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01: Antes que os militantes de plantão venham militar (novamente) na questão das idades, IMAGINEM neste IMAGINE o Fagner com 25 anos pessoal, e o Roger Guedes com 34.
02: Dito isso, boa leitura.
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Eu fui deixada na frente do orfanato, largada pelos meus verdadeiros pais.
A única coisa que me restou deles, foi meu dna, e consequentemente, sua aparência.
Até que eu fui adotada, por um calvo, não herdei sua calvície por não ser meu pai biológico, mas sinto que ele é de sangue.
Eu sempre gostei de futebol, metia canetas, dava carrinhos, um pouco agressivos talvez.
Mas a verdade, é que eu sempre calava as bocas dos moleques machistas de lá.
Meu sonho se tornou realidade, quando papai me colocou na base, e lá eu consegui demonstrar meu potencial.
E hoje, meu pai, Roger Guedes, atual artilheiro da Neo Química Arena, iria me apresentar hoje, como sub-20 do Corinthians, aos seus amigos do profissional, pois é um treino de nós, as brabas, contra eles.
Eu estava anciosa.
Pelo o que a mídia falava, eles me colocavam como "artilheirinha" por eu e meu pai sermos parecidos em questão de marcar gols.
─ Vamo lá princesa? - Pergunta papai.
─ Vamos nessa, é bom estar preparado papai, hoje vai ser um massacre. - Digo.
─ Vai lá mana, massacra eles mesmo!! - Diz Maya, minha irmã mais nova.
─ Ah não amorzinho, não vale tomar partido, cê vai zikar a gente!! - Diz papai.
─ Não vai não papai, porque eu vou torcer pra você!! - Diz Ryan, o segundo mais velho.
Eu e papai sorrimos, ele vê minhas chuteiras rosa chock.
─ Chuteiras bonitas em. - Diz papai enquanto tira o carro.
─ Tio Chico que me deu de presente. - Digo as olhando.
─ Acho mais bonita a preta que eu te dei. - Diz com ciúmes.
─ São lindas papai, mas aquela é pra jogo. - Digo.
─ Então vou te dar uma pra treino também. - Ele diz sorrindo.
Eu caio na risada, e digo que vou cobrar, ele diz que posso. Chegamos ao CT.
Nos encontramos com Yuri, e com Cássio, o último me abraçando.
─ É bom te ver garota, como que vai? - Pergunta.
─ Estou ótima tio Cássio. - Digo sorrindo.
─ Isso é ótimo. - Diz sorrindo e colocando a mão na minha cabeça. - Continua da mesma altura, acho que a mesma do Fagner.
Fagner, aquele baixinho que eu tinha um crush secreto, mas beeem secreto mesmo, as meninas do sub-20 sempre olharam para Yuri, ou os outros garotos da base, mas tinha algo em Fagner que me chamava atenção.
Ele é estranhamente atraente.
Eu tinha deixado ele de lado, quando apareceu namorando, mas depois que ele terminou, voltei a observá-lo.
─ Verdade né. - Diz o Yuri. - É um prazer conhecê-la, inclusive, sou Yuri, Yuri Alberto.
Ele dá um sorriso, é claro que eu conhecia esse cara, ele era o parceiro e assistente de papai na maioria de suas goleadas.
─ O prazer é meu Yuri, e espero que vocês estejam preparados para hoje. - Digo.
Eles falam o quanto estavam anciosos também, quando tio Chico chega.
─ Olha só, se não é minha sobrinha e meu par de chuteiras que ela vai brilhar hoje. - Diz ele sorrindo.
Eu o abraço e comprimento, até que ele e papai começam a discutir sobre chuteiras, quais eram as mais bonitas.
Yuri me tira dali, pois de acordo com ele, Luxemburgo havia pedido para me apresentar, pois eu ficaria logo logo familiarizada com o CT.
Quando terminamos, era hora de começar o treino.
Todos em seus lugares, quando apitam para a partida começar.
Vejo alguém do time dos homens alguém dizer: "pega leve em Fagner".
Talvez eu saiba o porque, ele era uma versão minha, só que masculina em campo.
Ele fez vários jogadores ficarem lesionados, ou apenas machucar, e eu... A mesma coisa.
Eu não tento dar algum carrinho em Yuri, porque o físico dele é absurdo.
Até que ele toca para papai, que não se deixa ficar vulnerável.
Mas eu consigo a posse, o tal do Fagner vem até mim, mas é tarde demais, dou uma bela caneta em Gil, toco pro cantinho da rede, e é gol.
Comemoro com as garotas. Que dizem: "sem machucar ninguém? Isso é um recorde."
Pós o treino, com nossa vitória por 3x2, sentamos, e ficamos tomando água, quando vejo Fagner sentado em outro ponto.
Meu celular vibra. Era uma mensagem, de Fagner pelo Instagram. Vejo pela notificação.
"Yuri, eu tô mó afim de conhecer a S/n melhor, será que ela também quer? Ela se parece pra caramba comigo!!"
Eu decido abrir a conversa para responder, mas ele havia apagado.
É lógico, a mensagem não era para mim.
Eu o olho, ele estava olhando pra mim, e guarda o seu celular em seguida.
Mas se ele quer me conhecer melhor, e eu também, o que nos impede?
