu quero.

- Ótimo. Então eu vou com você.

- Não pedi sua ajuda. - provoquei.

- E eu não pedi sua opinião. Eu vou com você e não estou nem aí.

- Pra qualquer lugar?

- Com certeza.

- A qualquer hora?

- Aham. Vou com você pra qualquer lugar, a qualquer hora porque eu te amo.

Meu psicólogo - Adaptação NoanyOnde histórias criam vida. Descubra agora