capitulo 24

88 7 2
                                    

Luci: vovó cadê o Jonas?

Vovo: ele foi preso querida, por abuso. Além de você ele tentou abusar mais uma garota ali perto de casa.

Luci: hm. Mas como descobriram isso tudo?

Vovo: ele foi preso a menos de uma hora, graças ao seu namorado que nos ajudou.

Luci: meu namorado é

Olhei para Uriel, por cima do ombro de vovó, o mesmo já estava ficando sem jeito. Mas ele estava tão lindo todo vermelho.

Medico: bom agora temos que deixar a paciente descansar, depois venho vê-la senhorita.

Luci: tá bom

Vovo: qualquer coisa me chama, vou estar no corredor.

Ela então saiu, ficando ali no quarto apenas eu e Uriel. O mesmo veio em minha direção, eu ainda me sentia tranquila mesmo vendo tudo que ele fez, pois ele só fez aquilo para me proteger e eu entendo ele.

Uriel: pequena, tenho uma notícia não muito boa pra te dar.

Luci: qual?

Uriel: eu fui perdoado, então voltei a ser só anjo. Eu posso voltar se eu quiser, mas daí não poderia mais ficar vindo toda hora.

Luci: nunca mais vamos nos ver?

Uriel: possivelmente. Mas é só por um tempo viu.

Luci: não, não posso te perder. Você é tudo pra mim agora. Não pode me deixar.

Uriel: e você acha que eu quero? Deixar o amor da minha vida inteira?

Luci: mas você acabou de dizer que vai ir embora.

Uriel: vou ver se consigo resolver isso viu.

Luci: vai ficar quanto tempo longe.

Uriel: só até você ganhar alta.

Luci: promete voltar?

Uriel: prometo.

[...]

Acordei , a cidade já estava coberta pelo véu escuro da noite. As luzes eram uma perfeita obra de arte.

Olhei em volta, só há eu no quarto. Meu corpo dói menos e minhas forças já estão restauradas novamente.

Me levantei , e carreguei meu sorinho até a janela. Me sentei em uma cadeira, que por incrível é bem confortável, muito melhor que a cama.

Eu já estava a uns três dias só deitada, já não aguentava mais. Eu quero tanto sair daqui, voltar a minha vida de antes.

Pelo menos agora, não vai ter nenhum maníaco atrás de mim. Vou poder sair livre e despreocupada.

A noite lá fora parecia tão calma, os carros passando nas ruas, pessoas nas calçadas...

Eu devia estar a uns três ou quatro andares a cima, aqui parecia alto.

A porta do quarto é aberta e por ela uma médica entra, ela fica um pouco assustada ao ver a cama vazia mas logo se acalma quando me avista ao lado da janela.

Médica: o quefaz aí mocinha?

Luci: tô só relaxando um pouco, está com dor já de tanto ficar aí na cama.

Medica: está se sentindo melhor em relação aos cortes?

Luci: sim

Médica: todos nós conversamos Aquino hospital, e você foi um milagre. Pois de acordo com seus ferimentos, era para voce ter morrido sabia.

Luci: foi muito grave?

Medica: alguns cortes perfuraram seu pulmão,  e um dor cortes na barriga quase estrassalhou seu estômago.

Luci: é era pra mim tá morta mesmo.

Médica: seu namorado chegou aqui com você no colo, vocês dois estavam cobertos de sangue.

Luci: eu não lembro de muita coisa.

Medica: a polícia vai vim aqui interrogar você amanhã, mas se não estiver bem pode me avisar que a gente marca para outro dia.

Luci: tá bom

Ela me deu alguns remédios para mim tomar e em seguida me trouxe um sanduíche e um suco, eu teria que comer coisas leves, mas queme alimentassem. Pois eu ainda estava me recuperando da cirurgia e os cortes ainda estavam cicatrizarando.

Depois de um tempo ali, fui deitar novamente na cama e dormi.

[...]

Acordo com a luz do sol em meu rosto, levantei, fui até o banheiro e fiz minhas higienes. Voltei paradinha cama e a médica já estava entrando no quarto com remédios e comida.

Médica: querida, a polícia já está aí, posso deixar entrar?

Luci: pode sim

Medica: tá bom, qualquer coisa, só apertar esse botão que eu venho.

Ela então saiu , comecei a me alimentar e logo em seguida dois policiais entraram no quarto.

Policial: bom dia senhorita.

Luci: bom dia

Policial: viemos interroga-la para acharmos pistas da cena do crime. Você é a única que pode nos dar as melhores informações do local.

Luci: por onde eu começo?

Policial: fique a vontade para escolher.

Luci: bom, eu lembro que saída escola, estava na parada esperando o ônibus quando senti um pano molhado em minha boca, o cheiro era muito forte, o que me fez apagar. Eu acordei num quarto, com paredes um pouco mofadas, havia uns objetos de tortura nas paredes e eu estava presa na cama. Os homens que entravam no quarto, todos estavam de máscaras,  não pude ver seus rostos mas pude reconhecer seus olhos, e o jeito de cada um. Eles foram meus colegas durante uns três anos, o nome dos três eu posso dar também se quiser. Junto com eles também havia meu ex namorado... Eu fiquei dias sendo abusada e violentada. Havia junto com eles um garoto chamado Tomás, ele me ajudava a sobreviver. Ele cuidava de mim todos os dias, mas um dia antes de eu sair de lá, ele disse que teve que irfazer serviço em um outro lugar. Eles tentaram me sacrificar num ritual, e então eu acordei no hospital.

Policial: pois bem, qual o nome dos indivíduos

Luci: Pedro, João, Caio e Lucas.

Policial: Caio,  o fugitivo?

Luci: sim

Policial: você lembra do local?

Luci: parecia um hospital, ele tinha um patio interno também.

Policial: tá bom, muito obrigada Luci

[....]

Já estava de tarde, meu corpo estava todo dolorido. Como se ele decidisse que agora ele ia doer o que ele não doeu antes.

Vovó veio me visitar agora pouco, mesmo ela acreditando em mim agora, eu não consigo me sentir bem como antes.

É como se eu tivesse criado um rancor dela. Ela decidiu acreditar numa pessoa que vinha nos visitar a cada uma década, no que acreditar na pessoa que ela cria desde pequena.

Também estou sentindo muito a falta de Uriel, faz uns três dias já que ele saiu, e até agora  nem notícias dele.

Continua...

Meu Anjo da GuardaOnde histórias criam vida. Descubra agora