CAPÍTULO 25

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    Pierre

Depois do jantar fomos para a sala de jogos, onde eu e meu irmão perdemos em todos. Ninguém supera Conrado quando se trata de competições.
   
– Na próxima não deixarei passar – resmungou Mathew, o que me fez soltar uma gargalhada.
   
– Duvido muito, meu amigo – retrucou o rei, andando até a adega para pegar seu melhor vinho. – Estão servidos?
    
Eu já estava com a cabeça girando pelas taças anteriores, já passava das duas horas e eu estava ansioso pela conversa. Ao abrir minha boca para responder, sou interrompido:
    
– Dessa vez não vou aceitar – disse Maya – estou bem cansada, para ser sincera. Espero que não fique feio sair assim.
    
– De jeito nenhum – começou Diana – fique a vontade pelo castelo, Rainha Maya.
   
Diana tinha carinho em sua voz aveludada. Maya sorriu para ela e os demais antes de sair.
    
– Boa noite a todos, então – falou, dando as costas. Logo Hadria e Mathew se foram, eu não tinha mais muito o que fazer ali, então me juntei a eles. Deixando Eleanor, Diana e Conrado para trás.
    
– Não esqueça de colocar proteção no quarto maninho, não queremos ouvir o grito de vocês – falei brincando, o que resultou em uma olhada séria de Hadria e uma gargalhada de Mathew.
    
– Obrigado por me lembrar – escutei quando ele deu um gritinho com o beliscão que levou de sua parceira.
    
Mathew e Hadria são parceiros. Interessante.
   
Ao entrar no quarto, encontro Maya indo em direção ao banheiro com peças de roupas nos braços. Aproveitei para trocar minhas roupas  também.

Coloquei meu conjunto de pijama azul-escuro com estrelas amarelas e meus chinelos forrados com lã. Estava lindo e pronto para dormir.
    
– Você parece uma criança – tomei um susto quando ouvi a voz de Maya. Me virei depressa e a vi escorada no batente da porta, seu pijama era de seda cor salmão, as calças até os tornozelos e a blusa deixando um pouco de sua barriga à mostra. Me lembrei nitidamente da noite que a encontrei na cozinha com aquela camisola.
    
Ela sorriu de canto e veio em minha direção, o olhar sério e fixo nos meus.
    
– Preciso saber de só mais uma coisa – disse ela, parando na minha frente. Esperei para que continuasse falando, não a interrompi.
    
– O que fez com a carta que Darren me mandou?
 
Como ela sabia sobre a carta? Não fiz essa pergunta a ela, me diria se quisesse. No entanto, fiquei paralisado. Eu soube minutos depois de fazer aquilo que estava com medo de Maya descobrir a carta e ir embora atrás de Darren. Mas já havia sido feito, eu coloquei fogo na carta e escondi dela. Tudo o que me restava era contar a verdade, nunca mentiria para ela.
   
– Queimei – falei por fim –, mas não pense que não me arrependo. Eu queria ter lhe entregado para que fizesse o que achava melhor mas…
  
– Mas estava com medo que eu lhe deixasse para ir atrás dele, já ouvi isso antes.
   
Assenti, era verdade, eu não queria ser tão imaturo assim.
   
– Desculpe – falei, ela me encarava com afinco.
   
– Não quero suas desculpas, não mudarão nada.
   
Fiquei quieto, não sabia o que dizer a ela a não ser pedir desculpas por ter sido uma aberração. Mas então ela me abraçou, um abraço apertado e quente.
    
– Eu amo você – sussurrou ela em meu ouvido – amo você, Pierre.
    
Abracei sua cintura com mais força, a puxando mais para mim. Ouvir isso fez meu corpo relaxar e explodir em estrelas por dentro.
    
– E acho que queria ser sua muito antes de saber que seria – continuou –, eu ainda estou quebrada, juntando os pedaços aos poucos. Mas saiba que cada maldita parte da minha alma pertence unicamente a você.
    
A beijei com ferocidade, desejando aquilo mais do que tudo. Segui o conselho que dei a Mathew para colocar proteção no quarto e fiz isso no nosso. Para ninguém nos atrapalhar.
    
– Eu amo você, Maya.
    
Outro beijo, senti correntes elétricas passarem em meu corpo e o calor aumentar. Ela parou o beijo e se afastou para pegar algo no bidê.
    
– Pegue – disse ela me estendendo a mão.
  
Franzi o cenho e estendi a mão, Maya colocou um pequeno pedaço de bolo.
    
– Está desse tamanho porque comi grande parte, estava maravilhoso – falou, esfregando a mão na barriga e sorrindo.
    
– Você sabe que…
    
– Sim, sim, sei que oferecer comida ao parceiro é aceitar o laço, por isso guardei esse pedaço. Para dar a você.
    
Joguei a cabeça para trás e gargalhei. Depois beijei sua testa e comi o minúsculo pedaço do bolo.
    
– Realmente, esse bolo é bom – concordei, fazendo ela sorrir.
    
A puxei para meus abraços novamente, mas Maya se desvencilhou e foi em direção a porta. A olhei confuso e logo entendi: ela foi trancá-la.
   
– A última vez que se trancou em um cômodo comigo começou a gemer em meus ouvidos – falei rindo e me apoiando na parede ao lado da porta.
   
– A intenção é que isso se repita – disse ela, puxando a gola de meu pijama e colando nossas bocas.
   
– Cuidado com meu pijama de estrelas – falei sorrindo e arrumando a gola.
   
– Vá se foder.
   
Sorri e me abaixei para beijar sua mandíbula e mordiscar seu pescoço. A pele de sua nuca se arrepiou. Peguei sua mão e coloquei em minha extensão por cima da calça.
   
– Veja como você me deixa – sussurrei em seu ouvido. Ela acariciou toda a região com uma mão e com a outra subiu pelo meu abdômen, arranhando levemente com as unhas.
  
– O tempo todo eu penso nisso, no quanto quero me enterrar em você. No quanto quero sentir você.
  
– Então o que está esperando? – disse ela, seus lábios sorrindo contra os meus.
   
Sorri em resposta e tirei sua blusa, deixando os seios fartos e pesados à mostra. Mordisquei e lambi eles. Deliciosa.
  
Beijei sua barriga e desci um pouco mais. Apertei seus quadris e a trouxe para mais perto de mim. Beijei sua cavidade por cima da calça e ela se contraiu levemente em resposta, pedindo por mais.
   
Tirei sua calça junto da calcinha, a deixando totalmente nu. Passei meus dedos nela e senti todo o líquido que escorria, Maya estava prontinha para mim. E eu para ela, estou tão duro que chega doer.

Coroa de Sangue: Uma Vingança | Livro 1 Onde histórias criam vida. Descubra agora