capítulo vinte e três

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O verão é quente, mas eu estive fria sem você. — Salvatore, Lana Del Rey

Jeongin nunca imaginou que acordar nos braços de Minho poderia ser uma das melhores sensações da sua vida

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Jeongin nunca imaginou que acordar nos braços de Minho poderia ser uma das melhores sensações da sua vida. A chuva fraca batendo contra janela tal qual a respiração quente do mais velho em sua nuca, em conjunto com os braços fortes que o seguravam como se quisesse garantir de que Jeongin ainda estaria ali quando acordasse, formavam uma sensação de conforto e pertencimento que Jeongin nunca imaginou poder sentir.

Mesmo que precisasse se levantar e ir para sua casa, Jeongin se manteve ali, quietinho deitado aos braços do Lee com os olhinhos afiados pressionados firmemente. Na sua mente, um cenário delusional onde quem dividia a vida, o teto e a cama consigo era Minho, e não Hyunjin.

Se eu fosse um pouquinho mais forte, só mais um pouquinho. Jeongin pensava consigo mesmo.

Ele queria aquilo, era aquela sensação que ele queria poder desfrutar todas as manhãs. Por que tudo tinha que ser complicado? Ou melhor, por que ele tinha que complicar tudo? 

Por que tinha que olhar nos malditos olhos bonitos do marido e sentir pena, mesmo depois de todo descaso que sofreu nos longos anos de matrimônio? 

Respirou fundo e aos pouquinhos foi emergindo para a realidade. Precisava voltar para casa, não queria levantar suspeitas mesmo depois de ter corrido na noite anterior até o apartamento do irmão, apenas para que Hyunjin ouvisse a voz do Bang de fundo enquanto Jeongin avisava que passaria a noite ali por conta do temporal.

— Bom dia. — Jeongin ouviu a voz do Lee tilintar por seus ouvidos em um tom muito mais rouco que o habitual. Automaticamente um sorriso surgiu em seus lábios enquanto seus olhos piscavam com a claridade que ultrapassava as cortinas.

— Bom dia. — o Hwang respondeu baixinho, seus olhos logo encontrando o mais velho de bruços inclinado olhando para si.

Suspirou com visão que lhe era exibida. O tronco desnudo com algumas provas da noite anterior, os ombros fortes e musculosos eram um grande conjunto com o rosto maduro e preguiçoso que lhe olhava. Os cabelos bagunçados, o sorriso de lado e os olhinhos inchados pela noite muito bem dormida... Ah! Jeongin precisava ter aquela visão todos os dias.

Ele se perguntava como seria se pudesse acordar assim todos os dias, com Minho ao seu lado, sem as amarras e as convenções que o prendiam à vida que levava com Hyunjin. O pensamento era como um raio de sol no meio da escuridão, uma possibilidade tentadora que o fazia questionar todas as escolhas que havia feito até aquele momento.

No entanto, a realidade cruel logo se insinuou entre eles, como uma sombra indesejada que ameaçava roubar aquele momento de paz. O vibrar do celular do ex-Yang junto com o nome do marido brilhando na tela o acordou para a realidade. Jeongin sabia que precisava voltar para casa, mesmo que cada fibra de seu ser clamasse por ficar ali, nos braços de Minho.

blackest day • jeonghoOnde histórias criam vida. Descubra agora