Até o Próximo Anoitecer - Romance Gay

Epílogo

Esse epílogo serve para contar uma parte da história que ficou faltando, mas que eu achei que se colocasse no capítulo final acabaria deixando com um tom muito diferente. Ele não muda nada do que aconteceu no final: Arthur e Vitor se casaram e viveram juntos para sempre, como um conto de fadas mesmo, mas nesse epílogo vocês vão descobrir um pouco mais do que aconteceu 7 anos depois do pedido de casamento.

Aproveitem! Muito obrigado a quem chegou até aqui e esteve me apoiando, foi muito importante para mim. Agora, fiquem com a história!

– Tudo bem? – Arthur pergunta a Vitor, que está cabisbaixo.
– Tá... – Vitor dá um longo suspiro – É que eu ainda não tinha voltado aqui depois que– Vitor é interrompido.
– Eu sei – Arthur puxa Vitor para seus braços – Tá tudo bem – ele dá um beijo na cabeça de Vitor e esfrega os braços carinhosamente nas costas do marido.
Os dois estão na janela da cozinha da casa dos avós de Vitor.
– Acho melhor a gente sair daqui, dar uma volta, espairecer um pouco, amor – Arthur sugere.
– E ir onde?
– Por que a gente não visita os nossos lugares?
Vitor concorda com a cabeça, soltando um breve sorriso para indicar a Arthur que está grato pelo apoio que ele está dando.
– Eu quero ir até à represa. Foi o lugar que ela sugeriu pra gente naquela época. Acho que ela gostava de lá.
– Claro, vamos lá.
Vitor sobe na garupa de Arthur.

Eles vão até à represa. Arthur desce da moto e encara o lugar, que parece diferente.
– Não me lembro desse lugar ser tão bonito 12 anos atrás.
– Não era. Não tinha nada demais aqui, mas ela gostava.
– Ô, amor, vem aqui – Arthur abraça Vitor.

– Como será que tá o seu vô? – Arthur pergunta.
– Acho que ele nem sabe, não deve nem mais lembrar da vovó. Eu me recuso a ver ele nesse estado.
– E você tá certo.
– Meu tio falou que ele não anda mais, mal consegue falar. Quero guardar memórias boas deles.
– Por que você não fala pro seu pai e seu tio jogarem as cinzas dela aqui?
– É, acho que seria uma boa ideia. Aqui é calmo, bonito, sereno. É a cara dela.
Eles ficam lá por um bom tempo.

Vitor decide ir embora, já está mais tranquilo e em paz. A tristeza pela perda da avó é profunda, mas o luto cessará com o tempo. Arthur está preocupado com Vitor, sabe que ele está sofrendo muito e tenta apoiá-lo de todas as formas, assim como Vitor fez com ele quando seu pai se foi. A presença de Vitor foi tão importante nesse momento tão triste que até causou a reaproximação de Arthur com a mãe. Vitor chora mais um pouco antes de subir na garupa da moto.
– Vamos, amor, as crianças estão nos esperando.