capitulo 25

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Estou deitada , fitando o teto. Quando a porta do quarto se abre e dois médicos entram no quarto.

Os dois estavam com pressa, pareciam assustados ou algo assim. Não sei o que aconteceu, mas logo eles vieram até mim.

Medico: senhorita , podemos conversar?

Luci: claro

Medico: encontramos uma substância no seu sangue, algo que nenhum outro ser humano possui.

Luci: co..como assim?

Medico 2: é como se você, fosse a única que possui esse tipo sanguíneo. Não sabemos ainda, mas parece uma bactéria.

Luci: eu vou morrer?

Medico: possivelmente. Se não encontrarmos uma cura.

Abaixei minha cabeça e fiquei fitando o chão,eu sobrevivi de uns maníacos mas eu ia morrer por causa de uma bactéria. Não sei, mas eu tenho certeza agora. Essa vida nunca foi pra mim.

Luci: e o que vocês fariam se achassem a cura?

Medico: o certo seria estuda-la. Você assina um contrato, caso aconteça algo, daí não nos responsabilizamos pela sua morte. Só se acontecer claro.

Luci: posso pensar um pouco?

Medico: daqui uma hora viemos para saber sua resposta.

Luci: e se for não?

Medico: não poderemos libera-la mesmo assim, pois isso pode ser perigoso para o resto da humanidade.

Luci: não podem me prender aqui.

Medico: não seria aqui, levaríamos a senhorita para outra unidade.

Após falarem isso, os dois saíram andando pelos corredores do hospital. Eu não posso ficar presa aqui, e também não posso deixar me estudarem, não sou cobaia.

Minha mente só me dizia uma coisa = fugir daqui.

Arrumei minhas coisas que estavam aqui no quarto, peguei algumas bolsas de soro e coloquei na mochila também.

Peguei algumas comidas, dinheiro que achei aqui, água e olhei pela janela. Era muito alto então não poderia descer por ali.

Coloquei um capus e saí andando normalmente pelos corredores do hospital. Alguns médicos passavam me encarando mas apenas segui, sem demonstrar preocupação em ser descoberta.

Haviam algumas pessoas esperando serem atendidas, aproveitei para me camuflar no meio das mesmas.

Fui em direção às escadas, eu sei que não poderia fazer muito esforço, mas era minha vida que estava em jogo , e de todos os jeitos, eu corria perigo.

Eu já devia estar a um andar até chegar na recepção da entrada. Me apresei para que não me pegassem.

Estava no último degrau, eu podia ver a porta de saída, o sol na calçada, os carros e as pessoas passando de um lado para outro.

Haviam várias pessoas andando aqui na parte de baixo, pessoas entrando e saído do hospital.

Quando dei um passo para descer do degrau, uma luz vermelha tomou conta de tudo. Um alerta de fuga.

As pessoas saíram correndo para todos os lados ,assustadas, fui me enfiando no meio das mesmas, tentando fugir dali antes que me vissem.

Ouvi médicos e seguranças falarem meu nome, e apontarem para mim. Foi aí que corri mais rápido que minhas pernas.

A porta do hospital estava se fechando, se eu tentasse passar, a mochila ficaria, ou eu ou ela.

Mesmo sendo arriscado , tirei a mochila e toquei no chão. Corri mais rápido e passei pela última brecha aberta que tinha na porta, até a mesma se fechar completamente.

Olhei para trás e vi os seguranças conversando nos rádios para tentarem abrir a porta.

Atravessei a rua e me misturei no meio das pessoas da calçada, andando em passos rápidos.

No meu bolso só havia cinco reais, o resto do dinheiro, acabou ficando com a mochila.

Fiquei no ponto de ônibus, as lembranças do meu sequestro vieram a minha mente. Qualquer pessoas que tocava em mim , eu olhava rapidamente para ver se não eram eles.

Eu podia ver vultos, pessoas escondidas atrás dos bancos, eu podia ver eles rindo de mim.

Coloquei minhas mãos na cabeça e apertei a mesma para tentar fazer tudo isso parar.

O ônibus estava vindo, sem ver o nome ou coisa do tipo eu embarquei.

Os seguranças conseguiram abrir as portas do hospital, mas antes que me pegassem o ônibus saiu andando, os deixando para trás.

Fiquei olhando pela janela do ônibus. Os carros passando ao seu lado, as pessoas na calçada, os prédios....

[...]

Acordei, percebi que havia dormido no ônibus, olhei pela janela do mesmo e vi apenas campos e o sol já estava se pondo.

Não demorou muito para a noite banhar os campos com seu véu negro. As estrelas refletiam nas águas dos rios.

Tudo isso era tão lindo, eu acho que eu nunca conheceria isso se não tivesse acontecido o queme aconteceu.

No ônibus só havia eu, o motorista e uma senhorinha nos bancos mais atrás.

Levantei e fui até a mesma, ela me olhou curiosa. Mas foi muito simpática.

Luci: oi, sabe me dizer onde estamos?

Xx: oi querida, estamos no interior da Califórnia.

Luci: e existe isso?

Xx: claro, logo a frente você verá a próxima cidade.

Luci: tá bom, obrigada.

Voltei a me sentar, um pouco mais perto da porta de saída do ônibus.

Eu estava com apenas meu celular. Olhei no mesmo e eram sete horas da noite. Mais enfrente, pela janela do ônibus eu pude avistar a cidade.

As luzes no meio do campo eram incríveis de se ver, haviam alguns bichos sobre as gramas verdes escuras.

[...]

Depois de um tempo, eu já havia desembarcado do ônibus. Eu teria que achar algum lugar para mim ficar esta noite.

Tentei pedir abrigo para algumas pessoas, mas as mesmas recusaram. Eu até entendo, quem daria abrigo a uma desconhecida.

Depois de um tempo eu simplesmente desisti. Fui um pouco afastada da cidade.  Em direção ao campo.

Me deitei sobre o pé de uma árvore, e ali eu passei a noite. Sem comer nada. Apenas fitando as estrelas do céu.

[...]

Acordo e há algumas pessoas a minha volta, uns ligando para polícia e outros apenas me encarando.

Xx: quem é você?

Luci: me chamo Luci

Xx: e da onde você saiu? Você é de onde e o que faz aqui?

Luci: eu fugi de casa

Xx: andou roubando é,  meninas como você só fogem se roubam.

Luci:eu não roubei nada.

Xx: então porque fugiu?

Luci: motivos pessoais

Xx: ora , vem ca, vou chamar a polícia.

Luci: não, me solta

Ele me pegou pelo braço e saiu me arrastando até um pedaço da rua, indo em direção a cidade.

Tentei fugir, mas o mesmo era mais forte que eu. Atrás de nós vinham as outras pessoas, nas quais, chamaram a polícia.

Xx: solta ela!

Continua....

Meu Anjo da GuardaOnde histórias criam vida. Descubra agora