My Sexy Listener | Joalina | Sabina G!P

I miss you

Sabina P.O.V

Se eu pudesse descrever meus últimos 2 dias eu usaria simples palavras: camisas molhadas e muito álcool. Não vindo de mim, claro, mas de Savannah. A loira passou esses dias em minha casa em um completo estado de desespero, me deixando extremamente preocupada e com vontade de fazer algo a respeito. Quer dizer, quando um de seus amigos está mal, devido a uma atitude imbecil de um outro alguém, tudo que você quer é distribuir alguns socos.

— Tem certeza que quer ir à escola hoje? Quer dizer, hoje é sexta-feira. Você pode ficar aqui ou na sua casa e ver algo. — Já faz uns 15 minutos que tento convencer Savannah a não sair de casa. Como dito, hoje é sexta-feira e não teria algo tão importante no colégio, ela podia descansar mais. Só que minha amiga estava firme nessa decisão de ir e quando Savannah Clarke coloca algo na cabeça, você pode ter certeza que ela vai fazer o que quer.

—  Eu estou bem, Bina. Mesmo. Já deixei de ir 2 dias, não posso faltar mais. E além disso, minha mãe ligou. Disse que vamos viajar nesse final de semana para Salem e eu quero de verdade ir, mas ela disse que eu só posso ir se voltar para a escola. — Olho bem para o rosto dela a medida que ela fala, tentando ver algum traço de fraqueza ou algo assim. Mas ela parecia realmente bem. Seus olhos tinham um brilho, pequeno, mas tinha. E Savannah ama ir a Salem, onde alguns de seus primos e amigos de seus pais moram. Concordo levemente com a cabeça.

— Você que sabe. Mas se sentir mal ou não sei, precisar de um ombro magro para encostar a cabeça, — Savannah dá um risinho ao me ouvir ironizar minha própria pessoa — aqui estou. Eu ia achar o máximo se você invadisse minha aula de religião. Mesmo.

— Desculpe, mas não vai ter esse gostinho, Hidalgo. Vou te deixar ficar 45 minutos ouvindo a Sra. Darwin dizer sem querer que os gays são um caso perdido. — Resmungo. Eu odeio a aula de religião de Constance. Qual é, um colégio daquele que engloba tantas pessoas de culturas diferente manter os mesmos pensamentos altamente medievais? Acho que eu iria inventar uma emergência emocional para poder cabular a aula.

Dorota surge na cozinha quando estamos conversando, em sua mão está meu casaco da escola e uma escova de cabelos. Fico curiosa com o último item, mas é minha governanta colocar ele em minha frente que reparo. Ela está me mandando pentear os cabelos. — Não vai sair com o cabelo todo para cima desse jeito, menina Sabina.

Savannah ri alto ao escutar a fala da senhora e coro. Argh, Dorota é tão rígida com os bons modos. A senhora me dá um sorriso levinho de compreensão e coloca meu casaco nas costas da cadeira, saindo para o jardim. Minha amiga está com um sorrisinho nos lábios e até que não é ruim Dorota ter me xingado na frente dela. Pelo menos Savannah está rindo. — Então, garota Hidalgo dos cabelos bagunçados. — Fecho a cara com a piadinha o que a faz rir — Você não andou me contando o que faz. Ainda saindo com a Joalin?

Ao ouvir o nome da mulher dos olhos azuis, sinto minhas bochechas corarem. Eu estava sentindo muita falta de Joalin e tudo que mais queria era poder vê-la, mas parecia que ela andava ocupada. Não atendia o telefone e dizia que estava resolvendo alguns assuntos. Eu pessoalmente não quero criar paranoias, mas estou achando que ela fez o tipo do "dormi com você e não quero ligar de volta". Suspiro e Savannah repara. — Não estão saindo mais?

— Ah, eu não sei. Eu não a vejo faz uns dias e sei lá. Joalin é uma mulher e eu sou só uma pirralha que ainda toma achocolatado. Fico me sentindo deslocada as vezes, como se não fizesse parte do mundo dela. — E eu não fazia. Joalin tinha uma vida diferente, e eu não podia dizer a Savannah o lance dos programas e tudo aquilo. Somente Josh sabia, e ao me ouvir dizer sobre meus sentimentos por ela já agiu como idiota. Eu não queria que Savannah fizesse isso. Ou me julgasse. — E hm, Luna contou para meu pai sobre ela. E agora o Sr. Fernando me intimou para convidá-la para jantar.