My Sexy Listener | Joalina | Sabina G!P

Bride?

P.O.V Joalin

Miami, 2010

Suspiro pela 4°a vez em um intervalo de 5 minutos, vendo Noah preparar drinks e sorrir charmoso para as mulheres sentadas na sua frente. Meu amigo tem um charme natural e poderia conseguir muitas coisas somente com um sorriso, uma coisa que sempre me deixava de boca aberta. Como agora. Ele fez aquelas 3 mulheres tomarem mais de 6 drinks cada, somente sorrindo e jogando o cabelo para o lado.

— Não esperava te ver aqui. — ouço a voz e me viro para ver Alex parado atrás de mim, seus olhos brilhando, com um cigarro em mãos. — É sua folga e você vem para cá? Achei que soubesse aproveitar mais.

Alex sempre me transmitia medo. Ia fazer 1 ano que eu trabalhava com ele e mesmo assim ainda sentia medo dele, temor do que ele podia fazer se o desrespeitasse como algumas garotas, e todas elas tinham se dado mal. Engulo em seco e sorrio fraco.

— Oi. Eu queria beber algo e ficar com o Noah. — Indico com a cabeça meu amigo.

— Até que enfim ele cortou aquele cabelo. — Alex encara Noah e fico calada.

O silêncio prevalece. Nunca sei o que dizer para ele. Preferia nossa relação de trabalho, onde dizíamos poucas palavras, mas aqui, com ele em pé na minha frente era diferente. — O que planeja para o resto da noite?

Seus olhos cor de mel estão olhando bastante fixamente para o meu rosto como um psicopata e franzo meu nariz com aquilo. — Nada. Beber mais uma e ir para casa. Descansar.

— Por que não vai lá para casa? — Abro a boca em surpresa com a fala dele.

— Como assim?

— Quero você na minha casa, Joalin. Simples assim. — Alex coloca uma de suas mãos sobre meu cabelo e fico nervosa com o toque. E nervosa com o tom imperativo que ele usa ao falar.

—Por qual motivo?

— Eu preciso me explicar para você agora, putinha? Sou seu chefe. Pegue suas coisas e vamos. — Seu tom duro e agressivo faz o pisca alerta acender em minha cabeça. Merda. Ou ele quer que eu faça algum programa ou quer transar comigo. E eu não podia recusar ou ele me bateria. Ou pior. Os rostos dos meus irmãos vem em minha mente e meu coração aperta. Eles precisam de mim.

—Okay. —Relutante, pego minha bolsa e me levanto, buscando ansiosa o olhar de Noah. Ele poderia impedir Alex de me levar. Mas ele não me olha. Fica lá fazendo charme e mal me vê.

Quando saímos para fora do bar sou pega por um vento frio e tento me aquecer, evitando olhar para Alex. Tudo que vinha dele me causava medo. Sinto um incômodo interno e tento focar meu pensamento em coisas boas, como a ação que Tia Caroline ganhou na justiça contra minha mãe, pela guarda de Jan e Jianna. Eles agora moram em Tampa e são muito bem tratados, diferente do horror que era na nossa antiga casa. Minha mãe deu um surto e Simon pouco fez caso. Sei que ele amava a ideia de não ter os enteados em casa.

A casa de Alex era na verdade um conjunto de apartamentos que havia ali perto. Ele anda com pose de sério e não cumprimenta ninguém, somente abre a porta do seu apartamento e me manda entrar. Sua casa fede a cigarro e maconha. Vejo que há roupas espalhadas e caixas de pizza, além de camisinha novas e usadas. Engulo a bile que começa a subir por minha garganta. Tudo piora quando ele se vira para mim e sorri diabólico.

— Sabe por que te trouxe aqui, querida?

— Não. — Murmuro.

Ele só ri. — Vai fazer o que sabe de melhor.

— O que?

— Vai fazer um programa comigo, Joalin. Agora. — É então que quase vomito. Olho para ele em busca de alguma risada, algum traço que indica que ele está brincando, mas só vejo seus olhos escuros. Merda.