Capítulo 14

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F R A N Ç A, 1 5 7 0.

Meu bem, meu bem, meu bem
Eu caio aos pedaços quando estou com você
Eu caio aos pedaços
Minhas cerejas e vinho
Alecrim e tomilho
E todos os meus pêssegos estão arruinados
Cherry | Lana Del Rey

Como uma princesa austríaca e futuramente rainha de um país, apesar dos esforços de meu pai em criar uma sociedade flexível e menos tradicionalista para que pudesse atender à demanda de pensamentos revolucionários, minha educação foi um tanto rest...

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Como uma princesa austríaca e futuramente rainha de um país, apesar dos esforços de meu pai em criar uma sociedade flexível e menos tradicionalista para que pudesse atender à demanda de pensamentos revolucionários, minha educação foi um tanto restrita aos padrões da corte de Viena, e mesmo que fosse a futura esposa do rei da França, nunca fui permitida a conhecer uma só coisa sobre este país que não fosse seu idioma.

Lembro-me dos ensinamentos de meus tutores sobre os hábitos libertinos da corte francesa e como deveria me manter longe dessas coisas assim que a coroa fosse posta sobre minha cabeça. Por vezes fui testemunha das conversas afiadas de minhas tias a respeito da indecência francesa e seus bailes feitos para alimentar os desejos da carne, mas nunca havia entendido seu verdadeiro significado.

Eu sabia que deveria me manter longe dessas situações e que damas solteiras jamais deveriam ser deixadas sozinhas na companhia de cavalheiros dentro de uma sala, principalmente se a dama em questão fosse uma princesa, e neste momento, enquanto sinto os dedos de Charles apertarem a minha cintura com mais força, posso dizer que todos os avisos estavam corretos.

Seus dedos descem mais uma vez até a minha bunda, deixando um rastro quente em minha pele fazendo com que a mesma pegue fogo gradualmente com as sensações, e preciso conter o suspiro de satisfação que se forma em minha garganta.

Os olhos de Charles ainda estão fechados, provavelmente obedecendo-me quando ordenei para que não os abrisse em hipótese alguma, as sobrancelhas franzidas enquanto uma gota de suor escorre por sua testa demonstrando o quanto tenso realmente está com a situação que o coloquei, mas não há outra maneira de convencê-los de que estamos loucamente apaixonados.

Ouço mais batidas chocarem-se com a porta, e apreço-me no que preciso fazer.

— Você quer que eu faça alguma coisa? — pergunto, minha voz ainda trêmula enquanto sinto seus dedos repletos de anéis acariciarem minha pele debaixo da coberta, ainda incerta sobre como agir.

Charles suspira profundamente quando sobe sua mão até o início de meus seios e minha costela, causando-me um ofego involuntário pela surpresa e o desespero em senti-lo tocar algo tão íntimo enquanto ouço sua respiração pesada misturar-se com a minha, o ponto sensível entre minhas pernas pulsando como nunca antes.

Movo meu quadril em busca de contato, desesperada para aliviar essas sensações que me levam à loucura, e quando sinto a pressão exata necessária para amenizar meu desejo em subir em cima do homem ao meu lado, não contenho o gemido que sai por meus lábios.

CHARLES IX: The Malevolent King Onde histórias criam vida. Descubra agora