𝐉𝐎𝐆𝐀𝐃𝐎𝐑: Gabriel Moscardo.
𝐓𝐄𝐌𝐀: Onde S/n reencontra um antigo amigo.
𝐏𝐄𝐃𝐈𝐃𝐎: ✓
Eu saí feito uma maluca.
Era sábado, dia 23 de dezembro, mamãe havia pedido para eu comprar mais uma árvore de natal, nosso cachorro, Thor, havia feito a bondade de quebrá-la, faltando tão pouco tempo para a chegada do menino Jesus.─ Não esqueça do pisca-pisca extra Júlia!! - Grita mamãe.
─ Tá certo mãe!! - Eu falo entrando no carro.
Quando chego na única boa loja, ela está lotada, e céus, como está mesmo.
Espero que esteja muito contente Thor, de verdade.
Tento me espremer ao máximo, a procura de uma árvore, até que esbarro em alguém forte, e quase caio no chão, parece aqueles clichês toscos de natal.
─ Me desculpa!! - Diz a voz masculina.
─ Tudo bem. - Digo.
Quando eu olho bem para o garoto, me dou conta de quem ele era.
A loja não estava cheia por causa das árvores Moscardo, era por sua causa.
Gabriel Moscardo, o cara que subiu da base e brilhou no profissional, despertando interesse de clubes famosos europeus, eu acabei de esbarrar toda descabelada, e ainda por cima ele me pediu desculpas.
Que bela primeira imagem.
Acho que eu fiquei em transe, ou paralisada, por que você logo em seguida perguntou se eu estava bem, e além de desarrumada, paguei papel de louca dizendo que sim, e correndo a procura dessa árvore de natal.
Eu havia estudado com você no curso de administração, até que eu desisti, e comecei a cursar moda, administração nunca foi pra mim, era ideia dos meus tios riquinhos bobões, papai sempre disse para eu seguir o que eu quisesse, mas nessa época eu estava cega.
Mas é claro que você não lembraria de mim.
Peguei uma árvore de tamanho médio, com seus enfeites prontos e colocados, era mais prático assim.
Peguei o pisca-pisca que mamãe havia pedido, pensei ter tomado uma decisão burra de ir ao caixa imediatamente, onde você era o último a ser atendido. Mas caramba, acho que nunca acertei tanto na minha vida em um só dia.
A loja estava mais vazia, os seguranças agora estavam colocando ordem, eu só escutava a maioria deles.
─ Se não for comprar, não entra.
E é claro que eu iria soltar alguma piadinha.
─ Então esse é o capitalismo mais moderno? Caramba...
─ É porque não é você que se sente um produto S/n. - Ele disse na maior naturalidade.
─ Está insinuando que eu não sei de nada Gabriel? - Digo o provocando.
─ Jamais. - Ele fala sorrindo.
Eu falei tão no automático, que eu nem percebi que você lembrava de mim, e pior, que lembrava do meu nome.
─ Se sabe o meu nome, é porque se lembra de mim. - Digo.
─ Porque eu não lembraria? - Pergunta, achando a coisa mais idiota do mundo.
─ Não sei, tinha pessoas mais importantes que deveria lembrar talvez.
─ Não vejo porque você não seria importante.
Ele conseguiu me deixar intrigada.
─ Aposto que só lembra de mim por causa do futebol, se eu fosse um garoto qualquer, não lembraria.
A vez dele chega, e dou risada quando ele fala isso.
─ Você está sendo um babaca Gabriel, e olha que para mim você sempre foi brilhante.
Ele termina de colocar as coisas no caixa e olha pra mim.
─ Sempre é? Então você me observava? - Ele fala com seu sorriso.
Seu sorriso, era o que mais adorava em você, desde o período da administração, suas covinhas deixavam você ainda mais fofo.
─ Não de um jeito psicopata como você deve tá pensando. Eu sou só observadora, só isso. - Falei.
─ Ah claro, S/n jamais seria uma psicopata. - Ele olha para a árvore e o pisca-pisca em minhas mãos. - Meio tarde para comprar em.
─ Nunca é tarde. - Eu respondi. - Meu cachorro que fez esse favor.
Ele solta aquele sorriso novamente, e senti meu amor, que se fizesse aquilo de novo, eu iria acabar de derreter.
A moça termina de passar as coisas dele, eu dou um espaço, porque aquilo não era da minha conta.
Ele conversa por uns instantes com ela, em seguida paga, vem até mim e fala.
─ Se quiser continuar essa boa conversa, estarei ali, naquele café. - Ele aponta para um trailer fofo rosa, com várias cadeiras e mesinhas. - Na verdade, eu vou ter feito seu pedido sabe, então você é obrigada mesmo.
Ele pisca e sorri, em seguida sai.
A moça do caixa passa e coloca minhas coisas nas bolsas, em seguida ela pede que o próximo venha.
Eu não entendo, eu não tinha pagado ainda.
─ Não tem nada o que ser acertado meu bem, ele já fez isso. - E indicou para o café.
[...]
─ É sério isso? - Digo me sentando.
─ Não se pode fazer mais caridades... O que é isso, capitalismo mais moderno?
─ Não estou rindo Gabriel. - Digo.
─ Tudo bem S/n, vamos voltar a nossa conversa. - Ele fala calmo. - Porque largou o curso?
─ Faculdade de moda. - Respondo.
─ Sua paixão? - Ele pergunta interessado.
─ Acho que sim, a moda me encanta. - Respondo. - Vi que fez seu primeiro gol, como foi?
Imediatamente noto o brilho em seu olhar.
─ Foi mágico, sério, eu não sei nem como descrever.
─ Queria ter estado lá, mas não pude. - Digo triste. - Mas papai contou como foi, realmente foi incrível.
─ Mano tá sendo muito gentil, nem é pra tanto vai. - Ele fala. - As vezes eu esqueço que ele é seu pai, mas eu lembro por causa das personalidades.
─ Não me diga. - Falo sorrindo.
Nós começamos a falar de como ultimamente não tivemos tempo para diversão ou hobbies.
─ Você vai fazer alguma coisa nesses dias? Depois do natal, claro.
─ Não, não tenho nada marcado. - Falo.
─ Dia 26, melhor você começar a se organizar, vou te levar pra uma surpresa, pode arrumar as malas. - Ele diz fazendo um ar de suspense.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝑰𝑴𝑨𝑮𝑰𝑵𝑬𝑺 ─ corinthians
Fanfiction─ 🏟️ 𝐎𝐍𝐃𝐄 eu escrevo imagines de 𝑱𝑶𝑮𝑨𝑫𝑶𝑹𝑬𝑺 do Corinthians. ⓘ 𝗼𝗿𝗶𝗴𝗶𝗻𝗮𝗹 𝘄𝗼𝗿𝗸 𝗯𝘆: @claradowesley