capitulo 7

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Aquela cena toda ali, parecia coisa de filme, a química que estava rolando entre nós era algo surreal. Aos poucos ele se afastou e ficou me encarando, suas bochechas coraram e um sorriso brotou em seu rosto,me fazendo sorrir também.

Uriel: desculpa Luci, eu sei que não deveria mas não pude evitar, isso é mais forte que eu..

Luci: ei, calma, foi bom, e não precisa evitar se quiser.

Percebi que ao falar isso , ele ficou mais tranquilo.

Uriel: bom, tenho que ir, mas se precisar, já sabe como me chamar.

Luci: tá bom

[...]

As horas passaram e nem percebi que já era madrugada, fiquei a noite toda concentrada vendo filmes e comendo que nem percebi o tempo passando..

Me arrumei e subi para meu quarto, tomei um banho,coloquei meu pijama e me deitei, estava fitando o teto quando sinto alguém se deitando ao meu lado , olho para ver o que era e vejo Uriel,  se ajeitando.

Uriel: que foi? Eu sei que você não gosta de dormir sozinha em casa, e aliás tá marcando uma chuva forte pra daqui a pouco, então,  vim cuidar de você.

O sorriso no meu rosto foi de imediato, soltei uma leve risada e o abracei , acho que ele não esperava por isso pois levou um pequeno susto, mas logo retribuiu o abraço, e assim passamos o resto da noite.

[...]

Acordo e vejo que Uriel não estava mais do meu lado, olho no celular e tinha umas dez mensagens de Caio, tipo " oi" " como vc está ?" " tudo bem?" "Luci" " responde" bom você deve estar dormindo" até amanhã " " não esquece da festa " te busco as 18h" não vai ser até tarde " então podemos aproveitar depois "e uma carinha de um bichinho sendo meio que safado sabe "😏".

Meu coração gelou, mas eu sei que se ele tentar algo, vovó já deixou um spray de pimenta então,  é só usar e , pronto.

So visualizei suas mensagens e larguei o celular sobre o criado mudo. Levantei, fui até o banheiro. Me ajeitei e desci as escadas.

Hoje eu teria que ir numa loja comprar ou alugar algum vestido para ir para essa festa..

Agora são exatamente dez horas da manhã,  então me arrumei e saí, para procurar algum vestido legal. Esperei o ônibus, o mesmo veio meia hora depois..

Embarquei e segui rumo ao centro, as ruas estavam movimentadas, as pessoas andando de um lado para outro. Crianças brincando na praça, pessoas conversando, um trânsito tenso..

Um tempo depois desci do ônibus e segui até as lojas de roupas, entrei em uma delas, os vestidos todos longos, coloridos e estranhos..

E assim foi em muitas outras lojas, nenhum vestido me agradava, até que entrei em uma loja, bem sutil, com um ar bem organizado, recepção, umas atendentes legais que me levaram até o trocador e eu testei vários vestidos até achar, um perfeito.

Ele era preto, até a cintura ele era colado no corpo, realçando o que eu não tinha de peito, para baixo ele era um pouco rodado e tinha uns detalhes, muito lindos..

Levei ele até a recepção e paguei o mesmo, sai da loja e fui até uma sorveteira ali perto, depois de pegar o sorvete fui andar um pouco na praça..

Estava tudo bem movimentado, as pessoas pareciam estar correndo de algo, pelo jeito que estavam andando..

Umas horas depois, decidi ir para casa, fui para a parada esperar o ônibus.. Depois de um tempo embarquei e fui para casa.

Chegando em casa, larguei minhas sacolas no sofá e fui fazer algo para comer, estava morrendo de fome. Não quis comprar nada no centro por que não gosto muito de comer em público..

Depois de almoçar fui para meu quarto, testei o vestido e fui para frente do espelho, o vestido realçava bem meu corpo, fiquei um pouco com vergonha, por que não quero chamar a atenção das pessoas na festa, mas também não quero ir toda estilo mendiga..

Uriel: está linda.

Luci: que susto! , mas obrigada . Só tô um pouco preocupada porque não quero chamar a atenção das pessoas sabe..

Uriel: eu sei, mas qualquer coisa, só falar meu nome que eu apareço para te salvar .

Luci: e se eu não conseguir falar seu nome, tipo, vai que um dia sou sequestrada e eles tampam minha boca.

Uriel: mesmo que seja sussurros,  se você disser meu nome, eu tenho permissão para poder tocar entende, se não,  eu sou só um fantasma.

Luci: entendo..

Uriel: pois bem, você não gostaria que eu tirasse esse vestido?

Olhei para ele , com uma cara tipo " ahm?" E ele riu, só então percebi que ele estava brincando, o mesmo disse que ia sair para mim ter privacidade e depois era só chamar ele de novo, e assim fiz...

[...]

Já estava de tarde, e eu estava nervosa para festa, pois faltavam só umas 2h para Caio vim me buscar, então decidi ir me arrumar.

Coloquei o vestido, um tênis preto que eu tenho, ele meio que é um coro que brilha, não sei explicar. Arrumei meu cabelo em um coque bagunçado e passei uma máscara de cilios.

Pronto, melhor que isso, não existe.
Desci as escadas e fiquei só no aguardo, não vou levar bolsa, nem dinheiro, só meu celular e minha identidade tá perfeito..

[...]

Algumas horas depois Caio buzinou, meu coração gelou e minhas pernas não queriam funcionar, Uriel me deu uma força e me despedi dele, indo em direção ao carro.

Entrei e Caio me deu oi, disse que eu tava linda e essas coisas. Eu ainda tô um pouco desconfiada de todas aquelas mensagens que ele mandou mais cedo, então tentei não manter contato físico ou olhar para ele.

Caio: a festa é na casa do meu primo, então pode se sentir a vontade, vai ter bastante bebidas, podemos nos divertir bastante.

Luci: eu não bebo álcool.

Caio: ah, que pena. Mas lá tem suco também.

[...]

Um tempo depois chegamos em frente a casa e meu Deus, na frente tinha pessoas se pegando, bebendo, gritando, dançando. O som da música estava bem forte, mas aqui não havia muitos vizinhos para reclamar pois era praticamente no meio do mato, a casa.

Caio desceu do carro e abriu a porta para mim,  desci e seguimos para dentro da casa, as pessoas ficaram olhando. Me senti envergonhada, mas mesmo assim segui..

Continua..

Meu Anjo da GuardaOnde histórias criam vida. Descubra agora