capitulo 23

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Fui sendo empurrada por um corredor estreito, isso parecia um hospital abandonado. Fomos indo em direção a uma parte fora daquele lugar, estava quase escurecendo. O sol estava indo embora e ali onde estávamos era um tipo de pátio.

Ao redor ainda havia a construção do tal lugar que estou, isso era um patio interno.

Eles me colocaram no centro desse lugar, havia algumas pedras ao redor. Caio estava todo de branco , com uma máscara assustadora cobrindo seu rosto.

Ele estava com um chicote cheio de pontas afiadas. Meu corpo estremeceu só ao olhar cada ponta daquele pedaço de corda.

Eu estava amarrada em pé, não conseguia por os pés no chão, estava tipo grudada nesse negócio.

Mesmo que quisesse, eu não conseguiria sair daqui, eu sei que isso vai doer e muito. Mas depois disso, eu descanso eternamente.

Caio,João,  Pedro e Lucas começaram a falar uma palavras em outra língua. Lucas então se deitou sobre uma mesa logo ao meu lado, quase que embaixo de mim.

O propósito seria eles me chotearem até a morte e Lucas beber e se banhar com meu sangue escorrendo.
Na minha opinião, isso seria bem nojento.

Olhei para cima, o sol já tingia o céu de laranja, agora começaria meu sofrimento. E por fim, minha morte.

Caio levantou sua mão e sem dó começou a me chicotear, a primeira chicotada que pegou no meu corpo me fez gritar de dor. Dessa vez, realmente doía e muito.

Meu sangue já escorria pelo meu corpo e Lucas lá embaixo já se apoderava.

As outras chicotadas seguintes, arrancavam pedaços da minha pele. Eu simplesmente me entreguei a morte.

Depois de umas quinze chicotadas, eu já estava toda arrebentada. Meu corpo estava banhado de vermelho e eu estava nos meus últimos suspiros de vida.

Foi quando eles pararam de me bater e começaram a falar umas palavras em um idioma diferente.

Caio olhou para mim, seus olhos fixados em mim não me causavam mais nada, pois o que eu sentia era apenas dor.

Caio: seu namoradinho anjo não vai mais poder ter você. Aliás, cadê ele em? Será que ele desistiu da humaninha dele? Oh que pena.

Ele soltou uma risada sarcástica e eu então levantei meus olhos e manti fixados nos dele, o mesmo me olhou curioso. E com meus últimos suspiros de vida eu disse entre dentes.

Luci: ele não é um anjo!

Do escuro atrás de mim, algo brilando cor de fogo clareou a tábua que eu estava grudada. Eles deram um passo para trás assustados.

Uma coisa enorme pulou por cima de mim com uma machado enorme coberto de chamas. Partindo ao meio o corpo de João.

Caio tirou sua máscara e olhou para o corpo do amigo, Lucas se levantou do chão e ficou ao lado de Caio.

Pedro tentou fugir, mas essa tal criatura lançou seu Machado contra ele o partindo em dois.

Ele fez sinal e seu Machado desgrudou da parede e voltou para sua mão, como se eles estivessem realmente conectados.

Ele então olhou para mim, e pude ver, Uriel.

Logo ao me ver e ver meu estado físico, seus olhos se encendearam mais fortes e ele foi em direção a Caio, mas o mesmo se escondeu atrás de Lucas.

Lucas se transformou em um outro demônio, só que mesmo assim, ele era duas vezes menor que Uriel.

E ficou assim, uma briga enorme entre os dois. Meu corpo já estava desligando por completo, mas eu queria tanto ver o fim de Caio. Ele merece pagar por tudo que me fez.

Caio, vendo essa briga entre os dois, saiu correndo em direção ao corredor onde viemos antes.

Uriel então notou sua quase fuga e jogou no mesmo uma corrente cheia de pontas. A corrente arrodeou suas pernas , o fazendo cair e agonizar de dor, pois as pontas cravaram em suas pernas também.

Lucas por míseros segundos se distraiu olhando Caio e Uriel atravessou seu Machado em sua cabeça, partindo a mesma ao meio.

Uriel então foi em direção a Caio que estava caído sobre o chão, tentando se arrastar para fugir.

Ele arrastou o mesmo até onde eu estava, Caio se contorcia de dor, pois cada vez mais as pontas entravam para dentro de suas pernas.

Uriel então se transformou em humano novamente, como eu sempre via ele. Ele só estava coberto de sangue, mas isso era o de menos.

Ele então com todo cuidado me tirou da onde eu estava e me colocou deitada sobre uma mesa.

Ele então grudou Caio no mesmo lugar que eu estava, arrancou as pontas de sua perna, sem nenhuma cuidado, o fazendo gritar de dor.

De canto eu apenas olhava aquela cena toda, já havia até esquecido da dor que eu estava sentindo.

Uriel então pegou o mesmo chicote que eles estavam batendo em mim, e começou a chicotear Caio também.

O mesmo gritava e chorava de dor, ele implorava para que Uriel parasse e daí sim, ele batia com mais força.

Ele então parou de bater e Caio já estava de cabeça baixa,  mas seus olhos se fixaram nos meus.

Caio: te vejo no inferno bonequinha.

Uriel: ela não vai pro inferno, vou levar ela pro céu comigo, agora você. Você vai

Uriel então pegou um tipo de faca, toda cheia de pontas e cortou a cabeça de Caio.

Após isso, senti uma forte dor em meu peito e meus olhos foram se apagando aos poucos.

Uriel: fica comigo pequena. Não vou deixar você ir, não agora.

[...]

Acordo em um lugar todo branco, olho tudo em volta. Estou cheia de aparelhos e cheia de bolsas de soro e sangue ao meu redor.

Logo reconheço que estou em um quarto de hospital, logo os médicos entraram no mesmo e vieram me examinar.

Medico: é muita sorte você ainda estar viva. Você perdeu muito sangue, parabéns por ser uma guerreira.

Soltei um leve sorriso de lado ao ver Uriel me cuidando da porta.

Luci: eu estou viva graças a um alguém aí.

O médico logo sorriu e olhou para trás, fiquei um pouco nervosa pois ele viu Uriel e o mesmo veio até mim.

Medico: seu namorado disse que salvou você de uns assassinos. E que os mesmo foram mortos pela polícia.

Eu lembrava completamente do que havia acontecido,  então,  se tentarem me enganar , não vão conseguir.

Vovó entrou no quarto logo em seguida, a mesma chorava e gritava de alegria.

Vovo: me perdoa querida, eu devia ter acreditado em você. Vovó te ama tanto

Ela me abraçou e eu retribui o gesto, olhei para Uriel e o mesmo deu um sorriso de lado.

O que será aconteceu quando eu não tava aqui?

Continua....

Meu Anjo da GuardaOnde histórias criam vida. Descubra agora