𝐓𝐄𝐌𝐀: Onde S/n reencontra um velho amigo, e secreto amor.
𝐏𝐄𝐃𝐈𝐃𝐎: ✘
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─ Como vai tia S/n? - Pergunta Henrique quando entramos nos vestiários.
─ Vou bem, e você querido? - Pergunto.
─ Ótimo!!
Lucca solta minha mão e corre para Cássio.
─ MEU GOLEIRÃO!! - Diz pulando para Cássio.
Cássio o pega no colo, e vejo a felicidade de Lucca, tão fofos!!
E então, o pai de Henrique e Lucca, Fagner, vem até nós.
─ Esse Luquinhas é impossível mesmo. - Diz Fagner. - Como vai S/n? Você cresceu em garota!!
─ Claro Fagner. - Dou um sorriso. - Vou bem, e você?
─ Perfeitamente bem. - Ele olha para Yuri que comemorava com os outros. - Cá entre nós, que vexame do Yuri em...
─ Nem me fale, tio Caio não gostou nada disso. - Falo.
─ Eu imagino, Caio não apoia muita coisa que o Yuri impõe, mas ele nunca o escuta. - Diz Fagner. - Mas quem sabe a nós ele não escute.
─ Quem sabe? - Pergunto.
Converso mais um pouco com Fagner, e comento como Henrique estava grandão.
Logo mais vou até Cássio, que estava do lado do Murillo.
─ Então quer dizer que a rainha má deixou a Rapunzel sair da torre? - Pergunta ele levantando para eu sentar do lado de Murillo.
─ Mas tio Cássio, rainha má é da branca de neve, não de Enrolados. - Diz Lucca ainda em seus braços.
─ Você entendeu o que eu quis dizer. - Diz Cássio, e ele concorda.
Papai não escutou, mas aposto que Cássio estava doido para que ele escutasse.
─ Parece que pra ela sair da torre, teve que ter ajuda. - Digo.
─ Já até imagino, algum de seus tios. - Comenta.
─ Bingo. - Digo.
Lucca pede para Cássio o levar junto de Fagner, e ele o leva.
Fico sozinha com Murillo.
E o que eu menos espero, acontece.
─ É bom te ver de novo. - Diz sorrindo, me olhando.
Então ele me reconheceu, talvez eu não estivesse tão diferente assim.
Mas aquele sorriso dele, eu esqueci completamente o quanto que eu me derretia com ele.
─ É bom te ver também. - Digo sorrindo.
─ Espero que eu não leve um tiro por tá falando com você. - Indica papai com a cabeça.
Esse comentário me arranca uma bela gargalhada.
─ Eu asseguro que não vai. - Digo.
Ele apenas sorri, e então me diz.
─ Sinto que preciso terminar uma coisa que não tive coragem de te dizer há um tempo. - Ele olha pra Yuri e diz. - Tá afim de fugir?
Eu não resisto a essa tentação, eu queria saber muito o que ele tinha pra dizer, e por que não me disse antes.
─ Por favor. - Digo.
─ Ótimo.
Eu saio primeiro, em seguida de Murillo, os jogadores que viram, pareciam ser meus cúmplices, nenhum fez alarme ou disse algo para papai, que por sinal, estava ocupado demais.
E juro, que se eu não estiver louca, enquanto papai conversava com Guedes e Carlos Miguel, o último me viu saindo junto de Murillo, e piscou para mim.
Esse Carlos Miguel...
─ Temos alguns minutos antes do seu pai sentir sua falta. - Diz Murillo olhando seu relógio imaginário.
─ Minha falta? Ele nem me viu, agora você... - Falo.
─ Impossível. - Diz Murillo. - Sabe, eu assisti o podcast...
─ Ah, e o que achou? - Digo.
─ Acho que já sabe o que acho. - Diz ele me olhando sorrindo.
─Acho que sim. - Digo. - Isso foi a maior bobagem do mundo, se eu quiser ficar e namorar com alguém do elenco, eu vou sim.
─ Fico feliz que não concorda com ele. - Ele fala pensativo.
─ Jura? Por que? - Pergunto.
─ Por que eu também não gostaria disso, o amor é inevitável, você não pode negar isso, não pode negar o que sente.
─ Experiência própria? - Pergunto.
─ Quase, por que a pessoa me disse que não seria capaz de negar, por que ela não concorda com o que disseram. - Ele diz parando de caminhar e olhando para mim.
─ Espera Murillo, do que está falando exatamente? - Pergunto o olhando.
─ O que eu quero dizer é que eu sempre gostei de você S/n, eu te olhava em todos os treinos da base, e te admirava profundamente, até ter coragem de falar com você. - Ele diz me encarando com aqueles olhos escuros dele.
─ Tá brincando né Santiago? - Digo sorrindo. - Como isso é possível? Eu achava que talvez no fundo até me odiasse.
─ Eu não te odiava, era mais o seu pai, eu sempre percebi que ele sabia que a gente iria além da amizade, e talvez ele quisesse pôr um ponto antes disso. - Diz Murillo ainda me olhando.
E parando para pensar agora, faz todo o sentido, eu não parei de ir aos treinos atoa, é claro que havia algo, mas papai se negou a me dizer.
─ Eu não quero te confundir, e pode ter o tempo necessário para pensar S/n, mas eu preciso te perguntar isso, eu não quero perder mais tempo, eu sinto que já perdi demais por não estar ao seu lado. - Seus olhos estavam brilhando. - Eu só quero saber se você aceita namorar comigo?
Eu estava prestes a responder, prestes a fazer uma das decisões a qual eu ficaria feliz de aceitar, mas sou interrompida.
─ S/N!! - Grita papai.
─ Nós tentamos princesa. - Diz Fagner acompanhado de seus filhos e Cássio.
Os olhares deles não negavam a tristeza, aposto que mentiram muito bem, mas papai deve ter dado seu jeito e descoberto.
