We could be friends

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— Então, BANG, você simplesmente pulou na sua irmã e bateu nela?

Questiona Josh, enquanto estamos sentados em um dos milhares de bancos de madeira que há em Constance, comendo dois donuts super caprichados. Por um milagre divino, Josh e eu chegamos na hora certa, até adiantados um pouco, então tiramos aqueles minutos preciosos para poder conversar.

— Sim. Ela foi uma completa idiota. — Respondo, dando uma boa dentada em meu donuts, fazendo açúcar e polvilho sujarem minhas bochechas. — Meu pai ficou muito bravo, e Luna ligou para ele, dizendo tudo, e ainda me mandando ficar de castigo.

— Seu pai te colocou de castigo? — Josh passa os dedos por seu topete loiro, bagunçando um pouco os fios. Até mesmo quando estava distraído aquele cara era bonito.

— Não. Mas me disse para não bater mais na minha irmã. — Passo meus olhos aonde um monte de estudantes vinha entrando. Eu estava torcendo internamente para não ver Lamar em lugar algum, porque não queria mais problemas, e sentia que Josh poderia acabar com ele.

— Sua irmã merecia ter aquele cabelo raspado. Dizer uma merda daquelas pra você. Eu queria estar lá, aí iria mostrar para ela que ninguém faz ou diz o que quer pra você.

Sorrio com a forma agressiva/amorosa de Josh, apertando suas bochechas e vendo ele ficar vermelho com isso. Observo que Melanie, a garota da minha classe e que estava no meio da confusão de Lamar, está andando em minha direção e na de Josh, e rapidamente me levanto, puxando o braço do meu amigo. — Nós já podemos ir? Quero um lugar próximo do quadro hoje.

— Ok. — Meu amigo dá de ombros, ajeitando sua mochila, com a caixa aberta de donuts na mão. Dou as costas para onde Melanie vinha, e caminho com Josh, ouvindo-o tagarelar sobre algo aleatório. Andar com ele pelos corredores me dava um pouco de segurança, já que ninguém se atreveria a me dizer algo ruim com ele ao meu lado, como um pitbull loiro e com dentes bem brancos. Pelo menos essa segurança eu tinha. Por alguns minutos.

(...)

Eu fazia uns rabiscos aleatórios na parte de trás do meu caderno, meu polegar na boca, mordiscando a minha unha, torcendo para aquela aula acabar logo. Minha professora de artes explicava sistematicamente sobre texturas, e eu, queria fazer uma na cara dela, até que meu celular em cima da mesa vibra.

Número desconhecido: oi

Mordo o lábio ao ler isso. Ninguém de número desconhecido me manda mensagens, e a única pessoa para quem passei meu número foi Joalin. Meu deus, será que é ela?

Oi.

Número desconhecido: é a Joalin

Oi, Joalin! Que bom que me enviou mensagem, eu não teria coragem de fazer o mesmo.

Joalin: eu sei! A gente se conhece pouco Sabina, mas sei o bastante para deduzir o quão tímida você é. Ainda mais comigo.

Minhas bochechas coram com a observação da mulher de olhos azuis, ficando vermelhas. Eu realmente sou tímida, e não a chamaria de forma alguma. Eu entraria na minha concha de vergonha e timidez, hesitante demais para dar qualquer passo adiante. Ela me deixa nervosa, de uma forma que não sei descrever, e não confio em coisas que não consigo nomear.

Você acertou. Eu não iria. Desculpe.

Joalin: não faz mal. Isso é algo que te faz ser adorável, já te disseram isso?

Nop. Você é a primeira.

Joalin: Vejo que sou sua primeira em muitas coisas.

Meu deus! Sou um cosplay de molho de tomate agora de tão vermelha. Ela quis dizer naquela forma mesmo ou... não, eu estou delirando sobre as coisas, claro. Nada que eu não faça normalmente.

My Sexy Listener | Joalina | Sabina G!POnde histórias criam vida. Descubra agora