15. O casamento

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Eu estava linda. O João tinha feito um belo trabalho na escolha do vestido. Olho para Bia e me emociono. Minha pequena está parecendo uma boneca.

Chego ao casamento e a primeira pessoa que eu encontro é Aline.

- Aí Mami, que saudades de você.

- Meu amor, você está tão linda. E essa princesa linda aqui?. Posso pegá-la?

- Claro - ela abre os braços pra Bia que vai toda feliz, mostrando seu sorrisinho que tem apenas um pequeno dentinho despontando.

- Tem alguém lá atrás que não tira os olhos desde o momento que você chegou.

Sorrio.

- Para Mami.

- É a verdade meu amor. Mas qual homem não olharia?, você está divina. Eu estou até com dó do meu vestido perto do seu.

- Você está linda. E agora eu estou achando que exagerei demais.

- Não. Você está parecendo uma verdadeira princesa, daqueles contos de fada bem clichês.

Acompanho ela na gargalhada.

- Só falta viver o conto de fadas na vida real também.

- Você vai meu amor. Pode ter certeza, ninguém mais do que você merece isso.

Estamos brincando com a Bia, rindo das suas artes, quando um homem lindo como o inferno chega até nós.

- Me desculpa a indiscrição, mas eu estava observando de longe e não deixei de notar que você chegou sozinha.

- Sim - respondo educada e indico que ele pode prosseguir.

- Será que uma mulher tão linda quanto você, aceitaria me acompanhar em um drink após a cerimônia?

- Claro - respondo, e ele, um galanteador nato, segura a minha mão e a beija.

- Te procuro então. A propósito, muito prazer, eu sou Henry.

- Amanda.

Ele sai e logo em seguida sinto uma mão nas minhas costas.

- Oi Mami - ele a cumprimenta.

- Oi Antônio. Como você está?

- Estou bem - se vira pra mim - Oi.

- Oi.

- Você está muito linda, a mais linda da festa inteira. E essa princesa aqui ein?, na verdade retiro o que eu disse, a Bia com certeza é a mais linda da festa. Mas graças a Deus com ela ainda não preciso me preocupar...

- Se preocupar com o que?

- Todos os homens estão com os olhos sobre você.

- Bom, não sei porque você se preocuparia. Mas gosto que me olhem. Eu estou mesmo uma gata, gosto de me sentir desejada.

Ouço um pequeno rosnado sair do fundo da sua garganta. Mas não tenho tempo de prestar atenção, já que somos chamados para o início da cerimônia.

Não fico nenhum pouco surpresa quando a cerimonialista me posiciona ao lado dele. Não esperava outra coisa da minha amiga Lari casamenteira. Acho graça.

Quando a orquestra começa a tocar a música para entrada dos padrinhos, eu quase caio pra trás ao ouvir os acordes de I Follow preencherem o espaço.

- Puta que pariu - sussurro embasbacada, e quero muito matar a Larissa.

Olho de soslaio para o Antônio e vejo que ele está com um sorriso no rosto.

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