Episódio 18

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Camila Cabello' Point of  View.

Dra. Greene é alta, loira e imaculada, vestida em um terno azul real. Ela me lembra daquelas mulheres que trabalham no escritório de Lauren. Parece uma caricatura, mais uma loura perfeita. Seu cabelo longo está preso num coque elegante. Deve ter uns quarenta e poucos anos.

- Sr. Jauregui. Ela aperta a mão que Lauren lhe estende.

- Obrigado por atender a este chamado tão em cima da hora. Diz Lauren.

- Obrigada por fazer com que ele valha a pena para mim, Sr. Jauregui. Srta. Cabello. Ela sorri, o olhar frio e avaliador.

Apertamos as mãos, e noto que ela é uma dessas mulheres que não tem paciência para gente boba. Como Dinah. Gosto dela de cara. Ela lança um olhar para Lauren, e após um instante esquisito, Lauren se dá conta.

-Vou estar lá embaixo. Resmunga, e se retira do que será meu quarto.

- Bem, Senhorita Cabello. A Sra. Jauregui está me pagando uma pequena fortuna para lhe atender. O que eu posso fazer para você?

[...]

Após um exame minucioso e uma conversa demorada, a Dra. Greene e eu optamos pela pílula. Ela redige uma receita e me dá instruções de como devo proceder.

Adoro sua atitude séria, ela me fez um sermão sobre a necessidade de tomar a pílula todos os dias à mesma hora. E posso dizer que está morta de curiosidade sobre minha relação com a Sra. Jauregui. É nítida sua curiosidade, do por quê eu devo tomar anticoncepcional para me relacionar com Lauren. Não lhe dou detalhe algum.

De alguma forma, acho que ela não ficaria tão calma e serena se tivesse visto o Quarto Vermelho da Dor, nem o que Lauren tem entre as pernas, que apartir de agora só diz respeito a mim. Enrubesço com meus pensamentos intrusivo.

Resolvemos descer as escadas ao passarmos por sua porta fechada e passar para a galeria de arte que é a sala de Lauren, ela estava lendo, acomodada em seu sofá. Uma melodia empolgante estava tocando no aparelho de som, rodando em volta dela, segregando-a, enchendo o quarto com uma musica doce, de encher a alma. Por um momento, ela parece serena. Ela se vira e olha para nós quando entramos e sorri com carinho para mim.

- Já acabou? Ela pergunta como se estivesse genuinamente interessada.

Ela aponta o controle remoto para uma elegante caixa branca embaixo da lareira que aloja seu iPod, e a melodia requintada diminui, mas continua no fundo. Ela se levanta e vem até nós.

- Sim, Sra. Jauregui. Cuide dela, Camila é uma mulher linda e inteligente.

Lauren fica desconcertada, como eu. Que coisa imprópria para uma médica dizer. Será que ela está lhe dando algum tipo de aviso não muito
sutil? Lauren recupera.

- Esta é minha intenção. Ela murmura perplexa. Olhando para ela, eu encolho os ombros, envergonhada.

- Vou lhe mandar a conta. Diz ela secamente ao cumprimentá-la.

- Bom dia e boa sorte para você, Camila. Ela sorri, estreitando os olhos enquanto nos cumprimentamos.

Taylor aparece do nada para acompanhá-la através das portas duplas e para o elevador. Como ele faz isso? Onde ele se esconde?

- Como foi? Lauren pergunta.

- Bem, obrigada. Ela disse que eu tenho que me privar de toda atividade sexual pelas próximas quatro semanas. Lauren fica de boca aberta, em choque, eu não posso me manter séria e sorrio para ela feito uma idiota.

- Peguei você! Ela estreita os olhos, e paro de rir na mesma hora.

Na verdade, ela parece bastante severa. Ah, merda. Meu subconsciente se encolhe no canto e o sangue me foge do rosto, imagino-a de novo me dando palmadas.

Todos Os Tons De CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora