Desde que eu tinha 8 anos, o Hospital Miami Grace era minha segunda casa. O ambiente era familiar e acolhedor, e todos os médicos pareciam amar minha presença. Por sempre estar ocupado trabalhando, papai se sentia culpado por me dar pouco tempo da sua companhia, então, quando podia, me levava ao hospital. Era tudo mágico para uma pirralha de 8 anos, todas aquelas pessoas correndo para lá e para cá, as seringas, os jalecos incrivelmente brancos. Eu amava.
O que não é diferente de agora. Quando o taxista me deixa na porta enorme e bem talhada do Miami Grace, um sorriso involuntário se abre em meus lábios. Entrego o dinheiro da corrida e caminho devagar, minhas mãos enfiadas em meus jeans, os cabelos balançando. Quando giro a grande porta do local, sinto o cheiro forte de formol e água sanitária, e vejo a típica brancura. Pessoas caminhando com seus jalecos brancos, enfermeiras cochichando nos cantos, a velha e boa rotina.
Avisto Shivani, uma das médicas residentes do meu pai, e que já havia jantado lá em casa várias e várias vezes. Ela tinha uma prancheta em mãos, lendo atentamente alguns papéis, e caminho até ela.
— Dra. Paliwal? — chamo, fazendo uma voz grossa, bem diferente da minha, que é um pouco fina.
— Sim? — Shiv devolve, ainda olhando os papéis, e dou uma risadinha.
— Pode olhar para mim, doutora? — Há um leve tom de riso em minha voz falsamente rouca, e vejo Shivani bufar e levantar seu rosto, então ela me vê.
— Hidalgo! — exclama, rindo e me dando um tapa no braço, mas me abraçando fortemente.
— Bom ver você, Shiv.
Ela sorri largo e ajeita seus cabelos. Shivani paliwal é uma peça rara. Ela está em seu 4º ano de residência, trabalhando com meu pai desde o início e cativando o mesmo. Com cabelos castanhos escuros abaixo de seus ombros, e da minha altura, Shiv era uma mulher bonita. Seus olhos são de um castanho vivo.
— O que faz por aqui, Sabinika? — ela ajeita seu jaleco, se escorando em uma coluna que havia ali.
— Vim ver o seu chefe. — olho de um lado para o outro, procurando papai. - Sabe onde ele está?
Shiv semicerra seus olhos, dando um olhar esperto para mim, sabendo que eu nunca apareço tarde assim no hospital. Não atoa.
— Está com o Ron. Eles estavam discutindo sobre um caso especial, de um transplante de rins. Seu pai deve operar.
Sorrio orgulhosa ao ouvi-la dizer de uma possível operação que meu pai pode fazer. Orgulho era algo que eu tinha muito pelo o meu pai e sua profissão. Por mais que ele fique muito tempo fora, em plantões sem fim.
— Legal. Acho que vou esperar por ele. A gente pode tomar um café. Ou você tá muito ocupada? — ergo as sobrancelhas em dúvida, querendo muito sentar para conversar com Sam. Depois de Josh, Savannah, e Angie, Shivani é minha melhor amiga.
— Claro que podemos. Eu só estava revisando uns pré-operatórios. Vamos.
Shivani pega em meu cotovelo e começamos a andar. Cumprimento algumas enfermeiras que vejo, minhas conhecidas desde a infância. Elas sorriem e pegam em minhas bochechas, dizendo o quão grande estou. Shiv só ri e me ironiza, mas não dou atenção. Quando chegamos à lanchonete do hospital, ela corre e se senta em um canto mais afastado, e sigo atrás dela. Pedimos sucos de morango com laranja, e a médica me olha com curiosidade.
— Então, o que a ocupada Sabina Hidalgo faz aqui?
Rio com a importância exagerada que Shivani coloca na pergunta, e jogo meus cabelos para o lado, sorrindo. Eu amo conversar com essa garota.
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My Sexy Listener | Joalina | Sabina G!P
Fanfic[CONCLUÍDA] Sabina tem problemas. Mais do que gostaria. Abandonada pela mãe quando criança, impopular na escola, virgem, e o pior de tudo: diferente das garotas. Sabina só quer alguém que a escute e a faça se sentir bem. Ela encontra Joalin, uma g...