capítulo dezenove

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Você ainda vai me amar quando eu não tiver nada além de uma alma dolorida? — Young And Beautiful, Lana Del Rey.

Jeongin não sabia em que tipo de furada havia se metido após aquela maldita noite em que concordou recomeçar com Hyunjin

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Jeongin não sabia em que tipo de furada havia se metido após aquela maldita noite em que concordou recomeçar com Hyunjin. Estava sendo de todo sincero? Não, era inegável os sentimentos que Minho despertava em si e Minho era sempre tão sincero e transparente quanto o que sentia por Jeongin, que Jeongin não podia simplesmente pedir para Minho o esquecer pois daria uma nova chance ao marido.

Haviam feito promessas um para o outro e - por mais que a maioria fosse quando estavam embriagados de tesão - eram totalmente sinceras, não podia cometer tamanha burrice e mau-caratismo quando Minho sempre o priorizou e o tratou como se Jeongin fosse o seu bem mais precioso.

Jeongin não queria tentar mais uma vez com o marido, Jeongin não conseguia perdoar Hyunjin, mas... Algo no fundo do seu ser o impedia quando se via tão perto de ter o que mais desejava nos últimos tempos - se ver livre de Hyunjin.

O apego a relação doentia, a culpa por estar o enganando e todos os sentimentos de dever e submissão que carregava sob seus ombros durante todos os anos de casamento, estraçalhavam com sua coragem de dar um ponto final. Ele não queria Hyunjin mas, ao mesmo tempo, não conseguia se imaginar tendo uma vida sem o Hwang ao seu lado.

Talvez fosse comodismo. Por mais que seu casamento o machucasse, Jeongin aprendeu a se conformar e se acostumar com aquela vida.

Talvez fosse medo. E se se arrependesse? E sua sogra voltasse para puxar seus pés? E se Hyunjin regredisse? Quem cuidaria do seu marido se ele voltasse a criar muros em volta de si? 

Sua cabeça explodiria com tantas questões, queria o deixar mas ao mesmo tempo queria ficar.

Não acreditava em Hyunjin ao mesmo tempo em que se via caindo mais uma vez em sua falas doces e temporárias.

Hyunjin não lhe acelerava mais o coração, não fazia suas mãos suarem e nem o fazia sentir calafrios na boca do estômago... Mas, mesmo assim, Jeongin as vezes se pegava ansioso pelos carinhos em seu cabelo, os abraços e a respiração quente contra seu pescoço quando dormiam abraçados.

Talvez fosse a carência por todo tempo que Hyunjin não o tocou, ou talvez seu ego sendo amaciado por estar tendo de volta algo que por dois anos foi roubado de si por outra pessoa.

Era acostumado com a rotina que tinha com Hyunjin.

Mas então tinha Minho.

Minho o fazia transbordar em sentimentos, o arrancava reações involuntárias e fazia sua derme arrepiar com simples sorrisos. Aquilo era paixão e Jeongin sabia disso, aquelas sensações passariam um dia. Se acostumariam com a presença um do outro e, depois que a emoção passasse, Minho ainda o desejaria?

E se Minho encontrasse alguém mais interessante? Não era algo muito difícil de se acontecer, na perspectiva de Jeongin ele era a pessoa mais sem graça e entediante do mundo.

blackest day • jeonghoOnde histórias criam vida. Descubra agora