Vitor e Arthur já estão de volta ao quarto.
– Então, você tá me dizendo que quer tentar?
– Quero. Eu, na verdade, nem sei como isso aconteceu, mas aconteceu, e eu quero muito que continue.
– Arthur, mas e seu pai? E o meu pai?
– Você sabe que ninguém precisa ficar sabendo agora. A gente nem sequer se deu uma chance para isso. Nem tentamos direito ainda. Eu ainda nem entendi direito o que eu sou, mas eu sei que eu quero você.
Vitor fica em silêncio por um instante.
– Tá bem. Apesar de ser estranho a princípio, eu também quero você. A ideia que eu tinha de ficar com você era uma imaginação profunda que eu achei que nunca se tornaria real. E agora, do nada, você diz que quer isso também. É muito louco de associar.
Arthur abraça Vitor. Ele sente o calor passando entre eles.
– E se a gente fosse ver o rastro da Via Láctea? – Arthur sugere.
Vitor sorri. Eles tentam, porém são impedidos pelo avô de Vitor, seu Carlos, que se preocupa com o horário. Eles decidem que o jeito é ir pela manhã. Eles voltam para a cama.– Boa noite – Vitor diz, ainda distante de Arthur.
Arthur se aproxima de Vitor, acariciando seu rosto. Vitor se vira para Arthur, também acariciando-o no rosto. Arthur se aproxima, tocando seus lábios nos do parceiro. Vitor começa a beijá-lo e logo os dois estão se agarrando fortemente. Vitor sente o pau de Arthur endurecer, porém ele ainda não se sente confortável para dar esse passo. Arthur puxa Vitor para cima dele e eles se tocam por todo o corpo, evitando os paus.
– Acho que a gente tem que dormir – Vitor diz – Amanhã temos que acordar bem cedo para ver o céu.
– Logo agora que tava ficando bom – Arthur se lamenta e os dois riem. Vitor, com calor, abre a janela. Eles logo dormem, abraçados um ao outro.O despertador toca logo cedo. Os dois põem roupas de frio e saem, antes que os avós de Vitor acordem. Já está amanhecendo e a o céu vai ficando mais claro, porém ainda é possível ver as estrelas. Eles passam por uma estrada cercada. Arthur empurra Vitor contra a parede e o beija. Eles se atracam, porém logo Vitor o interrompe.
– Vamos, temos que chegar lá em cima rápido, antes que amanheça.Eles chegam ao topo do morro e sentem novamente a energia surreal daquele lugar. O céu, a vista, a brisa. Tudo é perfeito. Vitor beija Arthur por um longo tempo. O sol já está no céu. Amanhece completamente e os dois aproveitam mais um pouco lá em cima, antes de voltarem para casa sem que dona Graça e seu Carlos vejam. Eles logo voltam para a cama. Ficam mais um tempo em conchinha. Arthur logo cai no sono. Vitor está acordado, pensando em como aquilo é bom demais para ser verdade. Ele quase não acredita, de tão surreal que parece ser. Ele sente o cheiro de Arthur, passa a mão por seus braços. Logo se lembra de sentir o pau dele duro e fica nervoso.
Ele nunca transou, não sabe como vai ser, mas tem medo de que algo dê errado. Ele quer muito que isso aconteça, mas está ansioso o suficiente para que isso o atrapalhe. Ele põe a mão no peito de Arthur. Sua mão escorrega por seu corpo, levando-o até a barriga. Arthur acorda, sentindo a mão de Vitor indo tão longe, mas não o impede. Os dedos de Vitor lentamente se encaminham para dentro da bermuda de Arthur. Ele logo enfia toda a mão e a desce até seu pau. Ele sente a firmeza de Arthur. Seus dedos percorrem toda a área, conhecendo cada centímetro que há dentro da cueca dele. Ele começa a suavemente movimentar o membro de Arthur para frente e para trás. Arthur o beija. Vitor acelera o movimento, fazendo Arthur ficar extremamente excitado. Arthur sobe em Vitor e começa a sarrar seu pau na bermuda dele. Seus paus estão em contato, Arthur consegue sentir as bolas de Vitor batendo para cima e para baixo. Eles se beijam enquanto Vitor masturba Arthur. Ele revira os olhos. A cabeça rosa de Arthur lança um jato que suja toda a cama. Ele logo cai em cima de Vitor, beijando-o ainda mais.
Depois do café e de toda a limpeza da cama, os dois acompanham o avô de Vitor numa ida a casa de um amigo. Eles demoram uma hora até chegar lá, mas o tempo passou rápido porque os dois foram no baú da caminhonete aproveitando a vista. Seu Carlos logo apresenta seu neto e o amigo dele para Ronaldo, seu amigo de longa data.
– Eu não vou demorar muito não, Vitor – Seu Carlos diz.
– Se quiserem podem sentar aqui nos bancos – fala Ronaldo.
Os dois se sentam em um pequeno banco de ripa que fica à beira da mesa onde os dois idosos estão. A conversa sobre cooperativas e pagamento dos dois deixa Arthur e Vitor entediados. Vitor não aguenta mais. Ele põe sua mão em cima da mão de Arthur. Arthur olha para baixo e vê a mão de Vitor em cima da sua. Ele acha fofo e dá um sorriso de canto de boca para ele.
– Não é mesmo, Vitor? – seu Carlos pergunta alguma coisa para Vitor que ele sequer prestou atenção, mas o assusta. Vitor tira a mão de cima da de Arthur e pergunta o que o avô quer saber.Logo eles voltam para casa, depois do almoço. Vitor pede para eles dormirem um pouco, pois está cansado.
– Acho que eu tenho planos melhores para a gente hoje – Arthur fala em um tom diferente, soando mais sensual. Ele puxa Vitor pelo braço, levantando-o do sofá e o colocando na moto. Ele liga a moto, sobem a inclinação que leva à estrada e vira à esquerda.
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Até o Próximo Anoitecer - Romance Gay
RomanceVitor é apaixonado pelo melhor amigo, Arthur, mas não sabe como contar isso a ele, nem sequer sabe se quer contar. Então, durante as férias, ele tem uma brilhante ideia: chamar Arthur para uma viagem de uma semana numa área isolada de campo. Juntos...