capitulo 34

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Uriel apenas ficou me encarando, enquanto chegava cada vez mais perto de mim.

Por questão de defesa,eu dei um passo para trás. Seus olhos fixaram se nos meus e ele me olhou como se estivesse me devorando com os olhos.

Eu estava ficando com medo dele. O mesmo não parecia aquele que sempre está comigo, ele parecia outra pessoa.

Ele aumentou seus passos, me fazendo correr para o banheiro e trancar a porta.

Me escorei na parede e fiquei de guarda, para qualquer coisa que ocorresse.

Eu não sei o que aconteceu com ele, também não sei quem eram aquelas pessoas. Eu talvez esteja com muito medo de uma pessoa na qual eu sempre confiei.

Uriel começou a bater na porta, cada soco que ele dava, um pedaço da porta rachava. Me encolhi atrás da cortina do box.

Seu soco atravessou a porta, me fazendo gritar. Eu sei que não adiantaria nada, mas sei lá.

Quando ele conseguiu abrir a porta, eu comecei a gritar por socorro. Talvez ninguém ouvisse, talvez ouvisse.

Alguém puxou o mesmo para fora do banheiro e começou uma briga. Eu sei que não seria uma boa ideia sair daqui, mas eu queria ver quem que estava ali.

Espiei pelo canto da porta e haviam dois Uriel.  Um deles parecia estar ganhando, pois o outro só apanhava.

Até que esse uriel que estava batendo, arrancou a cabeça do outro, que tentou se defender, mas foi em vão.

Uriel então olhou para mim, me escondi e fui para trás da cortina. Eu não sei quem haviam morrido e quem estava ali vivo. Mas se não fosse o meu Uriel, quem estaria morta agora, seria eu.

Uriel: pequena?

Fiquei quieta atrás da cortina, eu estava tremendo, chorando e controlando até a respiração.

Uma mão puxou a cortina, e me agarrou, me colocando contra a parede.

Eu me debatia e gritava para que ele não fizesse nada comigo, meus olhos estavam fechados, e eu apenas pedia por misericórdia enquanto chorava.

Luci: por favor, não me machuca.

Uriel: calma pequena, sou eu.

Luci: por favor..

Uriel: ei, abre o olho pequena. Eu não vou te machucar.

Abri meus olhos bem de leve, enquanto ele apenas me observava. Aqueles olhos azuis, eram diferentes dos olhos negros que me deram medo.

Ele estava todo sujo de sangue, mas ele estava preocupado comigo. Suas mãos apenas me seguravam, ele nem se quer me apertava.

Uriel: tá mais calma?

Assenti e o mesmo me soltou. Eu ainda estava um pouco trêmula. Meus olhos úmidos estavam deixando minha visão embassada.

Luci: quem era ele?

Uriel: essas pessoas que vieram aqui e que estavam lá embaixo, são um tipo de criaturas que estavam me caçando.

Luci: mas por que ?

Uriel: teve uns problemas por aí, e mandaram eles atrás de mim.

Luci: entendo.

Uriel: mas não se preocupa viu, eu não vou deixar te machucarem.

[....]

Já estávamos limpando toda a sujeira que havia sido causada pela casa. Uriel já havia tomado banho e suas roupas sujas coloquemos no lixo mesmo.

Meu Anjo da GuardaOnde histórias criam vida. Descubra agora