O destino é imprevisível Cap 9

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Lorenzo

O remorso me corroía, enquanto a mulher da minha vida ia embora, passei dois anos em busca do amor que me conquistou sem pedir nada em troca, o noivo que me matou de ciúmes todos esses anos era eu!

Meu Deus, as iniciais da pulseira, esse tempo todo era eu! LL, Lorenzo Lancelot. Ela sempre foi fiel a mim, e eu por pura ignorância perdi dois anos da minha vida com a mulher que tomou meu coração.

Dizem que homem não chora, estou pouco me fudendo. Fernando, o desgraçado está com minha mulher!

Me vesti em tempo recorde, saí correndo atrás dela, não a perderia outra vez, não a perderia para ele. Assim que cheguei no estacionamento vi Fernando e minha ninfa partir, peguei meu carro, e saí feito louco atrás deles, não a perderia depois de tudo que passei.

Estava fora de mim, peguei a pulseira dela e segurei firme, e quando atravessei o sinal, tudo girou, parecia um pesadelo em câmera lenta, a vida toda passa em nossa frente em segundos, eu morreria sem ter seu perdão.

Fernando

Bianca me ligou em lágrimas, pedindo para eu buscá-la, ali percebi que Lorenzo tinha feito merda, estava perto da boate e cheguei super-rápido, ela estava aos prantos, eu a abracei com toda força do mundo.

— Ele me odeia, ele sempre amou outra, queria uma substituta para seu amor impossível, eu sou uma burra Fernando, ele jamais me enxergaria.

A apertei forte, abri a porta do passageiro, ela se sentou soluçando de tanto chorar.

— Vai ficar tudo bem meu amor, estarei sempre ao seu lado, independente da sua decisão!

Saímos do estacionamento, e vi quando o carro do Lorenzo veio atrás, não quis preocupar a Bianca, porém ela acabou percebendo o que estava acontecendo.

— Meu Deus é o Lorenzo? O que ele está fazendo? Fernando, não suportarei ser mais humilhada, me tira daqui, acelera.

— Está tudo bem meu amor, ele não chegará perto de você.

Acelerei no sinal prestes a fechar, daria tempo de saírmos do alcance dele, porém o inesperado aconteceu, vimos o carro dele furar o sinal e ser atingido em cheio por outro carro.

— Nãoooooooooo, para o carro Fernando!

Bianca gritava desesperada, e eu parei o carro em plena avenida, meu irmão era um babaca, mas era meu irmão. Descemos do carro e fomos os dois correndo em direção ao carro capotado.

— Lorenzo, Lorenzo, alguém chama uma ambulância! Bianca gritava desesperada.

Corremos até o carro, tinha sangue cobrindo seu rosto, meu irmão tossia, Bianca se aproximou dele aos prantos.

Bianca

— Eu sempre te amei ninfa, desde a primeira vez que te vi na cafeteria em Troy, desde então te procurei!

Lorenzo segurava uma pulseira, e meu coração parou nesse instante. Era minha pulseira, a que perdi dias antes de voltar para Itália, assim que saí do internato, estava com ele todo esse tempo!

— Eu te amo, Bianca, te amo desde aquele dia, me perdoe!

— Não, não, não, acorda Lorenzo, por favor não dorme!

Ele desmaiou, e Fernando se ajoelhou chorando, eles brigavam, mais no fundo sei que o laço de irmãos era mais forte.

Quando demos fé estávamos rodeados por socorristas e bombeiros, eles nos afastaram para retirá-lo do carro, havia muito sangue no seu rosto e isso não era um bom sinal, o desespero batia. Ouvir que ele me amava, que eu era mulher da sua vida, era tudo que mais queria ouvir, o destino é cruel, dá o que queremos só para nos tomar em seguida.

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