capitulo 10

110 12 2
                                    

Seus olhos estavam fixados sobre mim, e seu rosto corado era visível.

Fechei minha toalha novamente, mas o mesmo ainda me olhava,  ele desenhou cada pedacinho do meu corpo, e veio subindo até chegar em meu rosto. Ficamos olhando fixamente nos olhos do outro, enquanto ele se aproximava, ele veio vindo por cima de mim, e meu coração palpitou forte.

Seus olhos me ipnotizavam enquanto ele vinha para perto. Ele então chegou centímetros longe da minha boca, sua respiração estava ofegante.

Ele estava se aproximando lentamente, então por questões de segundos, ele fechou seus olhos com força e me olhou novamente.

Uriel: não posso fazer isso..

Ele sussurrou e se afastou, me deixando ali.
Ele então se escorou de frente para a parede e começou a meio que dar socos na mesma.

Luci: o que foi ?

Uriel: não posso fazer isso com você.

Luci: por que? Isso o que ?

Uriel: Luci, eu tô apaixonado por você, e eu não posso estar.

Luci: por que ?

Uriel: porque sei que não gosta de mim, do mesmo jeito.

Ele então saiu do quarto. Meu peito apertou, eu não sabia o que sentia por ele, mas não tinha certeza ainda se era amor.

Levantei e fui procura- lo. Ele estava sentado na escada com as mãos na cabeça,  debruçado sobre seus joelhos.

Me aproximei do mesmo e sentei ao seu lado.

Luci: por que isso tudo agora?

Uriel: eu andei pensando, e não sei se devo ficar por perto ainda, não quero te colocar em perigo.

Luci: mas você me ajudou tantas vezes já, onde que tá o perigo?

Uriel: sou eu Luci, eu não sou mais o mesmo.

Luci: como assim?

Uriel: por me apaixonar por você, eu perdi o    " anjo".

Luci: você então é humano?

Uriel: não Luci, eu virei um demônio..

Meu coração gelou, por culpa minha ele não é mais anjo, e por culpa minha ele foi amaldiçoado..

Luci: é tudo culpa minha...

As lágrimas tomaram conta do meu rosto, me encolhi entre minhas pernas e apenas desabei. Senti braços fortes me envolverem e apenas chorei mais ainda. Eu podia sentir a dor em seus olhos...

Uriel: não chora Luci, não é culpa sua.

Luci: não quero te perder, eu não posso te perder.

Uriel: por que Luci?

Luci: não sei explicar, ainda .

[...]

Já havia se passado horas depois do ocorrido, vovó chegava hoje de viagem então ajeitei tudo para ela. Chamei um eletricista e um pedreiro para arrumar meu banheiro.

Estava tudo pronto, já eram umas três horas da tarde, quando o carro parou em frente a casa, e vovó desceu dali de dentro.

Luci: vovóóóó

Vovó: oi minha querida

Abracei ela o mais forte que pude, e a mesma retribuiu. Entramos para dentro de casa, vovó me contou sobra a viagem inteira, cada pedacinho, sem deixar faltar nada. Ela me contou que sua irmã melhorou e que daqui um tempo iria nos visitar.

Meu Anjo da GuardaOnde histórias criam vida. Descubra agora